O que é o Espirito Santo? – Parte II
Para responder a essa indagação, é mister analisarmos alguns outros argumentos/indagações, a seguir:
1. A BÍBLIA INTEIRA É INSPIRADA?
Não, a própria Bíblia nos diz que há joio no meio do trigo (Mateus 13:24-30; II Coríntios 4:1-5; Gálatas 1:6-12).
Há várias profecias predizendo as adulterações bíblicas; dentre elas, a de Daniel, que diz que o homem cuidaria de mudar os tempos e as leis (Daniel 7:25); a de Mateus 5:17-19 e, por fim, Apocalipse 22:18-19, que nos diz que se alguém fizesse algum acréscimo a esta palavra, Deus lhe acrescentaria os flagelos (castigos) deste livro (Bíblia), e se alguém dele tirasse algo, Deus tiraria sua parte da árvore da vida. A pena dos escribas transformou em mentira muitas passagens bíblicas… (Jeremias 8:8)
2. O QUE DEFENDIAM OS APÓSTOLOS QUANTO À PESSOA DE DEUS E DE JESUS?
Defendiam que na divindade há somente o Pai e o Filho (João 17:3-5). Jesus disse para que crêssemos em Deus e Nele (João 14:1). Há um só Deus (Is. 45:4-6,21-22). Jesus alegou que bom é apenas um, que é Deus (Lucas 18:19). Afirmou também que Ele não é só, mas que com Ele estava o Pai que o enviou (João 8:16).
Em suas afirmações, diz que Ele e o Pai são “um” (João 10:30). Se houvesse a existência de três, não teria ele mencionado?!
Segundo as Escrituras, a vida eterna consiste em que creiamos em Deus e em seu Filho, Jesus, a quem enviou (João 17:3). Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo (I João 1:3); nunca com uma trindade!
Veja o que alegam nossos irmãos em I Cor. 8:5-6. Perceba que não há a menção de três pessoas, mas novamente de apenas duas. Quem dá testemunho de Cristo é o próprio Pai (João 8:17-18), que é o maior nesta divindade dualista, nunca unicista ou trinitária, como podemos confirmar em João 14:28 e como melhor veremos adiante.
2.1. O QUE DEFENDEM OS UNICISTAS?
Crêem que Deus é um em três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo). As correntes que ensinam a unicidade ensinam que Jeová é o mesmo Jesus, negando o Filho criado e gerado pelo Pai.
No entanto, crer que somos feitos à imagem e semelhança de Deus e a seguir afirmar que Deus é um em três pessoas é sermos contraditórios! Se fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, também deveríamos poder ser duas ou três pessoas num único ser. O que ocorre é que a Bíblia também se utiliza do que chamamos de “figuras de linguagem”, como pode ser observado na fala de Jesus, ao dizer: – “Eu e o Pai somos um” (João 10:30);
E também:
– “O Homem quando se une a uma mulher se tornam os dois uma só carne” (Gênesis 2:24, Efésios 5:31);
-“Para que todos sejam um assim…; 23 …a fim de que sejam aperfeiçoados em Um (João 17:21,23).
Acaso, diante dessas passagens, podemos afirmar que todos somos todos “um”, literalmente falando? Obviamente não! Essa passagem significa que temos que ser “um” em unidade de fé, coração, fala, pensamento, tal qual a comunidade apostólica, que era “uma” (Atos 4:32).Nesta comunidade, as palavras de um eram também as dos demais; o que defendia um defendiam os demais; tudo lhes era comum… Isso é ser UM!
Jesus confirma isso em João 14:9-10: “Como dizes mostra-nos o Pai? 10- Não acreditas que eu esteja em união com o Pai e Ele comigo?”. A seguir explica: “As palavras que eu vos digo não digo de minha própria iniciativa, mas o Pai que permanece em união comigo está fazendo as suas obras….”.
2.2. O QUE DEFENDEM OS TRINITÁRIOS?
Parte dos trinitários afirma a existência de três pessoas divinas distintas (Pai, Filho e Espírito Santo), coiguais e coeternas. Já outros admitem diferentes níveis hierárquicos entre Deus Pai, Deus filho e Deus Espírito Santo.
Os trinitários, ao ensinarem que o Espírito Santo é a terceira pessoa, negam as duas pessoas da divindade em um só Espírito (João 10:30; 17:21-22). O ensino da trindade (colocando o Espírito Santo como terceira pessoa) é apostasia, pois justamente nega a Deus, único Salvador, através de seu filho Jesus Cristo.
Os defensores dessa doutrina se pautam, principalmente, em Mateus 28:19 e I João 5:7, que são versículos adulterados e apócrifos.
Quando começamos a estudar as Escrituras, como a própria Bíblia nos ensina, “comparando uma coisa com a outra”, observamos não haver confirmação para Mateus 28:19, percebemos ser ela uma passagem única, sem confirmação, negando o que nos foi ensinado pela própria Palavra de que “o testemunho de dois é verdadeiro” (João 8:17).
2.3. TRINDADE – QUEM CRIOU ESSE DOGMA? E QUANDO FOI IMPLANTADO?
A trindade foi criada por Tertuliano, bispo da igreja católica. Foi apoiada e imposta por Constantino, imperador romano, no Concílio de Niceia no ano 325 DC. Foi criada praticamente dois séculos depois da era cristã, em substituição ao batismo em nome de Jesus.
2.4. ALGUMAS REFERÊNCIAS HISTÓRICAS SOBRE A MUDANÇA DO BATISMO EM NOME DE JESUS PARA A FORMA TRINITÁRIA:
a.ENCYCLOPEDIA BRITANNICA, 11th Ed. Vol. 3 Page 365-366: “The baptismal formula was changed from the name of Jesus Christ to the words Father, Son, and Holy Ghost by the Catholic Church in the 2nd Century.”
Tradução: “A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século.”
b. Vol. 3, Page 82: “Everywhere in the oldest sources it states that baptism took place in the Name of Jesus Christ.”
Tradução: “Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em Nome de Jesus Cristo.”
c. CANNEY ENCYCLOPEDIA OF RELIGION, Page 53: “The early church always baptized in the Name of Lord Jesus until the development of the trinity doctrine in the 2nd Century.”
Tradução: “A religião primitiva sempre batizava em Nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento de doutrina da trindade no 2° Século.”
d. 1913 CATHOLIC ENCYCLOPEDIA, Vol. 2, page 365: “Here the Catholic acknowledge that baptism was changed by the Catholic Church”.
Tradução: “Aqui o Católico reconhece que o batismo foi mudado pela Igreja Católica”.
e. HASTINGS ENCYCLOPEDIA OF RELIGION, Vol. 2 pages 377-378-389: “The Christian baptism was administered using the Name of Jesus. The use of the trinitarian formula of any sort was not suggested in the early church history, baptism was always in the Name of the Lord Jesus, until the time of Justin Martyr when the trinity formula was used.”
e1. Also in Vol. 2 Page 377, commenting on Acts 2:38: “NAME was an ancient synonym for person. Payment was always made in the name of some person referring to ownership. Therefore one being baptized in Jesus Name became his personal property.” “Ye are Christ`s.” I Cor. 3:23.
Tradução:“O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em NOME do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada”.
Na página Hastings, comentando Atos 3:28, diz: “NOME é o antigo sinônimo de pessoa. Pagamento foi sempre feito em nome de alguma pessoa, referindo-se a propriedade. Portanto alguém batizado em nome de Jesus torna-se sua propriedade pessoal”.
f. NEW INTERNATIONAL ENCYCLOPEDIA, Vol. 22 Page 477: “The term “trinity” was originated by Tertullain, Roman Catholic Church father.”
Tradução: “O termo ‘trindade’ se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana”.
g. TYNDALE NEW TESTAMENT COMMENTARIES: “… the true explanation why the early church did not at once administer baptism in the threefold name is that the words of Mat 28:19 were not meant as a baptismal formula. [Jesus] was not giving instructions about the actual words to be used in the service of baptism, but, as has already been suggested, was indicating that the baptized person would by baptism pass into the possession of the Father, the Son, and the Holy Ghost.”Tradução “… a verdadeira explanação porque a igreja primitiva nunca administrava o batismo em nome dos três, que se refere Mat. 28:19 porque não significava uma formula batismal. [Jesus] não estava dando instruções das palavras que deveriam ser usadas no rito batismal, mas como já havia sugerido, que a pessoa batizada tornava-se posse do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
h. THE ENCYCLOPEDIA OF RELIGION AND ETHICS, James Hastings, p.384: “there is no evidence [in early church history] for the use of the triune name.” (quotation from Rev. Steve Winter).
Tradução: “Não existe evidência [na história da igreja primitiva] do uso dos três nomes.” – Rev. Steve Winter.
3. QUEM É JESUS CRISTO E QUAL O SEU PAPEL NA CRIAÇÃO?
É o Filho Primogênito e Unigênito de Deus… Em tempos remotos Jeová estava sozinho, e, pelo seu Espírito Eterno de Sabedoria, planejou a criação do mundo antes deste aparecer (Jó 9:8, 26:12-13; Isaías 40:13; 44:24; 48:3-5; Jeremias 10:12; Lucas 14:28,29).
Em seu plano, a primeira criatura que Jeová idealizou foi o seu Filho Jesus Cristo. E assim se fez… Ele é o princípio da sabedoria de Jeová e de Sua criação (Jó 33:4, 38:20-21; Salmos 139:14-16; I Coríntios 1:24,30; Colossenses 1:15,17-18; Apocalipse 3:14). Ele é o primeiro e o último criado por Deus (Isaías 41:4, 44:6; João 1:18; 3:16; Apocalipse 1:17-18, 2:8).
Jeová, por Seu Espírito e Sua Palavra, em Cristo, executou a criação do mundo que havia planejado em seis dias (Gênesis 1:1-31; 2:1-17; Salmos 33:6-9). No plano da criação, aparece somente Jeová (Jó 8, Isaías 44:24), mas, em sua execução, aparecem as duas pessoas da divindade: Jeová e seu Filho, Jesus Cristo (Provérbios 8:22-30, 30:4; João 1:1-10; Colossenses 1;15-17; Hebreus 1:1-3). Jeová criou Cristo e entregou-lhe todo o poder (Isaías 22:21-23; Mateus 11:27; Lucas 10:22; João 3:35-36). Ele é a imagem do Deus invisível (Colossenses 1:15).
4. EM QUE NOS ASSEMELHAMOS A DEUS?
Jesus Cristo criou os anjos e o homem (Romanos 8:29; Colossenses 1:16-17; I Pedro 3:22). A Palavra nos afirma que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus.
Ao dizer “à imagem”, está nos informando que fomos feitos segundo a aparência de Deus (cabeça, tronco e membros – Êxodo 33:22,23; Romanos 11:34; Jeremias 15:1) e, ao mencionar “à Sua semelhança”, nos informa que, assim como Deus, somos seres racionais, conhecedores do bem e do mal, aptos para sentir, discernir, inferir, questionar, escolher, (Gênesis 3:22). Enfim, somos dotados do “livre arbítrio!”
4.1. POR QUE É IMPORTANTE ENTENDERMOS ISSO?
Para desmistificar conceitos errôneos de que há três pessoas em um único ser divino, ou o de que Deus não tem forma física (“Ele é espírito”).
Se fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, temos existência física e não podemos ser duas ou três pessoas em uma, literalmente falando; da mesma forma, também Deus tem existência “física” e não é um Deus trino (três em um).
Qualquer outra alegação corresponde ao manuseio enganador da Palavra de Deus. É negar que fomos feitos à Sua imagem e semelhança!
5. EXISTE HIERARQUIA ENTRE DEUS E O FILHO JESUS?
Sim, a Bíblia evidencia isso com clareza! Para serem coiguais, as três pessoas da trindade deveriam possuir idêntica autoridade e plena igualdade de poder. Mas as Escrituras são claras quanto à superioridade do Pai em relação ao Filho, argumento que também combate a fórmula trinitária. Vejamos:
5.1. Jesus se refere ao Pai como “Altíssimo” (Lucas 6:35), significando Aquele que ocupa uma posição mais elevada, que está numa condição inatingível por outro ser.
5.2. Jesus Cristo afirma explicitamente em João 14:28: “Ouvistes que eu vos disse,vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos–íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.”
5.3. Jesus também afirma categoricamente em João 13:16: “Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior que seu senhor, nem o enviado, maior do que o que aquele que o enviou”. Deus, o Pai, que nos enviou Seu Filho é, portanto, obviamente, maior do que Ele, que repetidas vezes, como em João 5:37, afirmou: “O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.”
5.4. Jesus afirma e o apóstolo Paulo inspiradamente confirma que Deus, o Pai, é maior do que tudo e todos: “Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu PAI.” (João 13:29).
5.5. I Coríntios 15:27-28: “Porque todas as coisas sujeito debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos”.
6. JESUS TINHA AUTONOMIA PARA FAZER ALGO DE SI MESMO?
Tudo que fez e disse foi realizado por ordem e permissão do Pai, a quem Ele próprio se referia como “Meu Deus” (Mateus 27:46; João 20:17; Apocalipse 3:2, 3:12).
Jesus afirma que “O Filho nada pode fazer de si mesmo” (João 5:19). Essa ideia se repete no verso 30, que diz: “Eu nada posso fazer de mim mesmo”. E o mesmo pensamento aparece em João 5:17-19,30-36, 8:28-29, 9:4, 10:25,32-37, 14:10-11,31, 17:4. João registra quatorze vezes, em seu Evangelho, que as obras de Jesus não foram realizadas por Ele próprio, mas que foram realizadas pelo poder de Seu Pai.
Jesus nos diz que, até as palavras que proferia, não eram suas próprias. Em João 13:49, Jesus afirma: “O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou”. Esse pensamento é novamente expresso em João 7:16-18; 8:28-29,38, 12:49-50, 14:24-31, 16:15.
Em nove ocasiões, João retrata Jesus revelando que as palavras que proferia eram de Seu Pai!
Em João 12:44, Jesus afirma: “Quem crê em mim, crê não em mim, mas naquele que me enviou.”
7. SE O ESPÍRITO SANTO FOSSE,VERDADEIRAMENTE, UMA TERCEIRA E DISTINTA PESSOA DIVINA, COMO SE EXPLICA SUA AUSÊNCIA EM TEXTOS COMO ESSES?
7.1. Os 144 mil têm Escrito em suas testas o Nome do Pai, Jeová, e o Nome de Seu Filho Jesus Cristo. São primícias para Deus e para o Cordeiro. Este é o sinal dos salvos que seguiram o Cordeiro e não aceitaram o sinal do Anticristo, a trindade, ou o batismo em nome dela (Apocalipse 13:6,12-18; 14:1-5,12).
7.2. Coríntios 8:6: “Todavia, para nos há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele”. Quando Paulo define o único Deus, ele omite qualquer referência ao Espírito Santo.
7.3. Marcos 13:32: “Mas a respeito daquele dia ou hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o filho, senão o Pai”. Quando Jesus Cristo, no Evangelho de Marcos, menciona aqueles que poderiam conhecer a data de sua volta, omite referência ao Espírito Santo.
João 16:32: “Eis que vem a hora e já a chegada, em deixaras só; contudo, não estou só, porque Deus, o Pai, está comigo”. Se o Espírito Santo fosse uma terceira pessoa divina, não poderia “Ele” fazer companhia para Jesus em lugar do Pai? Contudo, Jesus nem sequer o mencionou nessa ocasião.
7.4. A grande multidão dizia: “(Devemos) a salvação ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro” (Judas 1:4-25; Apocalipse 7:10, 12:10; 21:22-23).
7.5. No céu, há dois tronos: o de Deus e o do Cordeiro. Se o Espírito Santo fosse a terceira pessoa, não deveria ele ter também o seu trono? (Apocalipse 22:1-3).
8. SE O ESPÍRITO SANTO FOSSE UMA TERCEIRA PESSOA DISTINTA, O PAI NÃO SERIA PAI:
Se o Espírito Santo é uma das três pessoas “distintas” da Trindade, então Jesus não poderia ser Filho de Deus, uma vez que quem engravidou Maria foi o Espírito Santo e não Deus. Portanto, seguindo essa linha de raciocínio, Ele seria filho do Espírito Santo!
Prova 1: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo.” (Mateus 1:18).
Prova 2: “Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mateus 1:20).
Prova 3: “Respondeu-lhe o anjo: descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolvera com a Sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer será chamado filho de Deus” (Lucas 1:34,35).
9. A AUSÊNCIA DE TERMINOLOGIA BÍBLICA APROPRIADA IMPEDE O ENTENDIMENTO E ACEITAÇÃO DA DOUTRINA TRINDADE:
Exemplos de expressões-chave ausentes na Bíblia, mas encontradas apenas nos credos: “Deus Filho”, “Deus Espírito”, “Deus Trino”, “Filho Eterno”, “Co–igual”, “co-eterno”, “Trindade divina”, “Trindade”, “Substancia” (divina) e “Essência” (Divina).
10. AS PESSOAS QUE, INSPIRADAS POR DEUS, ESCREVERAM A BÍBLIA EM SUA LINGUAGEM ORIGINAL, CRIAM NA TRINDADE?
Não! Os judeus eram e são estritamente monoteístas. Eles jamais poderiam sequer imaginar “um Deus em 3 pessoas”. E Jesus disse que eles estavam corretos em seu culto a Deus. João 4:22 diz “vos adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos porque “a salvação vem dos Judeus”.
11. REFLEXÃO: PASSAGENS QUE EVIDENCIAM A DIFERENCIAÇÃO DAS PESSOAS DO PAI E DO FILHO E QUE DESMENTEM A NATUREZA PESSOAL DO ESPÍRITO SANTO:
11.1. A oração-modelo, passada por Jesus Cristo, NÃO menciona a trindade, nem dois dos seus supostos compostos (Deus Filho e Deus Espírito), como destinatária(os) de nossas mensagens de comunhão com céu. (Veja em Mateus 6:9-13).
Se você ora unicamente ao Pai e pede que o atenda em nome de Jesus, como seu mediador, é porque, na prática, não crê na doutrina da Trindade!
11.2. Se o Filho fosse imortal como o Pai, Ele não teria morrido e ressuscitado para salvar o pecador. Ele é o Cordeiro morto desde a fundação do mundo (I Pedro 1:19-20; Apocalipse 13:8). Cristo é o único que recebeu a imortalidade dada pelo Pai depois da ressurreição (João 5:26-27; 6:57; II Coríntios 13:4; Apocalipse 1:17-18).
11.3. Quando Jesus foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João, e Moisés e Elias vieram ter com Ele, não seria mais lógico que o Pai e o Espírito viessem confortá-lo? Por que apenas o Pai se manifestou naquela nuvem, dizendo “Este é meu filho amado, a Ele ouvi”? Veja em Marcos 9:2-10.
11.4. Jesus descreve o Pai como único e verdadeiro Deus. Não deveria Ele ter incluído também o “Deus Filho” e o “Deus Espírito”, isto é, a Trindade?
“Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo quem enviaste”.
11.5. O Pai e o Filho têm nome, assim como todos os anjos; se o Espírito Santo é uma terceira pessoa, qual é o seu nome?
11.6. Cristo é duas vezes Filho Único de Jeová: Na primeira vez, na criação e, pela segunda vez, quando foi gerado. A nenhum dos anjos Jeová disse: “Tu és meu filho e hoje te gerei”. E outra vez: “Eu Sou o Seu Pai e Ele é meu Filho” (João 1:14-18; 3:16; Colossenses 1:15).
11.7. Na fórmula trinitária, são usadas as palavras “Pai, Filho, Espírito Santo”. PAI não é nome e sim um título, indicando uma posição que alguém ocupa na vida de outrem, assim como a palavra FILHO. Sabemos que o nome de Deus, segundo as Escrituras, é Jeová, e, do Filho, Jesus.
Então, fica claro que quem é batizado na trindade é batizado em nome de um Pai, cujo nome não é mencionado, de um Filho, que também não é mencionado. Obviamente, quem assim se batizou, na verdade, não está batizado em nome de ninguém,
Se somos filhos de alguém, temos que ter em nosso registro de nascimento o nome de nosso pai, e não simplesmente, a palavra PAI. Ao dizer em nome do pai (não é dito o nome desse pai), em nome do filho (além de não ser pronunciado Seu nome, segundo nos ordenam as escrituras, ainda o “suposto” Jesus é jogado para o segundo lugar, quando Deus deu primazia ao nome do seu filho – Efésios 1:20-21) e do Espírito Santo (que é o próprio Deus, é a força ativa que emana de sua pessoa), imperceptivelmente, está se colocando Deus em terceiro lugar, abaixo de Cristo, quando o Pai é maior que o Filho (João 14:28).
Ademais, Cristo tem a primazia do Nome, e o Pai (Jeová), do Poder. Quem é esse Pai que ficou em primeiro? (II Tessalonicenses 2:3-4).
11.8. A Bíblia nos diz que o único pecado que não tem perdão é a blasfêmia contra o Espírito Santo, razão pela qual é dito em Lucas 12:10 e Mateus 12:31-32 que o pecado contra o Filho tem perdão, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo de Deus, “não”. Por quê? Por ser Ele o próprio Deus (Leia Êxodo 22:28, 32:25-33; Apocalipse 16:9; Jó 1:11).
Um israelita blasfemou o nome de Jeová e foi morto (Levítico 24:10-16, Números 15:30, I Samuel 2:25). O Rei da Síria blasfemou o nome de Jeová e Ele mandou um anjo e matou 185 mil soldados (Isaías 37:3-38).
Na Nova Aliança, o pecado contra o Espírito Santo de Deus não é perdoado; e por quê? A resposta consiste em dizer que Jeová é maior que Jesus Cristo. Por isso, este pecado não pode ser intercedido por Cristo e nem pela oração da Igreja (João 14:28; Filipenses 2:5-6; I João 5:16-17).
Há três espécies de pecado contra o Espírito Santo que não possuem perdão para os que conhecem a verdade:
a. Desmentir o Espírito de Deus, como Ananias desmentiu o Profeta Jeremias acerca dos 70 anos de Israel em Babilônia (Jeremias 27:1-27), e foi morto (Jeremias 28:1-17; Tiago 3:14).
b. Mentir contra o Espírito Santo, como Ananias e sua mulher (Atos 5:1-10).
c. Falar contra Deus ou amaldiçoá-lo (Levítico 24:10-16; I Reis 21:10-13; Mateus 12:31; Marcos 3:28).
Cristo, como Mediador entre Deus e o homem, pode interceder por pecados cometidos até sua pessoa, mas não acima dele, pois não tem autonomia para perdoar pecados cometidos contra a pessoa do Pai, por este ser maior do que Ele (João 14:28; Filipenses 2:5-11; I João 5:16-17).
11.9. Se a tese dos unicistas (Um só Deus em três pessoas) fosse verdadeira, Jesus, ao falecer na cruz, entregaria seu Espírito a quem? A si mesmo? (Eclesiastes 12:7; Isaías 42:5). Além disso, se o Espírito Santo fosse a terceira pessoa da trindade, ficaria morto até o terceiro dia e depois ressuscitaria o Filho, Cristo? (I Coríntios 6:14* – atenção à palavra poder; Romanos 8:11).
(*) 11.10. Observação IMPORTANTE 1: Há uma grande contradição entre o Evangelho de Mateus e os demais (Marcos, Lucas e João). Os outros três Evangelhos concordam que, no primeiro dia da ressurreição de Cristo, Ele apareceu às mulheres, e, no mesmo dia, aos discípulos, mas discordam sobre o local de sua aparição.
Lucas e João nos dizem que sua aparição aconteceu em Jerusalém (Lucas 24:33-40; João 20:16-20).
Segundo Marcos 16:1-8, os discípulos não saíram do local onde estavam, porque as mulheres nada disseram a ninguém sobre as palavras do anjo, porque estavam amedrontadas (versículo 8). Os versículos seguintes (9-20), como podem ser confirmados em muitas Bíblias, não pertencem a Marcos. Inclusive, há uma nota de rodapé em muitas versões, dizendo que “esses versos não aparecem nos manuscritos mais antigos, não sendo, portanto, de Marcos”.
Mateus é o único a alegar que a aparição de Jesus se deu na Galileia. Seria humanamente impossível aos discípulos saírem de Jerusalém, à pé, e andarem de 60 a 100 milhas (a região da Galileia é grande e a Bíblia não nos dá a localização exata), o que corresponde à distância de 90 e 160 kilômetros – v. ANEXO I.
(*) 11.11.Observação IMPORTANTE 2: Matematicamente, eles teriam que voar na velocidade de um corvo, por 5 horas ininterruptas, a fim de chegar à localidade indicada pelo Mestre e encontrá-lo no mesmo dia. E, em todo esse cenário excêntrico, como teria Jesus encontrado tempo para estar dando um passeio pela estrada de Emaús e aceitando, “próximo ao anoitecer”, um convite para jantar? (João 20:19; Lucas 24:29). Ver ANEXO II (Mapa).
(*) 11.12. Há algo ainda mais curioso sobre a ordem de Mateus 28:19-20, na parte final do versículo 20: “Estarei convosco até a consumação do século”. Essas palavras “NUNCA” poderiam pertencer a Jesus Cristo, pois Seu reino é eterno, não indo apenas até o “fim do século” (Efésios 1:21, 2:7; Revelação 11:15; Daniel 7:14-27; Salmos 145:13).
O único que terá seu reinado encerrado na consumação do século é Satanás. Deus permitiu que houvesse a inserção dessa apostasia, como já predito por vários profetas acerca de sua adulteração, mas determinou um tempo para sua existência, assim como a de seus seguidores: “até a consumação do século” (Mateus 13:40; II Coríntios 4:4).
11.13. Em Atos 19:1-5, Paulo encontra alguns discípulos que foram batizados por João Batista e lhes pergunta se receberam o Espírito Santo quando abraçaram a fé. A resposta espantosa sobre a qual todo o trinitário e/ou unicista deveria parar para questionar é: “Nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo!”.
A Bíblia nos diz que houve um homem, enviado por Deus, cujo nome era João (João 1:6). A pergunta é: Alguém enviado por Deus, responsável pelo batismo de Jesus, faria um batismo errado? Certamente que não!
11.14. O batismo em Nome de Jesus Cristo tem o testemunho do Pai, de João Batista, de Cristo, dos apóstolos (Lucas 24:47-48; João 1:6-7,33) e dos Profetas (Atos 2:37-43 10:43,48). Os apóstolos pregaram e, por sua pregação, muitos creram, aumentando o número dos fiéis para 5.000 batizados em nome de Jesus Cristo para perdão de pecados (Atos. 4:4).
O Batismo da trindade tem o testemunho de quem? Em outras palavras, quem obedeceu à ordem do batismo de Mateus 28:29? Ninguém!!! Não há um único relato bíblico de alguém que tenha sido batizado segundo essa ordem, supondo o número de os temente atribuída a Jesus.
11.15. Todos os quatro Evangelhos concordam com as aparições de Jesus a algumas pessoas no primeiro dia de sua ressurreição, mas discordam quanto ao local de sua aparição. Lucas e João dizem ter sido em Jerusalém. Marcos, afirma em 16:8, que Jesus apareceu às mulheres, mas elas nada disseram a ninguém porque estavam atemorizadas. A seguir, do versículo 9 em diante, vemos uma informação oposta à do versículo 8.
Ao lermos, entretanto, o rodapé de muitas versões, vemos que este apêndice foi acrescentado, supostamente por um dos discípulos de Marcos. Algumas versões nem trazem o apêndice, como é o caso da Bíblia versão brasileira e da versão editada pela Sociedade Brasileira Torre de Vigia, restando apenas Mateus 28:19 que sustenta ser o batismo trinitário, contrariando a passagem que é necessário o testemunho de dois para algo ser tido como verdade.– ver ANEXO III.
11.16. A ordem, “supostamente” atribuída a Jesus, descrita em Mateus 28:10, está em oposição à Sua própria ordem relatada em Lucas 24:49 e Atos 1:4, quando ordenou aos discípulos que não saíssem da cidade até que do alto fossem revestidos de PODER. Essa promessa, como já dito, se cumpriu cinquenta dias após sua ressurreição (Leia Atos 1:3 e Atos 2, episódio do Pentecostes celebrado cinquenta dias após a Páscoa).
Em Mateus, Ele se opõe à sua própria ordem, enviando-os à Galileia, quando é dito pelas profecias que a Lei sairia de Sião (Jerusalém) e não de qualquer outro lugar – ver ANEXO III.
11.17. Argumento histórico: No fim do primeiro século, falsos profetas negaram a salvação nas duas pessoas da divindade (II Pedro 2:1-2; Judas 1:4,25) e ensinavam que Deus e Jesus são a mesma pessoa.
Teófilo, no ano 180, pela primeira vez, empregou a palavra trindade .
No ano 197, saíram duas apologias da pena de Tertuliano sobre a doutrina da trindade, organizou o catecismo sobre o batismo em nome dela (trindade), e, pela primeira vez, foi praticada na Igreja de Cartago, rebatizando até os que eram batizados no Nome de Jesus Cristo, como João pregou.
11.18. Por fim, ainda que desconsiderássemos todos os argumentos supracitados, negando a lógica bíblica, haveria um argumento adicional de ordem arqueológica: Estudos revelam que o original Mateus 28:19, no hebraico, possui única palavra, “Ide”, todo o resto foi acréscimo!
12. ENFIM, O QUE A BÍBLIA DIZ SER O ESPÍRITO?
O homem é composto de corpo e espírito (Tiago 2:26; Gálatas 5:16,17)! Quando a Bíblia nos fala do Espírito Santo de Deus, ela está nos falando do Seu poder, das virtudes que emanam de Sua pessoa, e quando nos fala do espírito do homem (I Coríntios 2:11), se refere ao seu entendimento, às suas faculdades mentais, às virtudes que permeiam seu caráter (Atos 19:21; I Cor. 12:10-12).
Satanás também tem o seu espírito que opera nos filhos da desobediência e os frutos da influência desse espírito são: andar segundo a carne, fazendo sua vontade e a dos pensamentos, filhos da ira. Sabemos também que ele é o Pai da mentira, do engano, da acusação (Efésios 2:2-3).
13. CONCLUSÃO: O ESPÍRITO SANTO É PESSOA OU PODER?
Caro leitor, frente a todas as evidências tratadas, não há outro caminho senão admitir a grande verdade de que o Espírito Santo não é uma pessoa, pois, como diz Jesus, um espírito não tem carne nem ossos (Lucas 24:39).
Não há como entendermos o Espírito Santo de Deus sem recorrermos à língua original daqueles que redigiram Sua Palavra. Em todas as passagens de nossas Bíblias transliteradas para a língua portuguesa nas quais escrita a palavra “espírito”, teremos no Hebraico a palavra “ruach”, traduzida para o grego como “pneuma” (daqui se originam o nome das doenças das vias respiratórias. Ex: pneumonia).
No hebraico, o significado da palavra ruach é mente, sopro, vento. Ou seja, o que denominamos de Espírito Santo é a mente de Deus, o fôlego, as virtudes que permeiam sua existência, suas faculdades mentais, seu PODER, o PODER que emana do DEUS ETERNO, do TODO PODEROSO, com o qual Ele sustém todas as coisas pelo poder de Sua palavra.
Com isso, passamos, então, a entender melhor o argumento citado em 11.8 de que o pecado contra o Filho tem perdão, mas contra o Espírito Santo de Deus, “não”, por ser Ele O PRÓPRIO DEUS!
Isso é confirmado em muitos episódios, dentre os quais se destaca um bastante revelador: no deserto, em certa feita, o povo pecou contra Deus e Ele quis destruí-lo, mas Moisés intercedeu, dizendo-lhe: “Perdoa-lhes esse pecado, ou risca-me do Teu livro que tens escrito”. A resposta de Deus foi clara: “Riscarei do Meu Livro aquele que pecar contra MIM” (Êxodo 32:32-33).
13.1. Reflita: Se somente o pecado contra o Espírito Santo não tem perdão, e se o Espírito Santo não for o PODER do próprio Deus, por que pecar contra Deus não teria perdão? Se Deus, Jesus e o Espírito Santo estão, hierarquicamente, na mesma esfera de poder, por que o pecado contra o Filho tem perdão, mas contra o Espírito Santo, não?! (Mateus 12:31-32).
Na verdade, Cristo é o Advogado e Mediador entre Deus e o homem. Ele está investido de autoridade para interceder por qualquer pecado cometido pelo homem, até mesmo contra sua pessoa, mas não pode exercer a função de intercessor ou mediador dos pecados cometidos contra a pessoa do Pai, por este ser maior do que Ele (João 14:28); isso excederia a autoridade que lhe foi dada.
A palavra de Deus é repleta de exemplos e exortações de que devemos nos submeter às autoridades familiares, sociais, políticas e, principalmente, eclesiásticas de nossas relações cotidianas. Satanás pecou por desejar “em seu coração” se tornar como o Altíssimo. Esse foi um pecado sem perdão, pois pecou contra o próprio Deus!
13.2. E ainda:
Conforme ventilado no item 11.16, Lucas 24:49 nos diz que Jesus, após ressuscitado, em sua primeira aparição, ordena que seus discípulos não saíssem da cidade até que do alto fossem revestidos de PODER. A pergunta que não quer calar é: Quando se deu o cumprimento dessa promessa?
A resposta se encontra em Atos 2:1-4; “no dia de Pentecostes”, quando línguas como de fogo foram derramadas sobre todos os presentes. Esse era o PODER prometido por Jesus em Lucas 24, que nada mais era do que o ESPÍRITO SANTO de Deus (Atos 2:32,33).
Há muitas outras situações como esta, por exemplo: Observando alguns batismos, como o dos samaritanos, vemos que o “dom” do Espírito foi “derramado” depois do batismo nas águas (Atos 8:14-16), e, no batismo de Cornélio, antes (Atos 10:44-48). Acaso pode se derramar uma pessoa sobre outra?
PORTANTO, O ESPÍRITO SANTO É O PODER SEMPRE ETERNO DO PAI (HEBREUS 9:14) QUE HABITA NO FILHO EM SUA PLENITUDE, CONVERTENDO O MUNDO NA JUSTIÇA (JOÃO 16:7-13; II CORÍNTIOS 5:18-19).
Estudo redigido e compilado a partir dos escritos do Pastor José Duarte Filho por Jucilene Garcia.