A Responsabilidade do homem perante o sacrifício de Cristo
“ O que você pensa sobre o sacrifício de Jesus Cristo feito na cruz?”
“ Você tem honrado este sacrifício? Conhece o que deve fazer para honrá-lo?”
Para responder a estes questionamentos, vamos desenvolver o estudo da responsabilidade do homem perante o sacrifício de Jesus Cristo.
Paulo nos afirma em Colossenses 1:13-21 : “Ele nos livrou da autoridade da escuridão e nos transferiu para o reino do filho do seu amor, mediante a quem temos o nosso livramento por meio do resgate o perdão de nossos pecados.
Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque, mediante a Ele, foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as coisas visíveis e as invisíveis, quer sejam tronos quer sejam senhorios, quer governo quer autoridades.
Todas as coisas foram criadas por intermédio Dele e para Ele. Também Ele é antes de todas as outras coisas e todas as outras coisas vieram a existir por meio Dele. Ele é a cabeça do corpo, o princÍpio, o primogênito dentre os mortos para se tornar aquele que é primeiro entre todas as coisas.
Porque Deus achou bom que morasse Nele toda a plenitude, e, por intermédio Dele, reconciliar novamente todas as outras coisas consigo mesmo, por fazer a paz por intermédio do sangue que Ele derramou na estaca da tortura, quer sejam as coisas na terra, quer sejam as coisas nos céus.
O Apóstolo Paulo, em sua Epístola aos Colossenses, deixa claro que Jesus Cristo, consumador de todas as coisas, foi o primeiro da criação. Portanto, por ter levado na cruz os pecados da humanidade, Deus o colocou como primeiro dentre todas as coisas. Ele é o cabeça do corpo, que é a Igreja do qual nós somos os membros.
Deus colocou o nome de Jesus Cristo acima de todas as coisas, por ser o sacrifício vivo e estabeleceu que, através Dele, o homem tem a chance da reconciliação com Deus, para alcançar a vida eterna.
Jesus Cristo tem a primazia do nome sobre todas as coisas.
Em Atos 4:12, afirma-se que: “Nenhum outro nome é dado debaixo dos céus, pelo qual devamos ser salvos”.
Colossenses 3:17 nos adverte: “tudo que façais, quer por palavras ou por obras, façai em nome do Senhor Jesus”
Como em todas as coisas, o batismo não poderia deixar de ser em nome de Jesus. Depois de ressuscitado, o próprio Jesus confirmou expressamente o batismo em seu nome para perdão de pecados (Lucas :45-49).
Não deve haver dúvidas, portanto, sobre a primazia de Jesus sobre todas as coisas, pois Deus colocou o seu nome acima de todos os outros nomes.
Diante disso, algumas perguntas merecem ser formuladas:
1) Como fica a situação daquele que tira a primazia do nome de Jesus de todas as coisas, inclusive no Batismo?
2) Qual é a responsabilidade do homem perante o sacrifício de Cristo na cruz?
As respostas para estas indagações são diretas e objetivas mediante as Escrituras Sagradas: quando tiramos o nome de Jesus do lugar que lhe é devido, ou seja, não o colocamos sobre todos os nomes em todas as coisas, inclusive no batismo, todo o sacrifício de Cristo por nós foi em vão.
Cristo morreu por todos, para que tenha o direito à vida eterna, mas se Ele não ocupar o lugar dado por Deus na vida de quem professa segui-lo, ou seja, sobre todas as coisas, inclusive no batismo, não haverá o novo nascimento, e continuaremos mortos no pecado. Portanto, desta forma, o sacrifício de Jesus entregando sua vida na cruz será invalidado para aquele que assim proceder.
O Evangelho de João 3:17 nos afirma que Cristo morreu , através do sangue, nos deu o livramento do pecado o qual estávamos predestinados, desde o pecado de Adão.
Assim, o que temos visto é que a maioria das Igrejas professam Jesus se dizem pertencentes ao Cristianismo, mas tiram o Seu nome do batismo, colocando o nome da trindade Pai, Filho e Espírito Santo, batismo nunca realizado pelos apóstolos e seus seguidores.
Como podemos explicar isto?
Nas Escrituras Sagradas, não encontramos nenhum batismo realizado em nome da trindade (Pai Filho e Espírito Santo). Mesmo assim, parte do Cristianismo adota a forma trinitária para o batismo, tirando a primazia do nome de Jesus Cristo sobre todas as coisas.
Está constatação não é estranha?
A maior parte do cristianismo adota a forma trinitária para o batismo, firmando a sua convicção no texto de Mateus 28:19.
Como comprova a história do Cristianismo, o batismo trinitário foi introduzido na bíblia no Concílio de Niceia pelo Catolicismo. Desta forma, Satanás, através da própria Bíblia, tentou tirar o nome de Jesus do batismo, para que, com isso, parte da humanidade relegasse o nome de Jesus Cristo, colocando-o em um segundo plano.
Qual é o propósito e a ação de Satanás nisto tudo?
Satanás, como inimigo de Deus, e consequentemente do homem, tirou a primazia do nome de Cristo no batismo, colocando em seu nome a f’órmula do batismo trinitário Pai, Filho e Espírito Santo, que nada representa, mas que impede o homem de nascer de novo, de ser novamente livre do pecado. Para isto, usou a própria Bíblia, inserindo textos nunca existentes no original, usando homens ligados a Igreja Romana para disseminar a doutrina da trindade.
A Bíblia afirma que o homem no pecado está morto para Deus (João 5: 25-26; Romanos 5: 12-17; Efésios 2: 1-5). Pela fé e através do batismo em nome de Jesus Cristo, somos sepultados e ressuscitados com Ele (Romanos 6: 3-11), passando da morte para a vida (João 5: 24, I Coríntios 15:21-23; Efésios 2:1-6; I João 3: 13 ), reinando assim com Cristo pela primeira ressurreição no novo nascimento ( João 3: 1-8; Romanos 6: 3-13; II Coríntios 5: 17-18; Colossenses 1:13-14, 2:12, 3:1-2; Hebreus 12: 28 ).
Nascendo pelo batismo em nome de Jesus, o homem passa da morte para vida e torna-se filho de Deus. Se isto não acontece porque relegamos o nome de Jesus para segundo plano, como fica a situação da humanidade, em especial do Cristianismo que professa Jesus, mas tira o seu nome do batismo?
Como aconteceu a atuação de Satanás através da própria Bíblia, que cegou parte da humanidade?
Satanás como o inimigo deste mundo, usou muitas pessoas para que subvertessem os escritos sagrados, mudando, retirando, introduzindo textos que foram transmutados pelos copistas, intencionalmente ou não, textos estes que comprometem a salvação do homem.
Hoje, pode-se constatar isto através da história do cristianismo, e através de literaturas escritas por homens inspirados por Deus, que procuram desmistificar a ação de Satanás dentro da Bíblia.
Mas, o que fez Satanás? Com uma única alteração no texto bíblico, tirou o nome de Jesus, autor e consumador de todas as coisas, introduzindo um Deus trino inexistente. Criou-se assim o mistério da trindade.
O que é o mistério da trindade?
A trindade é o grande ponto da mudança da Lei de Deus ( Daniel 7:23-25).
Para que Satanás fosse adorado como um Deus, ele mudou conhecimento e a fé nas duas pessoas da divindade (João 17:3) para crer nas três pessoas da trindade, e também mudou o batismo em nome de Jesus Cristo para perdão de pecados para o batismo em nome da trindade (Mateus 28:19; Atos 2:38, 10:48).
Por esta mudança, Satanás tirou tanto a primazia do Espírito de Deus, rebaixando-o para o terceiro lugar, quanto a primazia do nome de Jesus Cristo dada pelo Pai (Jeová) no batismo (Atos 4:12; Coríntios 3:11; Colossenses 1:15, 3:17), rebaixando-o para o segundo lugar. E Satanás, como deus, sentou-se na cadeira de Deus com o nome mistério oculto, blasfemando as duas pessoas da divindade ( II Coríntios 4:3-6; I João 2:22-24; Judas 1:4, 25 ; Apocalipse 4:3:9) .
Neste ponto tão importante de salvação, foi revelado o mistério da iniquidade de Satanás: tirar o nome de Jesus do batismo do primeiro lugar – II Tessalonicenses 2:1-11, e introduzir a trindade, usando Roma para concretizá-la. Isto teve início na metade do segundo século com Tertuliano e, depois, seus adeptos deram continuidade ao dogma católico que teve seu sacramento no Concilio de Niceia, como já nos referimos.
Satanás, através da própria Bíblia, enganou não só Roma, mas todos os participantes do batismo pregado por Roma, inclusive muitas Igrejas que professam o nome de Jesus como autor da salvação, mas tiram o seu nome do batismo, tornando, pois, ineficaz todo o seu sacrifício de Cristo pelo homem.
Porque interessa isto ao ministério satânico?
1- Sem o nome de Jesus em primeiro lugar e o batismo em seu nome, não há perdão de pecados.
2- Não havendo perdão de pecados, não há novo nascimento e, não havendo novo nascimento, não há condição de salvação para o homem. A Bíblia diz que quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer já está condenado, além de que todas as coisas que se faça, quer no céu, quer na terra, devem ser feitas em nome de Jesus, autor e consumador de nossa salvação.
3 – O nome de Jesus é o que nos livra da morte e nos traz a esperança de uma vida eterna. Sem essa esperança, o inimigo de nossas vidas continua triunfando sobre o mundo.
Qual é a responsabilidade do homem perante o tão grande sacrifício de Cristo?
O batismo em nome de Jesus Cristo é ordem dada pelo Pai, e confirmada por Jesus Cristo depois de ressuscitado. Quem a rejeita nega a justiça de Deus sem direito ao perdão de pecados (Marcos 16:15-16; Lucas 7: 27-30; João 3: 33-35, 8: 24-32 ).
Ninguém pode colocar outro fundamento além do que foi colocado por Cristo (Atos 4: 11-12;II Coríntios 3: 10-13).
Toda a mentira encoberta contra a verdade será revelada por Deus se examinarmos uma coisa com a outra dentro das Escrituras Sagradas (Eclesiastes 7: 27, Mateus 10:26-27; II Tessalonicenses 2: 3-12 ).
A ordem do batismo em Mateus 28: 19 é joio semeado no meio do trigo e é o véu no Evangelho de Cristo, cegando o homem para não resplandecer a luz da glória de Cristo (Mateus 13: 24-30; II Coríntios 4: 1-5; Gálatas 1: 6-12 ).
Portanto, somos responsáveis por pesquisar as Escrituras, comparar, interpretar, não literalmente, mas a luz do Espírito Santo, que é o próprio Espírito de Jeová. Este espírito nos iluminará para a interpretação que mais se coaduna com a sistematização das Escrituras, comparando uma coisa com a outra, para chegarmos à verdade do Evangelho, expurgando dos textos tudo o que é joio, introduzido pelo homem através da ação satânica do inimigo das nossas almas.
O nome de Jesus é a porta que nos conduz a vida eterna, mas qual é o nosso papel?
Além do batismo no nome de Jesus para perdão de pecados, que é o novo nascimento, começo de uma caminhada, somos responsáveis quando assumimos o compromisso de servir a Deus, através de Jesus Cristo e não o fazemos da forma que ele requer de nós.
Para sermos discípulos de Jesus, temos que obedecer aquilo que ele requer de nós. O sacrifício na cruz é a graça imerecida que Ele nos deu, mas, do nosso lado, Ele requer a obediência aos mandamentos deixados pelo Pai.
Em João 8:31, Jesus disse: “Se permanecerdes nas minhas palavras sois realmente meus discípulos.”
Em outra feita, disse aos fariseus: “Pesquisais as escrituras porque pensai que por meio delas tereis a vida eterna e estas mesmas são as que dão testemunho de mim. Não penseis que vos ei de acusar perante o Pai; há um só que vos acusa, Moisés, em quem depositastes a vossa esperança. De fato se acreditásseis em Moises, terias acreditado em mim, porque este escreveu a meu respeito. Mas, se não acreditais nos escritos desse, como acreditaríeis nas minhas declarações?”
A pertinência desses textos na exposição nos leva a afirmar que Jesus consumou seu sacrifício na cruz, deu a possibilidade de todos serem novas criaturas, mas impôs uma condição, além de aceitá-lo: a guarda dos mandamentos. Mas isto depende de cada um de nós, porque Ele nos deu livre arbítrio.
João 10:1-11: “Disse Jesus ainda, aquele que é ovelha entra pela porta do Pastor, mas aquele que não entra pela porta é ladrão e salteador”. Portanto, entrar pela porta do Pastor, que é Jesus, é o primeiro passo, mas os passos seguintes dependem de cada um de nós.
O texto de João 14:15 e 21 é claro e não deixa dúvida sobre a firmação feita: “Se me amardes guardareis os meus mandamentos. Aquele que tem meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama e será amado do meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei nele. Se alguém me ama, guardará a minha palavra e o meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras, ora a palavra que ouviste não é minha, mas do meu pai que me enviou”.
João 15: 14-16: “Jesus disse: Vois sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. Vos não me escolhes, mas eu escolhi a vos, e eu vos designeis para prosseguirdes e persistirdes em dar fruto, e que o vosso fruto permaneça”.
Portanto, aceitemos Jesus, batizando em seu nome e fazendo aquilo que Ele nos manda. Assim, sintonizados com a sua palavra, serviremo-lhe verdeiramente.
Se Cristo morresse pela humanidade e nada mais tivesse que ser feito, não havia necessidade de Ele ter dito todas essas palavras a seus discípulos. A salvação é condicional, e o livre arbítrio foi dado ao homem para o caminho do bem ou do mal (Deuteronômio 30:15-20).
Por outro lado, pelo compromisso daquele que foi selado pelo batismo em nome de Jesus, que fez um concerto de servir a Deus, não há mais desculpas pelos pecados e pela infidelidade que possa cometer contra Deus, contra o próximo e contra si mesmo.
A Escritura, em Hebreus 10:26-31, é taxativa ao pronunciar o estado daqueles que, uma vez iluminados, deixam a Deus: se praticarmos o pecado deliberadamente, depois de termos recebido o conhecimento exato da verdade, não há nenhum sacrifício pelos pecados, mas certa expectativa terrível de julgamento e há um ciúme ardente que vai consumir os que estão em oposição.
Vimos que não basta só crermos; temos também que obedecer, pois só através da obediência a Deus é que podemos alcançar a vida eterna, pois Deus não tem o culpado por inocente.
Quem é o culpado? O culpado é aquele que sabe verdadeiramente o que faz, muitas vezes baseados na sua própria justiça, no seu saber individual, nos seus achismos pessoais. Para estes, não há mais expiação para os pecados, uma vez que macularam o sangue de Cristo.
Portanto, a responsabilidade é grande daqueles que foram iluminados pelo batismo em nome de Jesus e estão fora do mistério da trindade, pois viram a luz maior e a salvação. Há, portanto, muito mais responsabilidade para esses do que para aqueles que nunca conheceram a Deus.
Para melhor elucidar o que pode acontecer com aqueles que praticam a iniquidade depois de conhecerem a Deus, vamos indagar o que Deus disse ao profeta Ezequiel (Ezequiel 18:20-32 e 33:12-20).
Deus, através do Profeta Ezequiel, disse ao povo da responsabilidade pessoal de cada um, e da misericórdia que pode usar para aquele que, mesmo no erro, pratique a justiça, e daquele que serve a Deus, mas desvia-se praticando a sua própria justiça. Este, portanto, morrerá; todo o bem que fez não haverá mais lembrança.
Portanto, o papel de Jesus na vida do homem é único, porque só através dele pode-se ter a vida eterna, mas a responsabilidade daquele que se propõe a segui-lo também é muito grande; quando não permanece na sua Palavra, está incurso na situação dita pelo Profeta Ezequiel. Por isso, de nada valerá aquilo que fez a Deus, se não permanecer na sua Palavra.
Para concluir este estudo, Hebreus 3:13-15: “Acautelai-vos, irmãos, para que nunca se desenvolva em nenhum de vós um coração iníquo, falto de fé, por se separar do Deus vivente; mas, persisti em exortar-vos uns aos outros cada dia, enquanto se possa chamar hoje, para que nenhum de vos fique endurecido pelo poder enganoso do pecado. Porque nos tornamos realmente participantes do Cristo somente se fizermos firme o nosso apego à confiança que tivemos no princípio, firme até o fim.”
É um privilégio ser chamado filho de Deus e não mais servo; portanto, cuidemos de não perdermos a grande chance que alcançamos pelas benções de Deus, de ter sido iluminados para uma tão grande salvação.
Por isso, a nossa responsabilidade face ao sangue de Cristo derramado por nós, sendo conheceres dessa gloriosa verdade, é grande, e deve ser levada muito a sério, pois, caso assim não seja, estaremos colocando em vitupério o sangue de Cristo por nós derramado.
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