O Batismo Apostólico – Parte I
Introdução:
O Batismo Apostólico tem sido a maior luta da Igreja Apostólica desde o segundo século até nossos dias, para testemunhar a primazia do nome de Jesus Cristo dado pelo Pai no batismo para perdão de pecados, e hoje negado pelo Cristianismo.
CAPÍTULO l: EM QUAL NOME DEVEMOS SER BATIZADOS?
1. Conheça a verdade e ela vos libertará (João 8: 31-32).
A Bíblia diz: “Há um só corpo, um só espírito, como também uma só esperança, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos e por todos” (I Coríntios 8: 6; Efésios 4: 4-6).
Deus ordenou a João Batista o batismo de arrependimento para perdão de pecados, praticado somente no nome de Jesus Cristo, sendo o princípio do Evangelho (Marcos 1:5; Lucas 3:1-4; João 1: 6 e 33-34). Os que ouviram a João foram batizados no nome de Jesus Cristo (Atos 19: 2-5). Jesus, depois de ressuscitado, confirmou o batismo em seu nome para perdão de pecados, para todas as nações (Marcos 16: 15-16; Lucas 24: 46-48).
No dia de Pentecostes, os apóstolos batizaram 3.000 almas em nome de Jesus Cristo (Atos 2: 37-38 e 41-42). Depois, os samaritanos e os gentios foram batizados em nome de Jesus Cristo, chegando ao número de quase 5.000 pessoas batizadas neste acontecimento (Atos 8: 14-16, 10: 43-48, 4: 4).
O homem no pecado está morto para Deus (João 5: 25-26; Romanos 5: 12-17; Efésios 2: 1-5). Pela fé e através do batismo em nome de Jesus Cristo, somos sepultados e ressuscitados com Cristo (Romanos 6: 3-11), passando da morte para a vida (João 5: 24, I Coríntios 15:21-23; Efésios 2:1-6; I João 3: 13), reinando com Cristo pela primeira ressurreição no novo nascimento (João 3: 1-8; Romanos 6: 3-13; II Coríntios 5: 17-18; Colossenses 1:13-14, 2:12, 3:1-2; Hebreus 12: 28), tornando-nos, portanto, filhos de Deus pelo batismo(Gálatas 3: 26-29).
O batismo em nome de Jesus Cristo é ordem dada pelo Pai, e confirmada por Jesus Cristo depois de ressuscitado. Quem a rejeita nega a justiça de Deus sem direito ao perdão de pecados (Marcos 16:15-16; Lucas 7: 27-30; João 3: 33-35, 8: 24-32). Ninguém pode colocar outro fundamento além do que foi colocado por Cristo (Atos 4: 11-12;II Coríntios 3: 10-13).
Deus revelará toda a mentira encoberta contra a verdade se examinarmos uma coisa com a outra dentro das Escrituras Sagradas (Eclesiastes 7: 27, Mateus 10:26-27; II Tessalonicenses 2: 3-12). A ordem do batismo em Mateus 28:19 é joio semeado no meio do trigo e é o véu no Evangelho de Cristo, cegando o homem para não resplandecer a luz da glória de Cristo (Mateus 13: 24-30;II Coríntios 4: 1-5; Gálatas 1: 6-12).
Esta ordem tem cinco pontos, usando Cristo para desmentir o Pai, e o Pai desmentindo Cristo!
2. PROVAS BÍBLICAS DA ORDEM PARA O BATISMO EM NOME DE JESUS CRISTO:
Note estes pontos:
a. Deus ordenou a João Batista o batismo em nome de Jesus Cristo para perdão de pecados (Lucas 3: 2-3; João 1: 6, 33; Atos 19: 3-4), e Jesus o confirmou depois de ressuscitado para todas as nações (Lucas 24: 42-48, Atos 4: 11-12).;
A ordem em Mateus 28:19 desmente a ordem dada pelo Pai, dizendo que foi Jesus que mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Deus colocou a primazia do nome de Cristo no batismo e sobre todas as coisas (Atos 4: 11-12; Efésios 1:20-21; Filipenses 2: 9-11; Colossenses 1:18, 3:17). A ordenança em Mateus 28:19 desmente a ordem dada pelo Pai, tirando a primazia do nome de Jesus Cristo e colocando-o em segundo lugar (Atos 2: 37-38).
b. A instituição do batismo em nome de Jesus Cristo saiu de Jerusalém, para todas as nações (Isaías 2: 2-3; Miqueias 4: 1-2; Lucas 24: 45-49), enquanto que a ordenança em Mateus 28:16-19 saiu da Galileia, negando a instituição do batismo em nome de Jesus Cristo confirmada em Jerusalém (Lucas 24: 45-49).
No livro “História Sagrada”, do Frei Bruno Heuser (pág. 271), há um comentário dizendo que Jesus apareceu aos onze discípulos no monte da Galiléia, havendo ali 500 pessoas, e dizendo, ainda, que foi Jesus Cristo quem deu a ordem de Mateus 28: 19 (o batismo em nome da trindade).
Esta afirmação está frontalmente contra as Escrituras Sagradas. Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana (Domingo) e apareceu a Pedro, Maria Madalena e Maria sua mãe (Lucas 24: 34 ;I Coríntios 15:5), e, no mesmo dia, apareceu a duas pessoas que iam para Emaús e deu-se a conhecer no partir do pão.
Os dois contaram aos 11 discípulos que estavam no cenáculo em Jerusalém, que Jesus ressuscitara; neste momento, Jesus apareceu aos discípulos e disse: “Paz seja convosco” (Marcos 16: 12-17; Lucas 24: 9 a 36).
Jesus apareceu a eles muitas vezes durante quarenta dias (Atos 1: 1-4), mas aos 11 discípulos reunidos, apenas uma única vez no cenáculo em Jerusalém, e confirmou a eles, o batismo para perdão de pecados para todas as nações, dizendo-lhes: “Vós sois testemunhas desta verdade” (Marcos 16: 14-17; Lucas 24: 33-49 ; João 20: 19-24).
A Bíblia prova que Jesus apareceu somente às suas testemunhas (Atos 10: 40-43 ) e não às multidões no monte da Galileia. Depois Jesus levou seus discípulos a Betânia, uma aldeia no monte das Oliveiras de fronte à Jerusalém, e disse que esperasse a promessa do Espírito Santo feita pelo Pai, os abençoou e subiu para o Pai. Assim, os discípulos voltaram a Jerusalém e esperaram a promessa (Zacarias 14: 4; Lucas 24: 48-53; Atos 1: 8-12).
3. O batismo em nome de Jesus Cristo é o testemunho do Pai para perdão de pecados, no nome de Jesus Cristo para a salvação (I João cinco: 9-12).
Foi testemunhado por Jesus Cristo depois de ressuscitado (Marcos 16: 15-16; Lucas 24: 45-49), pelos apóstolos e profetas (Atos 2: 37-38; 10: 42-48). Ninguém pode por outro fundamento além deste (Atos 4: 11-12; I Coríntios 3: 10-13; Gálatas 1: 6-12).
Em nenhum outro nome debaixo do céu nos é dado ser salvos a não ser no nome de Jesus. Cristo edificou a sua Igreja registrada no céu (Mateus 16: 18-19; Hebreus 12: 22-26), e Deus o constituiu cabeça da Igreja, e a porta da salvação (Salmos 118: 9-23; Isaías 28: 16-17; João 10: 7-10; Colossenses 1: 17-18).
Jesus escolheu 12 apóstolos, colunas da verdade (Gálatas 2: 9; Efésios 2:19-21; I Timóteo 3: 15; Apocalipse 3: 15). Quem não crê nos apóstolos não crê em Cristo, e quem não crê em Cristo não crê no Pai, e é deste modo que conhecemos a verdade de Deus contra a mentira de Satanás (Lucas 10: 16; I João 4: 5-6).
O apóstolo Paulo disse: “Se alguém pregar outro Evangelho além deste que pregamos, seja maldito” (Gálatas 1: 6-12). Diante disso, pedimos aos que batizam no em nome da trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) com fundamento em Mateus 28.19 para nos provar dentro da Bíblia um batismo realizado pelos apóstolos nesta ordem. Nesse batismo, não há perdão de pecados.
Prestem atenção: no batismo em nome de Jesus Cristo, somos sepultados e ressuscitados com Cristo na semelhança de sua morte e ressurreição (Romanos 6: 6-13; Efésios 1: 6; Colossenses 2: 12-13, 3: 1-4). O Pai é imortal (Timóteo 1:17, 6:16), não morreu e nem ressuscitou para batizarmos em seu nome. Em tudo, Cristo é sujeito ao Pai (João 6: 38, 8: 38, 12: 49), pois o Pai é maior que o Filho (João 14: 28; Filipenses 2: 5-9) e mandou batizar no nome de seu Filho.
Se o Filho, Jesus Cristo tivesse mandado batizar em nome do Pai, Jeová, então este ficaria humilhado pela ordem de Jesus, negando assim a primazia do poder do Pai sobre o Filho e a sua imortalidade (Deuteronômio 32: 39-40; Salmos 62: 11; Romanos 1: 20; Apocalipse 19: 1).
CAPÍTULO ll: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE MATEUS 28: 19 I JOÃO 5: 8 E OUTRAS MUDANÇAS INTRODUZIDAS PELO CRISTIANISMO CONTRÁRIAS AS ESCRITURAS
1- São Mateus 28. 19
A História, no decorrer dos tempos, vem mostrando as mudanças efetuadas dentro do Cristianismo, por pessoas de grande influência religiosa, que causaram grande subversão da lei divina, estabelecida dentro das Escrituras Sagradas.
O batismo em nome da trindade (Pai Filho e Espírito Santo) é a maior subversão já feita pelo homem dentro da Bíblia, pois tirou a primazia de Jesus Cristo como nosso salvador e mediador, para colocar o nome de um Deus trino, inexistente. Vamos expor alguns dados históricos que nos levam a provar o afirmado.
No “Compêndio da História da Igreja”, de autoria de Frei Dagoberto Romag, diz -se que a ordem do batismo escrita em Mateus 28: 19 (O Batismo em nome do Pai Filho e Espírito Santo) saiu da Pena de Tertuliano no ano 197 (1).
Tertuliano, era natural de Cartago, filiado a doutrina da trindade de Montano. Escreveu o primeiro catecismo sobre o batismo da trindade, e acompanhado com este batismo o sinal da cruz, que se chamava “A fé de Irineu e Tertuliano”(2).
Após sua morte no ano de 222/225, este dogma foi introduzido no ano 255 no primeiro sinódio dirigido por Cipriano. Tertuliano foi chamado de autor do batismo da idolatria(3).
O bispo de Roma, Estevão I, não aceitou esse batismo como nova doutrina na Igreja de Catargo, mas não o eliminou. Sisto II aceitou a comunhão com a Igreja de Catargo, e, em 313, em um outro sinódio, confirmou a ordem do batismo em nome do Pai Filho e Espírito Santo, contrária aos Donatistas que batizavam em nome de Jesus Cristo (4).
Os Donatistas protestaram contra o batismo em nome da trindade e Constantino tirou as suas Igrejas e confiscou os seus bens. Ario, bispo da Igreja Apostólica, ensinou que Cristo é o filho primogênito e unigênito criado por Deus e que a salvação consiste em crer nas duas pessoas da divindade (João 3:16-18, 14: 1, 17: 3 ). Assim, negou a trindade, ensinando que o batismo para perdão de pecados é somente aquele praticado em nome de Jesus Cristo.
Em 325, foi realizado o primeiro concílio em Nicéia, para confirmar a trindade e o batismo em seu nome, e esse concílio foi presidido por Constantino, o bispo Silvestre, Hózio e Atanásio, que negaram Cristo como princípio da criação de Deus (Provérbios 8: 22-31; João 1: 1-3; Colossenses 2: 15-17) e, sem prova desta verdade, estabeleceram o Dogma que, em Deus, há uma só pessoa que se manifestou como Pai, Filho e Espírito Santo em substância eterna(5).
A negação da divindade como duas pessoas distintas é doutrina do Anti-Cristo (I João 1: 2-4, 2: 18-26), a partir do estabelecimento da trindade como dogma, começou a perseguição para aqueles que não aceitavam esta apostasia (6).
A ordem de Mateus 29.19, introduzida na Bíblia, como já foi exposto, é contraditória a tudo o que foi praticado por Jesus e os seus Apóstolos. A Bíblia nos afirma, em Lucas 24.46.48, que Jesus apareceu aos seus onze discípulos, dizendo: “era necessário que Cristo padecesse, mas que ressurgisse dos mortos ao terceiro dia, e que em seu nome se pregasse o arrependimento a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém”.
Isto não pode ser negado, sob pena de anularmos o sacrifício de Cristo na cruz por toda humanidade.
2 – I João 5.8:
Os trinitários apóiam-se, além da passagem de Mateus 29.19, em mais duas passagens para afirmar o batismo em nome do Pai Filho e Espírito Santo. A segunda passagem é em João 16.7-14, aqui nada se refere a uma terceira pessoa. Jesus falou por figuração acerca do pai (João 15.7,15- 27).
A terceira passagem se encontra em I João 5.7, que diz que são três os que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue; e estes três concordam.
Para provar que esta passagem é mais um joio no meio do trigo, comecemos pelas Bíblias que não contêm este verso: A Bíblia versão brasileira, a Bíblia Almeida corrigida no ano de 1952, e nem a Bíblia versão dos Monges Beneditinos. Este é um ponto alterado, fraudado que entrou no evangelho através de uma tola fraude. Se o testemunho dos três no céu fosse verdade, 57 passagens do novo testamento que provam a divindade seriam mentiras! Este acréscimo na Bíblia não tem qualquer autoridade!
Segundo “O Novo Testamento interpretado versículo por versículo”, da Sociedade religiosa A VOZ BÍBLICA, essas palavras são espúrias e foram acrescentadas. Essas palavras se fazem ausentes de todas as versões bíblicas antigas, como a sírica, a copta, a armênia, a etíope, a árabe e a eslavônica. Afirma o texto serem essas palavras espúrias e acrescentadas, e sem nenhum valor sagrado. Não se encontram por igual modo no “latim antigo ” e nem nos escritos dos paises latinos. Também não são encontradas nos primeiros manuscritos da Vulgata (541) e posteriormente; e nem no Codex Vercellensis, do século IX D.C., que é uma revisão da vulgata latina.
O mais antigo uso dessas palavras, em forma reconhecível como equivalente aquilo que figura no texto desta epístola, aparece em um tratado do século IV, D.C., intitulado “Liber Apologeticus ”, no quarto capítulo daquela obra. O citado tratado é atribuído ao herege espanhol Prisciliano (falecido em cerca de 385 D.C), ou ao seu seguidor, o bispo Instâncio.
Neste tratado, estas palavras são um comentário sob a passagem de João, que procura orná-las, e que provavelmente se originou da interpretação de que os três testemunhos (da água, do sangue e do espírito) apontam para a trindade.
No século V, depois de Cristo, essa glosa explanatória passou a ser citada por diversos países latinos da Igreja, no norte da África e da Itália, como se fossem parte integrante do texto. Do século VI d.C. em diante, tais palavras passaram a figurar regularmente nas versões latinas, mas não em todas; na realidade, tanto que ainda no século XX, encontramos Bíblias que não contém o texto. (Mais informações sobre essa fraude, ler na nota de rodapé (7). Ou seja, mais um joio para confundir aqueles que acreditam em um batismo trinitário, não instituído por Cristo e nunca realizado pelos apóstolos.
3 – Outras mudanças de pontos de fé da nossa salvação :
A Escritura Sagrada, no livro de Daniel 7: 24-26, já prevê a apostasia do homem do pecado que mudará a Lei de Deus. Não só o batismo em nome de Jesus Cristo foi mudado, mas outros mandamentos importantes da lei de Deus, que sua negação implica no comprometimento da salvação do homem.
No ano 321, Constantino mudou a guarda do sábado que é um sinal do povo de Deus guardado pelos apóstolos (Êxodo 20: 8-11, 31: 12-18; Ezequiel 20: 20-24 ; Lucas 4: 16 e 31-32, 23: 55-56; Atos 13: 14-15, 42-44), instituindo a guarda do domingo, que, na verdade, é o primeiro dia da semana, negando assim um dos dez mandamentos do decálogo divino.
O dia da celebração da Páscoa também foi mudado: a sua comemoração bíblica é no dia 14 de Abibi, que é o primeiro mês do ano no calendário lunar instituído por Deus, celebrado pelos apóstolos (Êxodo 12: 14-17, 24, 13: 3-10; Mateus 26:17-29 ), instituindo no seu lugar a Páscoa no domingo depois da lua cheia do dia 14 de Abibi , sem nenhum fundamento sólido, apenas por questão de uniformização da data.
Mas, o maior mandamento, sem dúvida alguma, mudado, foi o batismo em nome de Jesus Cristo para perdão de pecados, instituindo em seu lugar o batismo em nome da trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), ficando desta forma negada também a salvação, Deuteronômio 6: 4-9; Mateus 23: 9-10; Marcos 12: 28-29; João 14: 1, 16: 3, 17: 3; I Coríntios 8: 5-7; I João 1: 1-4). Este é um sinal escrito na testa dos salvos (Apocalipse 14: 1-5).
Jesus ensinou o batismo com o Espirito Santo, distinto do batismo da água como João ensinou (Mateus 3: 11-12; Marcos 1: 8; Lucas 3: 16; Atos 1: 5, 8: 14-17, 10: 44-48, 19: 2-6). A mudança da Lei de Deus trouxe a maldição sobre a terra, tirando-lhe a paz e a união (Isaías 14: 1-20, 24: 1-7; Romanos 1: 18-25).
Jesus nos ensinou que só temos união quando cremos que Jeová e seu filho Jesus Cristo são duas pessoas em união no mesmo Espírito (Zacarias 6: 12-13; João 10: 30 17: 20-23; Romanos 12: 5-16; I Coríntios 1: 10; I João 1: 3-4). A união ensinada por Cristo parte de duas pessoas, e não de uma e nem de três (Gênesis 2: 24-25). Na trindade, não há união. O cristianismo crê na trindade e estão todos divididos.
Jesus disse: “Quem comigo não se une, fica espalhado” (Mateus 12: 30-31 ).
CAPITULO III: QUAL É O NOME DO PAI, E QUAL O NOME DO FILHO (Provérbios 30:4)?
Os pagãos colocavam em seus deuses o nome de divindades (I Reis 18:20-24; Oséias 2:16-17). Um folheto de nome “Divino”, diz que o nome de Deus é YHOS.HO , e este nome foi dado ao filho gerado com duas naturezas: Divina e Humana.
O nome de Deus revelado é Jeová e, no hebraico, o nome Jesus é mencionado 6.800 vezes e não muda (Êxodo 3: 13-15, 20: 1-3; Salmos 83: 17-18; Jeremias 10: 10-16; Amós 5: 8; Tiago 1: 16-18).
Jeová é um ser pessoal, sempre eterno e invisível (Salmos 91: 1-2; Isaías 40: 28-29; Jeremias 10: 10; João 1: 18; Colossenses 1: 15). Só Deus possui a imortalidade em si (João 5: 26; I Timóteo 1: 17, 6: 15-16) e dele procede todo o poder e a luz (Romanos 1: 18-21; Tiago 2: 16-17).
Em tempos remotos, Jeová estava sozinho e sua sabedoria não se pode esquadrinhar (Isaías 40: 28; Romanos 11: 33-34). Sozinho, planejou o mundo em seis dias antes de ele aparecer (Jó 9: 8-10; Salmos 139: 16-17; Isaías 48: 3; Hebreus 11:3).
O Verbo é o princípio do pensamento e da sabedoria de Deus que, pelo seu Espírito, criou seu Filho primogênito e unigênito a sua imagem (Jó 10: 6-8, 33: 4; 38: 4-6 e 21; Provérbios 8: 22-30; João 1: 1-2; I Coríntios 1: 22; Colossenses 1: 15; Apocalipse 3: 14). Depois, pelo Filho, mediante a palavra de Deus, todas as coisas que foram planejadas e, em seis dias, foram criadas (Gênesis 1: 1-30; Salmos 33: 6; João 1: 3 ,10; Colossenses 1: 16-17).
No plano da criação, vemos uma pessoa (Deus), e no aparecimento da criação, vemos duas pessoas operando (Deus e Jesus)- (Gênesis 1: 14 , 26, 3: 23; Provérbios 8: 22-30, 30: 4; Isaías 41: 20; Hebreus 1: 2-3). Cristo foi criado à imagem do Deus invisível (II Coríntios 4: 4, Colossenses 1: 15) e o homem foi criado por Cristo à sua imagem.
Cristo é o primeiro Anjo criado por Jeová, e é o único mediador e salvador entre Jeová e o homem (Mateus 23: 8-11; l Timóteo 2: 5). Jeová o enviou para tirar o povo do Egito (Êxodo 3: 1-12, 14: 19, 20: 1-3, 23: 20-23; Juizes 2: 1-4 ), sendo ele o príncipe do exército de Jeová (Josué 5: 13-15).
Cristo é o Anjo da primeira e da nova aliança (Isaías 63: 8-12; Malaquias 3: 1-3) e estava com a Igreja no deserto, continuando com ela na nova aliança (Atos 7: 30-39; I Coríntios 10: 1-10; Marcos 16: 19-20; Atos 9: 3-6; 18: 9-10). Somente este anjo, que é Cristo, foi chamado por Jeová de seu Filho e apenas ele recebeu a promessa de que sentaria com Deus no trono (Salmos 110: 1-5; Atos 2: 29-36; Hebreus 1: 1-3 e 9 e 13, 6: 16 e 20, 7: 20-21).
O Filho, Jesus Cristo, é chamado por muitos nomes:
– Siló (Gênesis 49: 10);
– Estrela da Alva (Números 24:16-17; II Pedro 1: 19; Apocalipse 2: 28,22-16);
– Emanuel (Isaías 7: 14; Mateus 1: 23);
– Pai da eternidade (Isaías 9: 6-7);
– Leão da tribo de Judá (Gênesis 49: 9; Apocalipse 5: 5); e
– Cristo, Filho do Deus vivo (Mateus 16: 13-17).
No passado, seu nome original não foi revelado; quem conhece o nome do Filho é só o Pai e Ele o revela só a quem quer (Mateus 11: 27; João 1-10). O nome de Cristo é “Miguel”, que, no passado, não foi revelado (João 1: 10; Romanos 16: 25; Efésios 3: 4-6). Ele é o príncipe do exército de Jeová (Josué 5: 13-15), que lutou contra os inimigos do povo de Deus (Isaías 37: 33-38; Salmos 78: 48-49; Daniel 10: 12-13). Cristo, por sua morte e ressurreição, venceu Satanás (Hebreus 2: 14-15) e, quando subiu ao céu, travou uma guerra com seus anjos contra Satanás e seus anjos. Como resultado, Satanás e seus anjos foram expulsos para a terra, onde está a besta e os falsos profetas, formando juntos uma trindade, lutando contra Cristo e sua Igreja, aguardando o juízo final (II Pedro 2: 1-4; Judas 1: 3-19; Apocalipse 12: 7-17, 16: 12-14, 20: 1-3 , 9-10).
Cristo virá ressuscitar justos e injustos (João 5: 28-29, 6: 40-44; Tessalonicenses 4: 13-16) e virá com seu nome original “Miguel ”(Daniel 12: 1-3; Atos 24: 14-15). Na nova aliança, Jeová deu um novo nome ao seu Filho: admirável e maravilhoso (Juízes 13: 17-23; Isaías 9: 6-7, 62: 1-5) e este nome é Jesus Cristo (Mateus 1: 18-22; Lucas 1: 28-35; Apocalipse 2: 12-13, 3: 12-13).
O novo nome do Filho só é revelado a quem Deus quer (Mateus 13: 11-12, 16: 13-19; Romanos 9: 15-16; Gálatas 1: 15-16) e este nome não muda (Hebreus 13: 8-9). Este é um dos sinais dos salvos: crer e conhecer o nome de Jeová revelado (Êxodo 14: 15; Salmos 83: 17-18) e o nome de Jesus Cristo, seu filho, escrito na testa, tendo comunhão com ambos (Zacarias 6: 12-13; João 14: 1-2, 16: 3, 17: 3; I João 1: 2-4; Apocalipse 3: 12, 7: 9-11, 14: 1-5, 22: 3).
Na criação e na salvação, vemos duas pessoas operando (Provérbios 30: 4; Mateus 29: 10; II Coríntios 5: 18-19; I Timóteo 2: 5; Hebreus 1: 1-3).
A Trindade é a doutrina do paganismo que ensinava a crer em um Deus com vários nomes: Baal, Tamuz e Saturno, entre outros, todos adorados como Deus Sol (I Reis 18: 20-24; Ezequiel 8: 13-17; Oséias 2: 17).
Teófilo, no ano 190 DC., emprega pela primeira vez a palavra Trindade e, no ano de 197, Tertuliano a emprega no batismo com o sinal da cruz. Os Trinitários ensinam que Deus é um espírito eterno e para salvar a humanidade, foi gerado no ventre de Maria com duas naturezas: divina e humana (Hebreus 2: 14-15), sendo o Deus filho. Cristo é o primeiro Filho criado por Deus com corpo celeste e com natureza divina do Pai, e depois o Filho criou o homem justo(Eclesiastes 7: 29).
Depois do pecado de Adão, os homens nasceram com a natureza do pecado (Gênesis 3: 22, 8: 21; Salmos 41: 1-5, 51: 4-6; Romanos 3: 9-12 ) e, portanto, condenados à morte (Romanos 6: 23, 8: 12-13). Para salvar o homem, Cristo foi gerado corpo de carne e sangue com natureza divina do Pai (João 10: 30; Colossenses 1: 19-20).
O homem, para ser salvo, tem que nascer de novo pelo batismo, sendo cada dia regenerado pela palavra adquirindo a natureza divina de Cristo (Mateus 5: 48; João 3: 8; II Coríntios 5: 16-18; Tito 2:11-15, 3: 5-7; I Pedro 1: 22-23; II Pedro 1:3-4), para chegar ao homem espiritual (I Coríntios 2: 12-16).
Não podemos servir a Deus com duas naturezas (Mateus 6: 24; Romanos 8: 3-16). Jeová criou o Filho, que para salvar o homem foi gerado e ungido pelo Espírito Santo (Salmos 2: 6-8, 45: 7; Isaías 61: 1-4; Lucas 1: 30-35, 3: 21-22). Nem antes de ser gerado e nem depois de ungido julgou ser igual ao Pai (Filipenses 2: 5-8). Cristo disse que o Pai é maior do que Ele (João 14:28) e todo poder pertence à Jeová que, em seu trono, julga o mundo (Salmos 42: 5-9, 62: 11-17, 93: 2; Isaías 6: 1-2; Romanos 1: 19-20).
Jeová jurou a Davi que um de seus descendentes seria ungido e sentaria em seu trono, regendo seu reino (Salmos 2: 6-7, 45: 2-7, 110: 1-3). No dia de Pentecostes, Cristo recebeu o domínio do reino e foi exaltado por todos os seres do universo (Daniel 7: 13-14; João 7: 39; Atos 2: 29-36; Apocalipse 3: 20-21, 5: 7-13).
Vejamos: se Jeová, no passado, fosse um espírito e viesse a ser gerado com o nome de Deus Filho (Lucas 28: 35), ficaria negado que Jeová, no passado, não era um ser pessoal e sempre eterno (Salmos 90: 1-2), porque um espírito não tem corpo, mas procede como a sombra de Jeová (Salmos 91: 1-2; Lucas 1: 35, 24: 36-40).
O espírito sem corpo não tem vida (Gênesis 2: 7; Jó 17: 1; Salmos 104: 29; Tiago 2: 26) e não é um ser pessoal. Se Jeová fosse o Deus Filho, no passado, não julgaria em seu trono como Deus Pai, porque o Filho só sentou no trono junto com o Pai depois da ressurreição (Marcos 16: 19; Atos 2: 29-36, 7: 55-56).
Outra passagem citada pelos trinitários, negando duas pessoas da divindade, é Isaías 44: 6-7, 48: 12. Jeová revela todas as coisas ao Filho e o Filho revela pelo seu espírito aos profetas como mediador entre Deus e o homem (Mateus 11: 27, 23: 9-10; Timóteo 2: 5; I Pedro 2: 11; II Coríntios 13: 3; Apocalipse 1: 12). O Filho não se exaltou a si mesmo, mas disse que o Pai o exaltou e deu-lhe um nome sobre todos os nomes (João 8: 54-55; Atos 2: 31; Efésios 1: 20-21; Filipenses 2: 5-11). Em Isaías 44: 6-7 e 48: 12, o Filho disse: “Assim diz Jeová, que Eu o Filho, sou o primeiro e o último, o primeiro da criação de Deus” (Colossenses 1: 15-17; Apocalipse 1: 8, 2: 8, 3: 14) e o último gerado por Deus.
Deus só chamou a Cristo de seu Filho (Salmos 2: 7-8; Lucas 1: 30-33; Hebreus 1: 4-6).
Também apóiam-se os trinitaristas, para negar a divindade como duas pessoas, em I João 5: 7, que diz: “o testemunho de três no céu”. Mas este verso não está na Bíblia versão brasileira. É um texto espúrio, introduzido na Bíblia através de uma fraude, como já fundamentado no capítulo II.
O contexto correto de I João 5 consiste no testemunho que o Pai deu de seu Filho, primeiro, na criação; segundo, quando foi gerado; terceiro, quando foi ungido; e quarto, quando Cristo representou seu reino. Isto se pode afirmar com outras passagens bíblicas (Salmos 2: 7-8, 45:6-7; Isaías 61:1-3; Mateus 3: 16-17; Lucas 1: 30-35; Hebreus 1: 5-6; 17: 1-5; I Pedro 1: 16-19).
João não conhecia Cristo, mas o espírito de Jeová, vindo em forma de uma pomba como sinal sobre Cristo, testemunhou que Cristo é Seu filho (Mateus 3: 16-17; João 1: 33-34). A água e o sangue que saíram de Cristo quando o soldado o furou é também um testemunho que Cristo é o Filho de Deus que veio com corpo de carne, água e sangue (João 19: 34-35). Se aceitarmos o testemunho histórico de quem isto viu e relatou, quanto maior é o testemunho que Jeová deu de seu filho (v. 9-10).
Os trinitários citam João 10: 30, 14: 8 e 11, dizendo que o Pai e o Filho são uma só pessoa. Ora, Jesus nunca disse que ele era o Pai, mas, afirmou que estava com o Pai no céu e foi enviado por Ele, subindo novamente para o céu junto dele, pois o Pai é maior que o Filho (João 6: 62,14: 12 e 28-29, 16: 28,17: 24-26, 20: 17). Se aqui há referência a uma só pessoa na divindade, em João 17: 20-23; Gálatas 3: 17-29, a igreja seria uma só pessoa?
Antes de Jesus expirar, disse: “Deus meu, porque me desamparaste?” (Salmos 22: 1; Mateus 27: 46). “Nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lucas 23: 45). Se Jesus morreu como Deus Filho, fica negada a imortalidade do Pai e rebaixada sua soberania menor do que a dos anjos (Hebreus 2: 7-9). Só o Pai tem a imortalidade em si (João 5: 26; I Timóteo 1: 17, 6: 16 ).
Ademais, se o Pai é o Deus Filho, por que não saberia o dia de sua própria vinda? Na verdade, Cristo disse que só o Pai o sabe (Mateus 24: 36).
EM RESUMO: O Pai, Jeová, é distinto do Filho, Jesus Cristo.
Jeová é o único Deus sempre eterno (Deuteronômio 32: 39-41; Salmos 91: 1-2; Isaías 40: 28-29; Jeremias 10: 10; Mateus 23: 9; Marcos 12: 28-29; João 17: 3), só Ele possui a imortalidade em si (João 5: 26; I Timóteo 1: 17, 6: 15-16). Quem conhece o Pai é só o Filho, porque estava com Ele desde a fundação do mundo (Provérbios 8: 22-35; Mateus 11: 27; João 1: 1-2 e 18, 6: 46, 17: 5 , 24; Colossenses 1: 15-16; Apocalipse 1: 8 e 28, 3: 14).
Cristo é chamado o Deus eterno, por ser o princípio da criação de Deus (Salmos 45: 6-7, Hebreus 1: 8-9). Cristo recebeu a imortalidade em si mesmo depois da ressurreição dada pelo Pai (João 5: 26) e vive pelo poder do Pai, pois o Pai é maior do que Ele (João 14: 28; II Coríntios 13: 3-4); portanto, o Filho não se julgou a ser igual ao Pai.
Jeová tem a primazia do poder sobre todas as coisas, operando pelo seu espírito em Cristo (Salmo 62: 11-12; Romanos 1: 20-21; I Coríntios 12: 5-11) e dando todo o poder ao seu Filho (Apocalipse 5: 13). Já Cristo tem a primazia de seu nome dada pelo Pai sobre todas as coisas (Atos 4: 11-12; Efésios 1: 19-21; Filipenses 2: 9-11; Colossenses 1: 18, 3: 17).
Na trindade, não há perdão de pecados. Veja bem:
Pelo batismo em nome de Jesus Cristo, somos sepultados e ressuscitados com Ele na semelhança de sua morte e ressurreição para perdão de pecados (Atos 2: 37-38; Romanos 6: 3-10). Na primeira e na nova aliança, os pecados cometidos contra Cristo, o Filho, são perdoados (I Samuel 2: 25; Mateus 12: 31-32; I Coríntios 8: 11-12), mas o pecado contra o Espírito Santo refere-se a pecados cometidos contra Jeová; estes não tem perdão.
Existem três espécies de pecados contra Jeová:
1- Blasfemar (Levítico 24: 10-16; Números 15: 30; Mateus 12: 31-32);
2- Desmentir a palavra falada pelo Espírito Santo (Jeremias 28: 1-17) e
3- Mentir contra o Espírito Santo (Atos 5: 1-9).
Cristo não intercede por estes pecados (II Samuel 2: 24-26; Marcos 3: 28-29; Hebreus 10: 26-30; I João 5: 15-16). Se Cristo intercedesse pelo pecado contra o Espírito Santo, o Pai seria humilhado perante o Filho, pois o Filho é menor do que o Pai. Por outro lado, se a Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo são uma mesma pessoa, o pecado contra o filho não teria perdão!
Jeová é eternamente o Pai e não muda (Salmos 91: 1-2; Malaquias 3: 6; Tiago 1: 17-18) e Cristo é o Filho eternamente criado pelo Pai, fazendo a vontade do Pai (Lucas 22: 41; João 5: 30; 6: 38; 8: 39; Hebreus 13: 8). Cristo recebeu do Pai o reino até destruir a morte e, no fim do juízo, entregará o reino ao Pai e ambos reinarão para sempre (Salmos 110: 1-4; Zacarias 6: 12-13; Lucas 1: 33; I Coríntios 15: 25-28; Apocalipse 22: 3-5), e o Filho estará sujeito ao Pai.
O nome de Jeová e o nome de Jesus Cristo, seu Filho, são sinais escritos na mente dos salvos (Apocalipse 7: 1-10, 14: 1-5), que não foram enganados pelo sinal do AntiCristo, negando o Pai e negando o Filho (I João 2: 21-25).
Amigo Leitor, procure a verdade e esta te libertará. A Bíblia é uma nova a cada manhã!
Estudos concluídos pelo Pastor José Leitão Duarte Filho em 1999 e acertos com outras fontes históricas em 2002.
Notas explicativas:
(1) ROMAG, Dagoberto. Antiguidade Cristã Compêndio da História da Igreja. Essência do Catolicismo, vol. 1 2ºed. .Rio de Janeiro- Petrópolis: Vozes. pg .90/3 e 143/5.
(2) Id.
(3) Dicionário Prático Ilustrado. São Paulo, Lello & Irmãos-Editores, 1957. pg. 1908.
(4) ROMAG, Dagoberto. Antiguidade Cristã Compêndio da História da Igreja. Essência do Catolicismo, vol. 1 2º ed.. Rio de Janeiro- Petrópolis: Vozes. p. 173 – 190-204.
(5) Ibid., p. 165/6.
(6) KNIGHT, A. E; ANGLIN, W. História do Cristianismo: História da Inquisição. São Paulo: Antônio José Saraiva, publicações Europa Portuguesa América 3 ed. p.192-210. S/ ano de publicação.
(7) CHAMPLIN, Norman Russell P.h. D. O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo. Volume VI .São Paulo Sociedade Religiosa A Voz Bíblica brasileira .Industria Gráfica Editora S A p. 293 sem data de publicação.
.As palavras de I João 5.8 “ .. no céu.;… O Pai, ….a palavra e o Espírito Santo; e estes três são os que testificam na terra….” são espúrias, não tendo o direito de figurarem no novo testamento. Aqueles que a aceitam como genuínas certamente ignoram todos os princípios da crítica textual. Exercendo um apego fanático as palavras que provavelmente se originaram de mera anotação escribal, em alguns manuscritos latinos. Trata-se de uma grosa escribal, e não de palavras legítimas do Novo Testamento. Ninguém teria pensado reter essas palavras em face de tão fraca evidencia textual nos manuscritos antigos, se não contivessem uma mas mais claras declarações trinitárias do Novo Testamento. Mas o zelo da retenção de tão clara declaração é que tem explicado a ridícula defesa dessas palavras no texto sagrado. Sua inserção eqüivale ao manuseio enganador da palavra de Deus, pois a evidência textual em favor de sua omissão é irresistível e incontroversa. (….. ) Conta a história que antes da invenção da imprensa, tais palavras não apareciam em qualquer manuscrito grego. Quando Erasmo compilou o “ Textus Receputus” deixou tais palavras do lado, porquanto não havia qualquer evidência em favor das mesmas no original grego. Erasmo foi criticado por isso, e prometeu que se alguém encontrasse pelo menos um manuscrito grego que contivesse tais palavras, ele as incluiria no seu texto grego. Ato contínuo, seus críticos lhe apresentaram um manuscrito grego que continha orientações ao escriba, dizendo que essas palavras deveriam ser incluídas. Então triunfalmente exigiram de Erasmo que ele cumprisse sua tola promessa. Tais palavras, pois penetraram no “ Textus Recepitus” através de uma “fraude”, através de uma desonestidade. E algumas pessoas hoje em dia, sem conhecimento do original grego ou estudos textuais, continuam propalando essa fraude.
WALKER,Williston. Trad. D.Glenio Vergara dos Santos e N..Durval da Silvau. Historia da Igreja.
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