O que é o Espirito Santo? – Parte I
Aqueles que ensinam que o Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade estão puramente enganados e sem o apoio bíblico. Analisaremos no presente estudo diversos argumentos bíblicos e históricos que refutam a pessoalidade do Espírito Santo e a falácia da Trindade.
1. Quem é Deus e quem é Seu Filho: seus nomes e características.
Há um só Deus, o único que tem vida em si mesmo; é o sempre eterno e invisível (Deuteronômio 4:6-9, 32:39-40; Salmos 90;1-2, Jeremias 10:10, Marcos 12:30-32; I Timóteo 1:17, 6:15-16).
O nome de Jeová começou a ser invocado por Sete e Enos (Gênesis 4:26) e também por Abraão (Gênesis 21:22-24,33). Na Bíblia em hebraico, o nome de Jeová aparece 6.800 vezes. Deus disse a Moisés que era o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó e que se eles perguntassem o seu nome que lhes dissesse: “Eu sou Jeová, este é meu nome e não mudo”(Êxodo 3:13-15, 9:16, 34:5 Deuteronômio 28:58, Salmos 83:17-18; Isaías 42:8; Oséias 12:5; Malaquias 3:6).
Mas os pagãos blasfemaram o nome de Deus (Jeremias 23:22-25); por causa da idolatria, trocaram o nome de Jeová pelos nomes de seus deuses (Oséias 2:13-17). Em sua missão, Jesus fez conhecido o nome de Jeová entre os homens (João 17:6). No entanto, da mesma forma que no passado, hoje, o nome de Jeová é blasfemado entre as nações (Isaías 52:5-6; Jeremias 23:27, Judas 1:4), que trocaram o seu nome por um Deus trino inexistente (Salmos 16:4; Ezequiel 8:13-17; Atos 7:43-44; I Coríntios 8:5-7).
Em tempos remotos, Jeová estava sozinho e, pelo seu Espírito Eterno de Sabedoria, planejou a criação do mundo em sua mente (Jó 9:8-10; 26:12-13; Isaías 40:12-13, 44:24, 48:3-5; Jeremias 10:12). Em seu plano, a primeira criatura que Jeová criou foi o seu Filho Jesus Cristo, sendo Ele, portanto, o princípio da sua sabedoria e de sua criação (Jó 33:4, 38:20-21; Salmos 139:14-16; Isaías 41:4, 44:6; João 1:18, 3:16; I Coríntios 1:24,30; Colossenses 1:15,17-18; Apocalipse 1:17-18, 2:8; 3:14). Ele é a imagem do Deus invisível e a Ele foi entregue todo o poder (Isaías 22:21-23; Mateus 11;27; Lucas 10:22; João 3:35-36).
No plano da criação, Jeová aparece sozinho (Jó 8:1-9; Isaías 44:24), mas quando esta começou a se concretizar, aparecem as duas pessoas da divindade: Jeová e seu Filho (Provérbios 8:22-30; 30:4; João 1:1-10; Hebreus 1:1-3). Cristo concretizou todas as coisas que Jeová havia planejado em seis dias (Gênesis 1:1-31; 2:1-17; Salmos 33:6-9). Ele criou os anjos e o homem à sua imagem (Romanos 8:29; Colossenses 1:15-17; I Pedro 3:22).
O nome do Filho na primeira Aliança é Miguel, príncipe do Exército de Jeová. Ele tirou o povo do Egito e é o Anjo da Aliança enviado por Deus (Êxodo 3:2-8; 13:21; 14:19, 23:20-21; Juízes 2;1-2; Isaías 63:9-10; Malaquias 3:1-2; Atos 7:38-39; I Coríntios 10:1-4).
Cristo destruiu o poder de Satanás e expulsou-o do céu (Hebreus 2:14-15; I João 3:8; Apocalipse 12:7-9). Na Nova Aliança, Jeová deu ao seu Filho um novo nome admirável e maravilhoso!! (Juízes 13:18; Isaías 9:6, 62:2). Este Nome é Jesus Cristo, nome dado pelo anjo antes dele nascer (Mateus 1:20-21; Lucas 1:30-33).
O Pai e o Filho têm cada qual um nome: Jeová, o Pai e Jesus Cristo, o Filho, distintos dos nomes de falsos deuses, quer no céu ou na terra (I Coríntios 8:5-7).
Ademais, Cristo é duas vezes Filho único de Jeová: primeiro, na criação, e na segunda vez, quando foi gerado; a nenhum dos Anjos Jeová disse: “Tu és meu filho e hoje te gerei e outra vez eu o Seu Pai e ele é meu filho”. A nenhum dos anjos Jeová disse: “assenta-se na minha mão direita, até que eu ponha teus inimigos por escabelo dos teus pés”. Só a Cristo Jeová falou (Salmos 110:1-5).
Todos os anjos de Deus adoram o Filho (Hebreus 1:4-9). Por isso, Cristo tem honra igual ao Pai (Colossenses 5:12-13): porque depois de sua ressurreição, obteve a imortalidade em si mesma dada pelo Pai (João 5:28; Apocalipse 1:17-18). Portanto, quem não honra o Filho não honra o Pai (João 5:23).
Portanto, constatamos que há um só Deus (Jeová) e um só mediador entre Deus e o homem, Jesus Cristo (o filho) (Mateus 23:8-10; I Timóteo 2:5); há a primazia de Jeová e de Seu Filho Jesus em prol da nossa salvação. Jeová é o sempre eterno e tem a primazia do poder sobre todas as coisas, pois ninguém o ensinou (I Crônicas 29:11-12; Salmos 62:11-12; Isaías 40:13; Romanos 11:33-36); por isso ele é o primeiro em poder.
Jesus é o Deus eterno, por ser o primeiro ser da criação de Jeová (Provérbios 8:22-30; Isaías 9:6 30; Miquéias 5:2). Ele não se julgou igual a Deus e disse que o Pai é maior que Ele (João 14:28; Filipenses 2:5-6). Por sua humilhação, o Pai deu um Nome a Jesus Cristo que está acima de todos os nomes (João 14:9:11, Filipenses 2: 9-11). Em outras palavras, Cristo tem a primazia do nome, pois Jeová colocou o nome de Jesus sobre todas as coisas (Atos 4:11-12; I Coríntios 3:11; Efésios 2:20-21; Filipenses 2:9-10; Colossenses 1:18,3:17; Apocalipse 1:8). Todos devem reconhecer e crer nesta verdade (Isaías 33:13, Efésios 1:19, 6:10).
Nas Escrituras Sagradas, não há, portanto, nenhum versículo que ensine a crer e a adorar uma terceira pessoa da trindade. E se supostamente existisse essa terceira pessoa como Espírito Santo, qual seria seu nome?
2. Como o Espírito Santo é figurado e como ele se manifesta nas Sagradas Escrituras?
Na verdade, o Espírito Santo sempre apareceu na Bíblia como o poder eterno que procede de Jeová (João 15:26), tanto na criação, como na Redenção (Gênesis 1:1-2).
Em tempos remotos, quando Deus criou Seu Filho, pelo Seu Espírito, ungiu-o (Provérbios 8:22-23), colocando-lhe o Seu Espírito e a Sabedoria. Assim, foram criadas todas as coisas (Jó 26:13, 33:4; Salmos 104:30; 139:7-11). Há um só Espírito em Jeová e em seu Filho (João 10:30, 17:21-22; Romanos 8:9; I Coríntios 12:13; Efésios 4:4-5). No passado, o Espírito de Jeová falava por Cristo e Cristo falava nos profetas (João 14:10,20; I Pedro 1:11).
Jeová encheu Moisés do Espírito Santo para guiar o povo; depois, Deus tirou ainda do Espírito Santo que estava sobre Moisés e colocou-o em setenta anciões para ajudá-los (Números 11:16-29).
Jeová ungiu Davi e o Espírito de Jeová apoderou-se dele (I Samuel 16:12-13; II Samuel 23:1-3; Salmos 51:11).
Jeová pôs o Seu Espírito no povo Israelita para os guiar (Neemias 9:20-30), mas eles pecaram e entristeceram o Espírito de Deus, que lutou contra eles (Isaías 63:9-11; Atos 7:50-52; João 8:42).
Na Nova Aliança, o Espírito Santo aparece como sombra de Deus, que gerou Jesus Cristo no ventre de Maria. O próprio anjo de Deus disse que Jesus é o filho de Deus gerado (Salmos 2:7; Mateus 1:18-20; Lucas 1:35-36; Atos 13:33) e que crescia em sabedoria (Lucas 2:40-52).
Antes de seu ministério, Cristo foi batizado por João Batista, e ungido com o Espírito Santo, que veio em forma de pomba, como sinal de que Ele é o Filho de Deus, como Deus testemunhou (Salmos 2:6; 45:7; Isaías 11:1-4,61:1-2; Mateus 3:16-17; Lucas 3:21-22, 4:18-19; João 1:32-24). O Espírito Santo gerou, criou, ungiu e ressuscitou Cristo (Atos 2:24, 32; Romanos 8:11) e também ressuscitará os salvos com Cristo (I Coríntios 6:14; II Coríntios 4:14; Efésios 1:19-21).
Portanto, se o Espírito Santo fosse uma terceira pessoa distinta do Pai e do Filho, como os trinitários ensinam, teriam também que crer que Jesus é o Filho unigênito criado, gerado, ungido e ressuscitado pelo Espírito Santo, terceira pessoa da trindade! Se assim fosse, ficaria negado o testemunho do Pai (Jeová) de que Jesus é o Seu Filho primogênito e unigênito (João 1:14,18, 3:16; Colossenses 1:15).
Outros ainda dizem que o Espírito Santo é a terceira pessoa em razão de manifestações próprias de pessoas que ele possuiria, já que ele fala, ensina, guia, intercede e geme e se alegra.
No entanto, note bem:
* O Espírito Santo não fala de si mesmo (João 16:13). E por quem fala, então? Pela boca de Jeová, que criou o seu Filho Jesus (João 3:4) e pela boca do Filho, que criou o mundo (Gênesis 1:4; Jó 26:13; Salmos 33:4-9; Hebreus 1:1-2). É pelo Espírito que sai de sua boca que se renova o mundo (Salmos 104:30; João 20:22; Tito 3:5-6; Apocalipse 21:5). Era Deus quem estava em Cristo, ensinando através dele (João 6:45, 8:29, 14:10,26; Atos 1:1-2, 10:38).
Jesus subiu ao Pai e rogou que enviasse o Espírito Santo, que continua operando na Igreja (Marcos 16:19-20; Lucas 24:49; Atos 1:8, 2:33-36) e falando pela boca de Cristo, dos Anjos e dos homens enviados (Mateus 10:18-20; Atos 4:8-9).
Na conversão do eunuco, foi o anjo enviado por Cristo quem falou a Felipe (Atos 8:26-29) Na conversão de Paulo, foi Jesus quem apareceu a ele (Atos 9:3-50); depois, enviou Ananias que impôs as mãos sobre Paulo e este recebeu o Espírito Santo (Atos 9:11-17). Paulo disse que o Espírito de Cristo falou por ele (II Coríntios 13:3; Gálatas 4:6-7).
Foi por isso que disse Jesus: “quando vós entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, não sois vós que fala, mas o Espírito de Vosso Pai que fala em vós” (Mateus 10:19-20; Lucas 12:11-12). Portanto, o Espírito Santo nos ensina falando pela boca dos seus servos (II Samuel 23:2) e, por Cristo, dando mandamentos.
Foi o Espírito Santo quem falou nos profetas da Igreja de Antioquia e em Efésios e constituiu as autoridades? Não! Aqui foi Cristo quem falou e os guiava (Atos 13:2-3,16:6-8, 20:27-29). O Espírito Santo estava em Cristo, reconciliando com Deus o mundo (II Coríntios 5:18-19). Negar esta verdade é negar o Espírito Santo de Deus e de Cristo (Romanos 8:9-14).
* O Espírito Santo não geme por si só, mas em nós que somos sua casa (Romanos 8:22-27; Ezequiel 36:26-27; Miquéias 3:8; I Coríntios 6:19; Efésios 2:21-22). O Espírito de Jeová e de Cristo é único (João 10:30; I Coríntios 12:13; Efésios 4:4-6).
* É através do Espírito Santo que ensina e revela verdades. Na verdade, quando temos o Espírito Santo em nosso coração, o Pai e o Filho moram nele; todas as coisas são ensinadas e reveladas por Eles ATRAVÉS DO Espírito (João 6:44-45, 14:23; Atos 16:7; I Coríntios 2:10-13; Gálatas 4:6; Apocalipse 3:20-21).
Ainda dentro dessa linha de raciocínio, os trinitários, ao explicar a substância de cada uma das entidades da trindade, dizem que Deus, Jesus e os anjos são espíritos (Coríntios 15:40).
Deus, Jesus e os anjos são espíritos, mas têm corpos celeste, assim como o homem, que tem um espírito com corpo terrestre (Gênesis 1:26; João 4:23-24; I Coríntios 2:15; II Coríntios 3:17; Hebreus 1:14).
No entanto, o Espírito não tem corpo (Lucas 24:40), mas o corpo foi criado com espírito (Gênesis 2:17; Jó 12:10; Eclesiástico 12:10). O que é, então, o Espírito Santo e qual sua substância?
É chamado Eterno Poder de Deus, que nele reside e que, por Cristo, opera todas as coisas (Romanos 2:20; Efésios 1:17-20; Jó 26:13; Salmos 104:29-31; 139:7; João 14:10-12, 20:22; Atos 2:2-4).
O Espírito Santo é sim como a água que bebemos e nos sacia (Isaías 44:2-4, João 4:10-14, 7:38-39; I Coríntios 12:13); é como o fogo que nos aquece (Isaías 33:13-14); é como o vento que nos agita (Mateus 3:11; João 20:22; Atos 2:2-4); é como o dedo de Deus que opera todas as coisas por Cristo, tanto na criação como na Redenção (Gênesis 1:2; Êxodo 8:19; Jó 26:12-13; Lucas 11:20 ); é como sombra de Deus embaixo da qual descansamos (Salmos 91:1, 112:4-5, Lucas 1:35).
Acerca da última comparação, interessante é pensar que, quando estamos sob a sombra, não estamos NA ÁRVORE, pois a sombra não é á arvore, mas apenas sua projeção. De qualquer forma, é impossível, portanto, negar que a sombra não procede da árvore; da mesma maneira, é impossível negar que o Espírito Santo não é a sombra, o poder que procede de Deus ( Lucas 1:35; João 16:26).
Outra comparação ilustrativa sobre a relação de Deus e do Espírito Santo: Deus é como o sol que nos alumia (Salmos 84:11) e o Espírito Santo como a luz do dia. Negar que a luz do dia não procede do sol é também ilógico.
Por todas a análise bíblica, pelo apelo a essas comparações e pela refuta das manifestações pessoais do Espírito Santo, concluímos que ele não pode ser uma pessoa como Deus e Jesus, mas sim um poder que deles provêm, usado como instrumento para veicular o mover e o agir deles!
3. Os pecados humanos e suas consequências: a quem atingem?
No livro já citado, “Luz para Teu caminho” (3 ed., pg.23), há ainda outra afirmação comumente empregada pelos adeptos da pessoalidade do Espírito Santo, como a terceira pessoa da Trindade: que o pecado do homem fere três pessoas. Porém, analisemos se essa afirmação procede.
Note bem: Jeová criou o Filho à sua imagem (João 14:9; Colossenses 1:16; Hebreus 1:2-3) e, por seu turno, o Filho criou os anjos à sua imagem (Romanos 8:29, I Coríntios 11:7). Cristo estava com o Pai antes da fundação do mundo. Ele é a testemunha fiel do Pai e disse que o Pai operava nele todas as coisas pelo Seu Espírito (Provérbios 8:22-30, João 17:5,24; Apocalipse 3:14).
No entanto, Adão e toda a sua geração pecaram e continuam assim procedendo contra o Filho de Deus que lhes deu os mandamentos. Ele é o Anjo da Aliança que tirou o povo do Egito (Êxodo 13:21, 14:19) e é contra Ele que o povo pecou (Êxodo 13:21, 14:19, 23:2021,33; Juízes 2:1 Salmos 51:3-5; Provérbios 8:36 ; Isaías 43:27; Atos 7:30-39; I Coríntios 10:1-9). Portanto, de forma geral, todo o pecado é contra Cristo (Salmos 67:9; Isaías 53:5-6).
A Bíblia na versão brasileira, em Números 15:24-29 e em I Samuel 2:25, diz que, pecando o homem contra o homem, Cristo, por meio do sacerdote, intercederá por ele e será perdoado (Levítico 4:27-35), mas pecando contra Jeová, não havia, nem haverá sacrifício para expiação. Seria morte sem misericórdia (Números 35:31-34). Isso se confirma em diversas passagens, tais quais:
• Um israelita blasfemou o nome de Jeová e foi morto (Levítico 24:10-16; Números 15:30; I Samuel 2:25); e
• O Rei da Síria blasfemou o nome de Jeová e Ele mandou um anjo, que matou 185 mil soldados (Isaías 37:3-38).
Ora, se a divindade (Deus e Jesus) é o mesmo que três pessoas em um só Deus (Pai, Filho e Espírito Santo ou três pessoas distintas (como ensinam os unicistas e trinitários), então, por esse raciocínio, o pecado contra o Filho não teria perdão porque seria contra essas três pessoas!
No entanto, não é isso que a Bíblia nos diz. Há distinção entre os pecados cometidos contra Cristo e os cometidos contra Deus (e Seu Espírito). No primeiro caso, a Bíblia diz que o pecado contra o Filho é perdoado (e também o pecado contra o irmão, pois se refere a Cristo – Mateus 25:40-45; I Coríntios 8:11-11); mas contra Jeová (Pai), não, tanto na Velha, quanto na Nova Aliança!
Por que o pecado contra Jeová não tem perdão? A resposta consiste em dizer que Jeová e maior que Jesus Cristo e, portanto, os pecados contra o primeiro não podem sofrer intercessão por Cristo e nem por oração da Igreja (João 14:28; Filipenses 2:5-6; I João 5:16-17) .
E o pecado contra o Espírito Santo? Há três espécies de pecado contra o Espírito Santo, para os quais não há perdão para os conhecedores da verdade:
a – Desmentir o Espírito Santo de Deus: como Ananias, que desmentiu o Profeta Jeremias acerca dos 70 anos de Israel em Babilônia e foi morto (Jeremias 27:1-27, 28 1:17; Tiago 3:14);
b – Mentir contra o Espírito Santo: como Ananias e sua mulher, que também morreram (Atos 5:1-10); e
c – Blasfemar contra o Espírito Santo: Levítico 24:10-16; I Reis 21:10-13; Mateus 12:31; Marcos 3:28.
Na Nova Aliança, o pecado contra Jeová refere-se ao pecado contra o Espírito Santo (que é o poder que procede de Deus). Jeová estava em Cristo e, pelo seu Espírito Santo, curava os doentes e expulsava o espírito de Satanás (Isaías 61:1-2; João 14:10; Atos 10:34-38). Os fariseus diziam que Cristo fazia isto por “Belzebu”(Satanás), porém Jesus afirmava que sua obra era feita pelo Espírito Santo (Mateus 12:22-24,28; João 14:10-11).
O pecado na Nova Aliança continua contra as duas pessoas. Note: todo pecado e blasfêmia que os homens falam contra o Filho de Deus lhes será perdoado, mas quem blasfemar ou mentir contra o Espírito Santo será jamais perdoado (Marcos 3:28-30; Lucas 12:10).
Se o pecado contra o Espírito Santo se referisse a uma terceira pessoa, e não ao poder que procede de Deus, qual será então o pecado contra o Deus? Com base nessa indagação, pedimos, portanto, aos trinitários que nos mostrem no que consiste o pecado contra o Pai Jeová, nunca dantes visto e apenas conhecido de Jesus Cristo (Êxodo 33:20-23; Mateus 11:27; João 1:18, 6:46, 7:27-29)!
Como já dito, a blasfêmia contra o Espírito Santo consiste: em desmentir a verdade de Deus, mentir e blasfemar contra Deus (Mateus, 10:11-12; Atos 5:1-10). Portanto, sendo o Espírito Santo não uma pessoa, mas o Poder Eterno que procede de Deus, os pecados referem-se à pessoa de Deus.
Ensinar, portanto, que o Espírito Santo é a terceira pessoa é blasfemar contra Deus!! (Mateus 12:28,31-32; João 14:10-11,16:32) O Pai é glorificado pelo nome de Jesus Cristo mediante o seu Espírito (Espírito de Deus), e nós também o glorificamos pelo nome de Cristo e pelo Espírito de Deus derramado no dia de Pentecostes.
4. Diversos argumentos:
Quando Jesus expirou, o Espírito Santo que estava sobre ele foi entregue ao Pai (Salmos 31; Lucas 23:45-46). Cristo havia rogado ao Pai para nos dar do mesmo Espírito Santo que estava sobre Ele (o que aconteceu no dia de Pentecostes). Portanto, cabe o seguinte questionamento: se o Espírito Santo fosse a terceira pessoa da Trindade, então, seria correto afirmar que ele também ficaria morto até o terceiro dia e depois ressuscitaria com o Filho (Cristo) – (Romanos 8:11; I Coríntios 6:14). Será razoável esse raciocínio a que nos conduz à crença na Trindade?
Ainda acerca do derramamento de poder ocorrido em Pentecostes, conforme rogou Jesus (João 7:38-39, 13:31-32, 16:13-15; Atos 2:16-18,33), analisemos: Se o Espírito Santo fosse uma terceira pessoa, então, Cristo, naquela ocasião, e nós, atualmente, teríamos de pedir o Espírito Santo a três pessoas e não a Jeová (Pai), no nome de Jesus Cristo, para que derramasse o Espírito Santo (Joel 2:29; Lucas 11:13; João 14:13-18,26; Tito 3:5-6)!
Vamos ainda além: O Reino de Deus foi estabelecido e entregue a Cristo: onde estará o Espírito Santo?
No livro “Luz para Teu caminho” (3 ed., pg.24), encontramos a seguinte menção: “O Governo de Deus é formado pela trindade”.
No entanto, note: Só a Jeová pertence o Poder no céu e na terra. Portanto, onde estão as três pessoas distintas para governar? (Salmos 62:11-12, 66:7). O Pai entregou ao seu Filho o governo das nações (Salmos 2:7-8; 22:28; Isaías 9:6-7; 22:21-22; Mateus 11:26-27; João 3:35-36; Apocalipse 5:12-13). Os anjos, sujeitos a Cristo, também pertencem ao governo de Deus em favor dos salvos (Salmos 34:7; 148:2; Isaías 45:12; Hebreus 1:13-14; I Pedro 3:22), assim como aos homens tementes a Deus e enviados por Cristo (Deuteronômio 1:12-17; Mateus 24:45-46; Hebreus 13:7,17). Em todos esses, o Espírito Santo é que opera (I Coríntios 12:5-11,28). No dia em que Cristo assentou-se à direita de Deus, as duas pessoas da divindade foram exaltadas pelos anjos (Atos 2:32-33; Apocalipse 5:1-13, 7:9-10). Onde está, então, a exaltação à terceira pessoa da trindade?
O governo de Deus é representando pelos quatro poderes figurados por animais que glorificam o Poder de Deus sobre a terra (Ezequiel 1:3-28; Apocalipse 4:6-11, 5:14, 7:11) Depois que Cristo destruiu a morte, entregou o Reino ao Pai e continuará reinando com Ele no Seu trono (I Coríntios 15:24-26; Apocalipse 22:3-40). Se supostamente uma terceira pessoa da trindade pertencesse ao Reino de Jeová ou ao seu Governo, então, Cristo teria esquecido de entregar o Reino também a esta terceira pessoa para que reinasse? Parece nada provável essa hipótese!
Mais uma vez, o raciocínio trinitário nos conduziu a falácias absolutas!
Quando cremos nesta verdade, no Pai e no Filho, no Espírito Santo como poder que procede de Deus, reconhecemos a primazia de Jeová operando todas as coisas pela mão de Jesus Cristo, sendo glorificado nele (João 14:13-14,26,16:14, Romanos 16:27; Filipenses 2:10-11).
5. A Divindade como base da promessa de Salvação: onde apareceriam o Espírito Santo (como pessoa distinta ou uma pessoa) e a Trindade?
A salvação estabelecida por Jeová e por Cristo consiste em crermos nas duas pessoas da divindade (Mateus 23:9-10). Jesus disse: “um só é o vosso Pai e um só é o vosso Mestre”. Em João 14:1, Ele diz ainda: “crede em Deus e crede também em mim. A Vida eterna é esta que te conheçam a ti como único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a quem enviaste” (João 16:3). Jesus disse estas frases porque não conheciam o Pai, nem a Ele (João 17:3).
Os Apóstolos ensinaram a salvação nas duas pessoas da divindade (I Coríntios 8:6-7; I Timóteo 2:5). A nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo; esta é a doutrina ensinada por Cristo (I João 1:3; 2:24-25). Em todas as epístolas, os Apóstolos saúdam o Pai e a Seu Filho (Romanos 1:7; I Coríntios 1:3; Efésios 1:2).
No fim do primeiro século, falsos profetas negaram a salvação nas duas pessoas da divindade (II Pedro 2:1-2; Judas 1:4,25) e ensinaram que Deus e Jesus são a mesma pessoa (1) . Teófilo, no ano 180, pela primeira vez empregou a palavra trindade (2) . No ano 197, saíram duas apologias da pena de Tertuliano sobre a doutrina da trindade, que organizou o catecismo sobre o batismo em nome dela (trindade). Pela primeira vez, o batismo em nome da Trindade foi praticado na Igreja de Cartago, que rebatizou até os que já eram batizados no Nome de Jesus Cristo, como pregado por João Batista (Atos 19:4).
O bispo de Roma, Estevão I, não aceitou esse batismo como nova doutrina na Igreja de Cartago, mas não o eliminou; condenou esta heresia e a repetição do batismo. (3)
No ano 325, no Concílio de Niceia, a trindade foi aceita como dogma oficial do catolicismo (4) . Os que defendem a trindade citam I João 5:7-8, que diz que três dão testemunho na terra e no céu. No Brasil, as Bíblias das versões: brasileira, João José Ferreira de Castro e da versão de Jerusalém trazem um texto diferente do versículo anteriormente apresentado: “O espírito é o que dá testemunho, Ele é a verdade. três são os que testemunham (verso 8): o Espírito, água e o sangue. Os três são um testemunho”.
Note a explicação do versículo: o testemunho do Espírito é o testemunho do Pai no dia em que Cristo foi ungido e disse:“este é o meu Filho amado” (Mateus 3:16-17). A menção em I João 5:9-10 ao sangue e à água que saíram de Jesus quando os soldados o furaram também é um testemunho que Jesus é o Filho de Deus (João 19:33-35). Aqui se fala de duas pessoas!! O sangue e a água não são pessoas como os trinitários usam para enganar, dizendo que aqui está explicitada a trindade. Várias traduções da Bíblia tiveram seus textos alterados; é como joio no meio do trigo tentando confundir e tirar a primazia do nome de Cristo sobre o batismo. (5)
As doutrinas da unicidade e da trindade são doutrinas do Anticristo que, desde o fim do segundo e terceiro século, entraram para a Igreja.
Quem é o Anticristo e os falsos profetas a quem Jesus se referiu? São aqueles que negam o Pai e o Filho (I João 2:22-30).
Jeová e os apóstolos deram testemunhos que Jesus é o Filho de Deus (Mateus 3:16-17; 16:15-16; João 1:34), único criado e gerado por Jeová (Salmos 2:7; João 3:16-17; Apocalipse 3:14). Isso está em consonância com o que disse Jesus sobre Jeová: Ele é seu Pai e Seu Deus (Lucas 23:46, 14:28, 20:17) .
Note:
As correntes que ensinam a unicidade crêem que Jeová é o mesmo Jesus, negando o Filho criado e gerado Pelo Pai.
Os trinitários ensinam que o Espírito Santo é a terceira pessoa e negam assim as duas pessoas da divindade em um só Espírito (João 10:30; 17:21-22).
Em I João 2:24, é dito que o que ouvirmos desde o princípio deve permanecer em vós, e assim permaneceríamos na união com o Pai e com o Seu Filho, como Ele ensinou (I João 14:20, 17:20-22; I João 1:3). O ensino tanto do unicismo, quanto da trindade (colocando o Espírito Santo como terceira pessoa) contraria essa Palavra dita na Epístola, sendo pura apostasia. Essas doutrinas negam a Deus, único Salvador, através de Seu Filho Jesus Cristo!
A grande multidão diz em Apocalipse: “A salvação no nosso Deus que está assentado no trono e ao Cordeiro”. Portanto, vemos que a salvação pertence ao Pai (Jeová) e ao seu Filho Jesus Cristo (Judas 1:4-25; Apocalipse 7:10). Os 144 mil, também lá descritos, têm escrito em suas testas o Nome do Pai Jeová e o nome de Seu Filho Jesus Cristo. Este é o sinal dos salvos que seguiram o Cordeiro e não aceitaram o sinal do Anticristo, a trindade ou o batismo em nome dela (Apocalipse 13:12-128; 14:1-5).
A ordem de Mateus 28:19 usada pelos trinitários, afirmando que Jesus mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, coloca Jesus contra a ordem do batismo em seu nome dada pelo Pai a João Batista para perdão de pecados, que, como já vimos, não é verdadeira; foi introduzida no catolicismo no Concílio de Niceia. Muitos profetas falaram do ministério de João Batista como enviado pelo Pai (Isaías 40:1-9; Mateus 3:1; Marcos 3:2-3, 11:9-10; Lucas 1:67-80; 3:2-3; João 1:30-33). Os que ouviram foram batizados em Nome de Jesus Cristo para perdão de seus pecados (Atos 19:3-5). Este batismo é a justiça de Deus, que enviou Seu Filho Jesus para morrer pela humanidade (Lucas 7:28-30).
Jesus, depois de ressuscitado, confirmou o batismo em seu nome para todas as nações (Lucas 24:46-48). Os apóstolos batizaram só em nome de Jesus Cristo (Atos 2:37-38, 8:14-16; 10:47-48; Gálatas 3:26-27; Colossenses 2:12). Ninguém pode pôr outro fundamento além deste, pois há um só batismo (I Coríntios 3:10-12; Efésios 4:4-6).
A Bíblia não é contraditória. Mateus 28:19 é joio no meio do trigo; esta ordem é isolada na Bíblia. Ela falsificou o Evangelho, e por ser uma apostasia, mudou a verdade, trazendo a maldição de Deus na terra (Isaías 24:5-6; Mateus 13:24-30; Gálatas 1:7-10). Essa ordem não tem valor para perdão de pecados, pois batismo é símbolo de morte e ressurreição de Jesus Cristo (Romanos 6:3-13; Efésios 2:6-7; Colossenses 2:12, 3:1), não podendo ser, portanto, em nome de três pessoas, e sim em nome de Jesus Cristo.
A Bíblia nos diz que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro (Deuteronômio 17:6, 19:15; João 8:17). O batismo em nome de Jesus Cristo é o testemunho do Pai, confirmado por Cristo, o Filho.
No dia de Pentecostes, três mil almas foram batizadas no Nome de Jesus Cristo (Atos 2:37-42). Desafiamos quem batiza em nome da trindade a provar um só batismo nesse nome (Pai, Filho e Espírito Santo)!! Não há batismo algum realizado pelos apóstolos em nome da trindade.
Portanto, afirmamos: a ordem do batismo trinitário é isolada e não tem o testemunho da autoridade do Pai (Jeová). Jesus disse: “Se eu dou testemunho de mim mesmo o meu testemunho não é verdadeiro, mas o Pai que dá testemunho de mim para que o meu testemunho seja verdadeiro” (João 5:31-32, 8:14).
Os apóstolos batizaram depois 5000 pessoas no nome de Jesus Cristo para perdão de pecados (Colossenses. 4:4). Ninguém pode pôr outro fundamento além do que já foi posto por Deus (I Coríntios 3:10-12; Efésios 4:5-6). Pedimos aos trinitários a prova de algum batismo efetuado pela Igreja Apostólica na ordem de Mateus 28:19 e ainda de que o Espírito Santo é uma terceira pessoa (6) .
Portanto, o batismo em nome de Jesus Cristo tem o testemunho do Pai, de João Batista, de Cristo, dos apóstolos e dos Profetas (Lucas 24:47-48; João 1:6-7,33; Atos 2:37-43, 10:43-48).
6. Conclusão:
Concluindo este estudo, afirmamos que grande blasfêmia é a trindade, pois tirou a primazia do nome de Cristo do batismo, considerando o Espírito Santo como uma pessoa, quando, em verdade, o Espírito Santo é o Poder que procede de Deus e não uma pessoa distinta.
A trindade estabeleceu um deus trino, ora como um único Deus consubstanciado em uma só pessoa, ora em três pessoas, tirando a primazia do nome de Cristo do batismo.
Atente-se, pois, para a história. Confronte-a com a Bíblia, e você verá que nunca foi estabelecido e nem realizado o batismo em nome de três pessoas, mas somente em nome de Jesus. A passagem bíblica de Mateus 28:19 teve a sua redação original alterada e foi introduzida no catolicismo no Concílio de Niceia.
Através de um batismo errôneo imposto, o príncipe desse mundo, Satanás, fez com que a maior parte das pessoas batizassem em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo. E Apocalipse 18:1-4 descreve a grande Babilônia e nos adverte: “Saiam dela, povo meu, para que não sejais participantes de seus pecados”.
Caro leitor, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!!
Estudos desenvolvidos pelo Pastor José Leitão Duarte Filho a partir de anotações das cadernetas 1990-2003.
Notas bibliográficas:
(1) ROMAG, Dagoberto. Antiguidade Cristã Compêndio da História da Igreja. Vol 1. 2ºed. Rio de Janeiro-Petrópolis: Vozes. p.128.
(2) Ibidem, pg..116.
(3) O bispo de Roma, Estevão I, não aceitou esse batismo como nova doutrina na Igreja de Cartago, mas não o eliminou. Sisto II aceitou a comunhão com a Igreja de Cartago, e em 313 em outro sinódio confirmou a ordem do batismo em Nome do Pai Filho e Espírito Santo, contrária aos donatistas que batizavam em nome de Jesus Cristo (Lucas 24:47; Atos 2:38, 4:12, 11:42,48). No Compêndio da História da Igreja de autoria de Frei Dagoberto Romag, diz-se que a ordem do batismo escrita em Mateus 28:19 (O Batismo em nome do Pai Filho e Espírito Santo), saiu da Pena de Tertuliano no ano 197. Tertuliano era natural de Cartago, filiado a doutrina da trindade de Montano. Escreveu o primeiro catecismo sobre o batismo da trindade, e acompanhado com este batismo o sinal da cruz, e chamava-se “A fé de Irineu e Tertuliano”.ROMAG, Dagoberto. Antiguidade Cristã Compêndio da História da Igreja. Vol 1 2ºed. Rio de Janeiro- Petrópolis: Vozes. p.90/3 e 143/5. .
Após sua morte no ano de 222/225, este dogma foi introduzido no ano 255 no primeiro sinódio dirigido por Cipriano, Tertuliano foi chamado de autor do batismo da idolatria. Dicionário Prático Ilustrado. São Paulo, Lello & Irmãos-Editores, 1957, pg.1908 .
(4) Em 325, foi realizado o primeiro concílio em Nicéia, para confirmar a trindade e o batismo em seu nome, e esse concílio foi presidido por Constantino, o bispo Silvestre, Hózio e Atanásio, que negaram Cristo como princípio da criação de Deus (Provérbios 8:22-31, João 1:1-3) e sem prova desta verdade, estabeleceram o Dogma que em Deus há uma só pessoa que se manifestou como Pai, Filho e Espírito Santo em substância eterna. ROMAG, Dagoberto. Antiguidade Cristã Compêndio da História da Igreja. Essência do Catolicismo vol. 1. 2º ed. Rio de Janeiro- Petrópolis: Vozes. p.165-166, 173, 190-193.
A negação da divindade como duas pessoas distintas é doutrina do Anticristo (I João 1:2-4, 2:18-26), à partir do estabelecimento da trindade como dogma, começou a perseguição para aqueles que não aceitavam esta apostasia .KNIGHT, A. E ; ANGLIN, W. História do Cristianismo: História da Inquisição. São Paulo: Antônio José Saraiva, publicações Europa Portuguesa América 3.ed. p.192-210. S/ ano de publicação. ibidem p.162-165
(5) I João 5.7 Esta passagem nas Bíblias alteradas, é mais um joio no meio do trigo. Para provar isso, comecemos pelas Bíblias que não contêm este verso: A Bíblia versão brasileira editora Novo Mundo, a Bíblia Almeida corrigida no ano de 1952, e a Bíblia versão dos Monges Beneditinos. Este é um ponto alterado, fraudado, que entrou no Evangelho através de uma tola aposta. CHAMPLIN, Norman Russell P.h. D. O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo. Volume VI, São Paulo Sociedade Religiosa A Voz Bíblica brasileira. Indústria Gráfica Editora SA p. 293, sem data de publicação.
Se o testemunho de três no céu fosse verdade, 57 passagens do novo testamento que provam a divindade seriam mentiras. Este acréscimo na Bíblia não tem qualquer autoridade.
Segundo O Novo Testamento, interpretado versículo por versículo da Sociedade religiosa A VOZ BÍBLICA, há a afirmação de que essas Palavras são espúrias e foram acrescentadas. Essas palavras se fazem ausentes de todas as versões bíblicas antigas, como a siríaca, a copta, a armênia, a etíope, a árabe e a eslavônica. Segundo o texto, essas palavras são espúrias e acrescentadas, e de nenhum valor sagrado Não se encontram por igual modo no “latim antigo” e nem nos escritos dos países latinos. Não se encontram nos primeiros manuscritos da Vulgata (541 DC) e, posteriormente; nem no Codex Vercellensis, do século IX D.C., que é uma revisão da vulgata latina. O mais antigo uso dessas palavras, em forma reconhecível como equivalente aquilo que figura no texto desta epistola, aparece em um tratado do século IV, D.C., intitulado “Liber Apologeticus” no quarto capítulo daquela obra. O citado tratado e atribuído ao herege espanhol Prisciliano (falecido em cerca de 385 D.C), ou o seu seguidor, o bispo Instâncio. Nesse tratado, estas Palavras são um comentário sob a passagem de João, que procura orná-la, e que, provavelmente, se originou da interpretação que os três testemunhos (da água do sangue e do espírito) apontam para a trindade. No século V depois de Cristo, essa glosa explanatória passou a ser citada por diversos países latinos da Igreja, no norte da África e da Itália, como se fossem parte integrante do texto. Do século VI D.C. em diante, tais Palavras passaram a figurar regularmente nas versões latinas, mas não em todas, na realidade, tanto que ainda no século XX encontramos Bíblias que não contêm o texto. Mais um joio para confundir aqueles que acreditam num batismo trinitário, não instituído por Cristo, e nem realizado pelos Apóstolos.
(6) Vejam a seguir, o que o livro “O judaísmo e as Origens do Cristianismo”, revela, sobre Mateus 28:1 As palavras de Mateus 28:19, parecem que não foram ouvidas e nem compreendidas por todos os discípulos e apóstolos de Cristo, tendo em mente de sabermos que nenhum deles pôs em prática essa suposta e expressa ordem do Mestre. De fato, não há nenhum relato ou testemunho transcrito, nenhum outro registro de batismo nas escrituras, onde esta fórmula trinitariana de batismo tenha sido colocada em prática por algum dos apóstolos e dos discípulos do Onipotente Mestre, Filho do Deus Altíssimo, nosso Salvador e redentor da terra.
Neste livro o autor nos informa, que a citação da formula batismal trinitariana, não consta em nenhum dos escritos de Euzébio, um dos pais da Igreja primitiva Cristã, pelo menos no período anterior ao Concílio de Nicéia. o que consta nos escritos de Euzébio de Cesaréia sobre o texto de Mateus 28:19-20, antes do Concílio de Nicéia é o seguinte: “Ide e tornai todas as nações discípulas em meu nome, ensinando-as a observar tudo o que vos ordenei.”
Site: http://mensagemfinal0.tripod.com/Mateus28Tudo.htm. Acesso em dezembro/2007.
Versão para impressão: