O batismo em nome de Jesus Cristo para perdão de pecados (simplificado)
I- INTRODUÇÃO
Porque é importante estudarmos o batismo? Em qual nome devemos ser batizados? Qual é o valor do batismo trinitário?
Para responder esses questionamentos, vamos explanar o que significa batismo:
Após crermos em Deus e Jesus, para termos direito a nossa salvação, temos que nos preparar para receber o batismo, e fazê-lo no nome e forma correta, ou seja, em nome de Jesus Cristo para perdão de pecados. Ele é o segundo selo de salvação para nos conduzir a Cristo e ao seu reino.
A Bíblia ainda afirma que quem crer e for batizado será salvo (Marcos 16:16). Mas, para que possamos receber este selo divino que é o batismo, precisamos crer em Jesus Cristo como autor e consumador da nossa salvação, e, mediante a isto, aceitar a sua palavra de Deus para obedecê-la. Cristo morreu para salvar toda a humanidade, mas o homem, para ter direito a esta salvação, precisa nascer da água e do espírito.
O que é nascer da água? Nascer da água é ser batizado no Nome de Jesus Cristo para perdão de pecados. Em João 3:3, diz: “Em verdade vos digo quem não nascer de novo não pode ver o reino de Deus”. O batismo significa também a primeira ressurreição dos mortos. Nascer de novo é nascer da água, e morrer o velho homem para ressurgir um novo homem, que deve caminhar para um novo espírito.
Mas, há também que se entender o que é nascer do espírito, como disse Jesus (João 3:3-10). Resumidamente, o que significa nascer da água e do Espírito?
Para nascer da água (batismo), é necessário nascer da palavra, que é a guarda dos mandamentos, crer, reconhecer e obedecer a Deus e a Jesus em tudo aquilo que ele requer do homem. Sendo purificados pelo sangue de Jesus, através do batismo em seu nome, tornamo-nos filhos de Deus e passamos a reinar com Ele.
Nascer de novo também significa transformar a nossa vida, convergir do estado carnal para o espiritual, e o nascimento do Espírito nada mais é do que deixar o velho homem com todas as suas concupiscências (seus maus hábitos) e transformar-se em um novo ser: o homem espiritual.
II- Então, o que representa o batismo?
Representa a primeira ressurreição dos mortos e o que nos torna filhos de Deus. Todos nasceram à imagem e semelhança de Deus, mas nasceram mortos pelo pecado de Adão, o batismo é o nascimento para a vida e a caminhada para o homem espiritual.
O homem no pecado está morto para Deus (João 5: 25-26; Romanos 5: 12-17; Efésios 2: 1-5). Pela fé e através do batismo em nome de Jesus Cristo, somos sepultados e ressuscitamos com Cristo (Romanos 6: 3-11), passando da morte para a vida (João 5: 24, I Coríntios 15:21-23; Efésios 2:1-6; I João 3: 13 ), reinando com Cristo pela primeira ressurreição no novo nascimento ( João 3: 1-8; Romanos 6: 3-13; II Coríntios 5: 17-18; Colossenses 1:13-14, 2:12, 3:1-2; Hebreus 12: 28 ), tornando-nos, portanto, filhos de Deus pelo batismo ( Gálatas 3: 26-29 ). Mas devemos nos perguntar: Para esse batismo ter validade e não ser nulo, em qual nome devemos recebê-lo?
III – Em qual nome devemos ser batizados? E qual a forma?
A Bíblia nos diz que há uma só fé, um só Senhor, um só batismo (Efésios 4:5,6) e que esse batismo deve ser realizado em nome de Jesus Cristo para perdão de pecados, assim como foi realizado pela igreja apostólica (Lucas 24:46-48; Atos 2:38, 4:12). O batismo deve ser feito, ainda, por imersão.
O batismo é o sinal da circuncisão de coração que, como já dissemos, nos torna filhos de Deus (Gálatas 3:24-29; Colossenses 2:11-13, 3:1-4).
O batismo deve ser feito em nome de Jesus Cristo, pois é uma ordem dada pelo Pai, e confirmada por Jesus Cristo depois de ressuscitado. Quem a rejeita nega a justiça de Deus sem direito ao perdão de pecados (Marcos 16:15-16; Lucas 7: 27-30; João 3: 33-35, 8: 24-32 ). Ninguém pode colocar outro fundamento além do que foi colocado por Cristo (Atos 4: 11-12; II Coríntios 3: 10-13).
A maior parte das igrejas desvirtuaram o nome de Jesus Cristo do batismo, tirarando o nome de Jesus e colocando em seu lugar uma trindade abstrata ( Pai, Filho e Espírito Santo). Pai e Filho não são nomes e Espírito Santo é o poder que procede de Deus (Jeová).
Mas, você dirá que o batismo trinitário é uma ordem de Jesus escrita em Mateus 28:19! Vamos verificar abaixo que esta ordem não tem confirmação nas Escrituras e nunca foi realizado um batismo pelos apóstolos nestes nomes. Isto é uma mentira introduzida nas Escrituras. Deus revelará toda a mentira encoberta contra a verdade se examinarmos uma coisa com a outra dentro das Escrituras Sagradas (Eclesiastes 7: 27, Mateus 10:26-27; II Tessalonicenses 2: 3-12).
A ordem do batismo em Mateus 28: 19, em que se apóiam os trinitários, é joio semeado no meio do trigo e é o véu no Evangelho de Cristo, cegando o homem para não resplandecer a luz da glória de Cristo (Mateus 13: 24-30; II Coríntios 4: 1-5; Gálatas 1: 6-12 ).
A ordem de Mateus 28:19, segundo a qual “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”, está fora do contexto bíblico e não confere com os demais Evangelhos, que nos orienta diferentemente, ordenando que o batismo deve ser em nome de Jesus Cristo para o perdão de pecados.
A ordem de Mateus 28:19 tem sete pontos contraditórios, usando Cristo para desmentir o Pai, e o Pai desmentindo Cristo! Vejamos:
1. Deus ordenou o batismo a João colocando a primazia do nome de Jesus Cristo e consequentemente na salvação (Atos 4:12; Colossenses. 1:18, 3:17). Jesus confirmou o batismo em Seu nome, dado pelo Pai, depois de ressuscitado, para perdão de pecados. (Lucas 24:45-48; Atos 10:41-43; Efésios 1:20-22).
2. A ordem em Mateus 28:19 coloca Cristo desmentindo a ordem do batismo em Seu nome, dada pelo Pai, negando a Sua primazia e pondo o Seu nome em segundo lugar.
3. A ordem do batismo de arrependimento para perdão de pecados a todas as nações saiu de Jerusalém (Isaías 2:1-3; Marcos, 16:12-16; Lucas 24:45-49). A ordem do batismo em nome da trindade, de Mateus 28:19, saiu da Galileia, e está em contradição com a ordem de Jerusalém. Da Galileia, não pode ter surgido nenhuma ordem (João 7:52).
4. Mateus 28:16-19 diz que Jesus, depois de ressuscitado, mandou os onze discípulos para o monte da Galileia. Um comentário diz que ali tinha quinhentas pessoas e Jesus deu a ordem depois de ressuscitado (Atos. 10:40-43). Mas não era possível, pela distância entre as cidades, que os discípulos pudessem estar na Galileia.
5. Jesus, depois de ressuscitado, apareceu a Pedro (Lucas 24:34; I Coríntios 15:5), à Maria Madalena e às demais mulheres que foram contar aos apóstolos (Lucas 24:9-12). Depois, manifestou-se a dois discípulos que iam para aldeia chamada Emaús, e deu-se a conhecer no partir do pão (Marcos 16:12, Lucas 24:13-31). Depois desses fatos, esses dois foram contar aos onze discípulos que estavam no cenáculo em Jerusalém. Jesus apareceu no meio deles e disse: “a paz seja convosco”. Esta foi a primeira vez que Jesus apareceu aos onze discípulos, congregados em Jerusalém e confirmou a eles o batismo de arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém (Marcos 16:14-16; Lucas 24:33-48).
6. Jesus mandou os apóstolos esperarem a promessa do Espírito Santo em Jerusalém, 47 dias depois da ressurreição (v. 49; Atos 2:1-7). Jesus, após confirmar ordem do batismo dada pelo Pai, levou os discípulos a uma aldeia chamada Betânia, no Monte das Oliveiras, os abençoou e subiu para o Pai. Eles voltaram para Jerusalém, e dali saiu a ordem do Batismo em Nome de Jesus Cristo para perdão de pecados para todas as nações (Lucas. 24:44-48; Atos. 10:41-48). A ordem do batismo dada aos onze discípulos no Monte da Galileia é falsa, tendo sido sacramentada pelo catolicismo no Concilio de Niceia no ano 325. Deus fundou uma igreja registrada no céu (Hebreus. 12:22-26). Cristo é a pedra fundamental do seu alicerce (Salmos 118:22; Isaias. 28:16,17; At. 4:11-12; Efésios 5:23).
7. Ele escolheu doze discípulos guiados pelo Espírito de Deus como coluna da verdade (Mateus 10:1-15, 16:16-19; João 14:25,26; Gálatas 2:9; Efésios. 2:20-22; I Timóteo 3:15; Ap. 3:12). O batismo em nome de Jesus Cristo foi ordenado pelo Pai, confirmado por Cristo, tem o testemunho dos profetas e foi praticado pelos apóstolos (Lucas 24:44-48; Atos 10:41-46).
IV- O batismo em nome da trindade Pai – Filho – Espírito Santo tem valor?
A trindade é o mistério da iniquidade de Satanás revelado (II Tessalonicenses. 2:1-10). Ele nega a imortalidade de Jeová, colocando-o em posição inferior aos anjos (Hebreus 2:7-9). Através das mudanças dirigidas por ele dentro do próprio Evangelho, ele nega a paternidade de Jeová, criador e gerador de Cristo, seu filho primogênito e unigênito (João 1:18, 3:16-18).
Na criação do homem, Deus ordenou ao homem que não comesse do fruto proibido para que não morresse. Satanás disse que o homem seria imortal se comesse (Genesis 2:16,17, 3:1-5). No plano da salvação, nas duas pessoas da divindade, Satanás negou a imortalidade do Pai, colocando-o como Deus Filho que morreu, negando Cristo como pessoa distinta do pai (Apocalipse 2:13,24).
Jeová colocou em Cristo toda sua sabedoria e poder, entregando-lhe o seu reino, e Cristo reinará até que a morte seja destruída no fim do juízo. Depois, o filho entregará o reino ao pai e estará sujeito ao pai (Mateus 11:27; I Coríntios 1:24, 15:24-28), e ambos reinaram eternamente (Zacarias 6:12-13; Apocalipse. 22:3-5).
O batismo em Nome de Jesus Cristo veio do céu e é o único que tem a justiça de Deus (Lucas. 7:27-30, 20:3-5). Deus colocou a primazia no Nome de Jesus Cristo em prol da salvação (Atos 4:12; Colossenses. 1:18,19, 3:17; Efésios. 1:20,21; Filipenses 2:8,9; Col. 1:11-14; Hebreus 12:28) e ninguém pode colocar outro nome no batismo. Foi Cristo quem morreu, e é em seu nome que o batismo deve ser feito (I Coríntios. 3:10,11).
A ordem em Mateus 28:19 não foi dada por Cristo; é joio semeado no meio do trigo! É o véu pelo qual faz cegar a mente dos que não crêem na verdade (Mateus. 13:24-30; II Coríntios. 4:1-4). Como vimos acima, nesta ordem, há sete pontos de contradição, pondo Jesus contra o Pai, e o Pai contra Jesus, e nunca foi executada pelos apóstolos um batismo trinitário. É uma ordem introduzida pelo catolicismo, conforme veremos adiante.
V- Quem deu a ordem da trindade que esta em Mateus 28.19 ?
A questão trinitária é uma discussão que vem desde o segundo século. Envolveu muitas pessoas dentro do catolicismo e durou alguns séculos até ser introduzida oficialmente no Evangelho de Mateus (28:19).
O nome de Tertuliano está intimamente ligado à trindade, pois toda polêmica da natureza do Pai e do Filho teve início com ele. Essa doutrina da Trindade e o batismo em nome dela foram confirmados como dogma da Igreja Católica no Concilio de Niceia, em 325. Este Concílio foi presidido por Constantino, que era imperador na época, convertido ao cristianismo.
Este, por razões políticas, juntou doutrinas pagãs com doutrinas cristãs, processando um verdadeiro sincretismo, surgindo daí a trindade, que é um dos resquícios do paganismo. Na crença pagã, havia sempre a tríade de deuses que eram adorados pelo paganismo em muitos reinos e países (1).
Neste concílio, em que participaram muitos bispos do mundo, o Bispo Silvestre, Hósio e Atanásio, sem prova da Bíblia, apoiaram o batismo trinitário, que tem por pressuposto Deus, Jesus e o Espírito Santo serem uma mesma pessoa sempre eterna (unicismo) e condenaram Ario que defendia a verdade (Deus e Jesus como pessoas distintas).
Deste concílio e outros posteriores da Igreja Romana, saíram muitas mudanças que desviaram o homem do caminho da salvação. Se isto não bastasse, os cristãos fiéis que não aceitaram este batismo foram perseguidos e mortos. Foi uma guerra contra a Igreja Apostólica e não uma continuidade da igreja apostólica, como é proclamado pelo Catolicismo.
A trindade é o grande ponto da mudança da Lei de Deus (Daniel 7:23-25), para que Satanás fosse adorado como um Deus. Atenção para as duas formas pelo qual isso se deu: (i) pela mudança da fé, no conhecimento das duas pessoas da divindade (João 17:3) para crer nas três pessoas da trindade; e (ii) pela mudança no batismo em nome de Jesus Cristo para perdão de pecados para o batismo em nome da trindade (Mateus 28:19; Atos 2:38, 10:48).
Por esta última mudança, Satanás tirou a primazia do Espírito de Deus e o rebaixou para a terceira pessoa; tirou a primazia também do nome de Jesus Cristo dada pelo Pai Jeová no batismo (Atos 4:12; Coríntios 3:11; Colossenses 1:15, 3:17), rebaixando-o para o segundo lugar. E Satanás, como deus, assentou-se na cadeira de Deus com o nome “mistério oculto da trindade”, blasfemando contra as duas pessoas da divindade (II Coríntios 4:3-6; I João 2:22-24; Judas 1:4,25, Apocalipse 4:3:9) .
A trindade e seu mistério, como é conhecida no Catolicismo, é o mistério que Satanás usou tirando Deus (Jeová) do primeiro lugar (Espírito Santo de Deus), colocando Jesus, o filho, em segundo e colocando o Espírito Santo de Deus, que é o próprio Deus, em terceiro lugar. Mas quem ficou em primeiro lugar? Analise.
Tirando o nome de Jesus Cristo do batismo, há validade em outro nome? Não há. Quem morreu foi Jesus Cristo e é em seu nome que deve ser efetuado o batismo. Fora disto, não há salvação, sendo essa a espinha dorsal de toda salvação.
Com o batismo nulo, pelo nome trinitário haverá salvação? O que é nulo não produz nenhum efeito, sendo que o homem continua morto no pecado de Adão.
A quem interessa desviar o homem do caminho da salvação, tirando a primazia do nome de Jesus Cristo?
A Satanás, inimigo das almas, interessa desviar o homem do caminho da salvação, pois ele tenta tirá-las do caminho traçado por Deus para o homem. A negação da divindade como duas pessoas distintas é doutrina do Anticristo (I João 1: 2-4, 2: 18-26).
A ordem de Mateus 29.19 introduzida na Bíblia, como já foi exposto, é contraditória a tudo o que foi praticado por Jesus e os seus Apóstolos (2).
Estudos compilados para evangelização a partir do estudo original do Pastor José Leitão Duarte Filho.
Notas de rodapé
(1) No “Compêndio da História da Igreja”, de autoria de Frei Dagoberto Romag, diz que a ordem do batismo escrita em Mateus 28: 19 (O Batismo em nome do Pai Filho e Espírito Santo) saiu da Pena de Tertuliano no ano 197.
Tertuliano era natural de Cartago, filiado à doutrina da trindade de Montano. Escreveu o primeiro catecismo sobre o batismo da trindade, e, acompanhado deste batismo, o sinal da cruz, que se chamava “A fé de Irineu e Tertuliano”.
Após sua morte, no ano de 222/225, este dogma foi introduzido no ano 255 no primeiro sinódio dirigido por Cipriano. Tertuliano foi chamado de autor do batismo da idolatria.
O bispo de Roma, Estevão I, não aceitou esse batismo como nova doutrina na Igreja de Catargo, mas não o eliminou. Sisto II aceitou a comunhão com a Igreja de Catargo, e, em 313, em um outro sínodo, confirmou a ordem do batismo em Nome do Pai Filho e Espírito Santo, contrária aos donatistas que batizavam em nome de Jesus Cristo e também oficializada em 325 no Concílio de Niceia.
Os Donatistas protestaram contra o batismo em nome da trindade e Constantino tirou as suas Igrejas, e confiscou os seus bens. Ario, bispo da Igreja Apostólica, ensinou que Cristo é o filho primogênito e unigênito criado por Deus, e que a salvação consiste em crer nas duas pessoas da divindade (João 3:16-18, 14: 1, 17: 3 ). Assim, negou a trindade, ensinando que o batismo para perdão de pecados é somente aquele praticado em nome de Jesus Cristo.
Em 325, foi realizado o primeiro concílio em Niceia, para confirmar a trindade e o batismo em seu nome, e esse concílio foi presidido por Constantino, o bispo Silvestre, Hózio e Atanásio, que negaram Cristo como princípio da criação de Deus (Provérbios 8: 22-31; João 1: 1-3; Colossenses 2: 15-17 ) e, sem prova desta verdade, estabeleceram o dogma que, em Deus, há uma só pessoa que se manifestou como Pai, Filho e Espírito Santo em substância eterna . (ROMAG, Dagoberto. Antiguidade Cristã Compêndio da História da Igreja. Essência do Catolicismo, vol. 1 2º ed.. Rio de Janeiro- Petrópolis: Vozes. p. 173 – 190/3).
(2) KNIGHT, A. E; ANGLIN, W. História do Cristianismo: História da Inquisição. São Paulo: Antônio José Saraiva, publicações Europa Portuguesa América 3. ed. p.192-210. S/ ano de publicação.
Versão para impressão: