Somos um reino de sacerdotes reais
Êxodo 19:6: “e vós me sereis um reino sacerdotal e um povo kodesh (reservado), estas são as palavras que falarás aos filhos de yisrael”.
Levítico 26:3 e 12: “Se andardes nos meus estatutos, e guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes (…) E andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo”.
I Pedro 2:10: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdórcio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes (excelências) daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.
Introdução
Deus falou a Moisés que Israel seria um reino sacerdotal, um povo reservado. Em Êxodo antes de dar os mandamentos, em Levítico, em todos os momentos, Deus sempre impôs uma condição de que ficaria no meio deles, sendo o seu Deus, se guardassem a sua palavra.
Sabemos que somos israelitas pela fé, porque Deus falou a Abrão que este seria pai de muitas nações; portanto todo o que texto é extensivo a nós. Por estas palavras, Deus fez uma promessa maravilhosa para Israel, extensiva a todos nos de que seriamos uma nação santa, povo adquirido, reino sacerdotal.
Nos cinco versículos lidos, vemos a grandiosidade que tem todos aqueles que cumprem e guardam os mandamentos determinados por Deus. Destes textos algumas coisas são claras e patentes:
1) Para que sejamos povo de Deus pertencente a ele, temos de guardar os seus mandamentos:
Em Pedro 2:9-10, Pedro fala de uma transformação e de uma posição digna de honra sem comparação a nada terreno, ou seja, um mistério pouco conhecido pelas pessoas, quer sejam cristãs ou não.
Aqueles que não entendem o significado destas palavras podem achar que é uma pretensão dar interpretações aos textos bíblicos colocando a situação da forma que a Bíblia nos mostra.
2) O que ou quem éramos antes de conhecer a Deus? Não éramos nada, eramos apenas criaturas de Deus O texto I Pedro 2 nos responde: “Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus”.
Por que não éramos povo? Romanos nos responde 3:23: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Nascemos mortos pelo pecado original; portanto, estávamos mortos espiritualmente. Como poderíamos então ser desde logo povo de Deus?
Romanos 5:6-9: “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”.
Temos que saber sempre que a nossa primeira ressurreição é o batismo em nome de Jesus. Desta forma, a partir do novo nascimento com Cristo pelo batismo, passamos a ser povo, e povo de Deus, escolhido reservado.
Efésios 2:1-6: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou”.
3) Agora sendo povo de Deus, somos filho de Deus. Já paramos para pensar com grande é o privilégio de sermos povo de Deus?
a) independentemente do grau instrutivo do mundo, somos privilegiados, com espírito elevado por conhecer os segredos de Deus revelado pela sua palavra. A sabedoria humana nem sempre á a de Deus, o povo de Deus pode até ser inculto na ciência humana, mas culto na palavra de Deus, portanto o servo de Deus tem um grau de poder incalculável, poder para pela fé conseguir ter acesso a Deus e através dele conseguir todas as coisas.
Efésios 2:6-7: “Ele nos vivificou estando vos mortos em ofensas e pecados. E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus”.
Efésios 1:5: “E nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para SI mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade.”
b) Essa foi a vontade de DEUS desde o princípio: que pudéssemos nos ajuntar aos santos anjos, mas como filhos do nosso amado ABA PAI. “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: ABA, PAI.” (Romanos 8:15).
Quando ressuscitamos com Cristo, ou seja, nascemos, de modo que Deus nos faz assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus. E o que isto significa? Significa que, quando nascemos, começamos a reinar com Cristo, e através do nosso crescimento espiritual, Ele nos concede o saber das coisas que só é dado a conhecer para aqueles que o buscam e são escolhidos dele.
c) Desta forma poderíamos arguir: Deus predestina a salvação? Não há predestinação, mas Deus sabe de antemão quem são os fiéis da terra. A Bíblia no afirma, em muitos textos, que Deus é fiel. Mas a quem ele escolhe para mostrar a sua fidelidade?
Deus não falha em suas promessas, não se contradiz em suas palavras, é perfeito e absoluto em suas ações, e, ao mesmo tempo, trabalha com pessoas fiéis. Há promessas, na Bíblia, para o homem fiel.
Salmos 101.6: “Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá”.
II Crônicas 16:9: “Deus está sempre vigiando tudo o que acontece no mundo a fim de dar forças a todos os que são fiéis a ele com todo o coração.”
Provérbios 28.20: “O homem fiel abundará em bênçãos… ao servo “fiel e prudente, Deus o constituirá sobre sua casa” .
Apocalipse 2:10: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” .
d) Sendo filhos fiéis de Deus teremos o tratamento de filhos?
Sabemos que quem serve a Deus tem bênçãos sem medidas. Deus quer pessoas que o sirvam de todo coração, só assim poderemos gozar e das promessas feitas por Ele, pois ele procura os fiéis da terra.
Mas o que é ser fiel a Deus? Ser fiel a Deus envolve muitas coisas, em especial a guarda dos mandamentos, mas a fidelidade se exterioriza por atitudes positivas do cristão, no sentido de priorizar Deus. Não adianta guardar os mandamentos, sem priorizar Deus. Deus quer a sua fidelidade no sentido de que o reconheça.
Reconhecer a Deus EM pequenas coisas que às vezes nem valorizamos, mas assim somos medidos. Não é somente estar na igreja nos dias de culto, guardarmos o sábado, mas em tudo o que diz respeito a Ele, a fidelidade e exclusividade a Deus, pois ele á digno de honra e de todo o nosso louvor.
4) “Vós sois a geração eleita, o sacerdórcio real, a nação santa, o povo adquirido” (I Pe 2:9)
Esta frase é dita em mais de um texto das escrituras, e vem mais uma vez dizer que Deus nos escolheu pelos nossos corações. Deus diz: “eu te coloquei nas alturas, eu te adquiri por que você é especial, te constitui sacerdote real”.
Quanta grandiosidade há nestas palavras faladas por Deus! Ser eleito, ter sido adquirido, ser nação santa é o maior bem terreno que qualquer ser humano pode almejar, pois, através disto, você caminha para a vida eterna, pois a escolha de Deus é para sempre desde que você se mantenha fiel.
a) Um pouco antes o texto acima diz: “Vós sois pedra viventes, estais sendo edificados como casa espiritual, tendo por objetivo um sacerdócio santo para oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, por intermédio de Jesus Cristo” (I Pe 2:5).
No texto subsequente, fala em “sacerdócio real”. Mas aqui há uma indicação clara do porquê Deus nos fez sacerdócio real e santo: para que divulguemos as excelências daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.
Devemos ter claro que não fomos feito sacerdócio real para nada, só para que levemos os nossos pecados a Jesus quando confessamos. O texto tem uma maior profundidade do que só isto. Deus tem propósitos em todas as coisas, sendo a Bíblia é uma do Genesis ao Apocalipse. Por que Deus escolheria Abraão para ser pai de muitos? Disse que dali faria um reino sacerdotal, um povo santo especial?
A resposta é clara: para que pudesse ser divulgado todo o propósito de Deus para o mundo. Todas as coisas reveladas e compreendidas por aqueles que a receberam devem ser transmitidas a outros. Não seremos sacerdócio santo, nem real se apenas recebermos e guardarmos o nosso talento, pois Deus nos cobrara aquilo que nos foi dado e não repassado.
Quem já ouviu falar em multiplicadores? Muito se usa o termo “multiplicadores” nas empresas grandes, ou seja, aquilo que você apreende, você multiplica a outras pessoas, e estas outras vão repassando para que todos saibam., de modo que o conhecimento chegará a muitos.
Isto pode ser aplicado no mundo espiritual, pois o versículo é claro: fomos feito sacerdócio santo e real para multiplicarmos aos outros o que recebemos e ouvimos, e que só compreendemos porque Deus abriu o nosso entendimento.
b) Nosso talento recebido de Deus não pode ser enterrado: na parábola dos talentos, Jesus disse que foi dado a três servos talentos: a um cinco, a outro dois e a outro um.
Mateus 25:24-30: “O primeiro servo que recebeu cinco e o primeiro que recebeu dois, multiplicaram os talentos, o terceiro não, enterrou o seu talento, o senhor depois de algum tempo voltou e disse aos servos que multiplicaram os talentos: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Servo mau e negligente; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes”.
Nesta parábola, fica claro também a nossa responsabilidade, pois quando Deus nos escolheu, considerou servo santo, povo eleito, sacerdote real, Ele colocou sobre nós uma dose de responsabilidade. Como fiéis escudeiros de Deus, devemos multiplicar o que Deus nos deu, pois, caso contrário, o que temos nos será tirado.
II Coríntios 5:20: “Somos, portanto, embaixadores substituindo a Cristo, como se Deus instasse por nosso intermédio” .
Um embaixador não fica inerte; ele representa. Como embaixadores de Cristo, devemos levar a outros aquilo que recebemos, não enterrando o talento! Aquilo que recebemos foi muito grande. Fomos diferenciados por Deus, que nos concedeu tantas coisas importantes, de sorte que não podemos ser egoístas guardando isto para nós. Este mistério do nome de Jesus sobre todas as coisas é sério e temos que proclamar ao mundo aos quatro ventos a estratégia satânica para desviar o homem da rota traçada por Deus.
I Pedro 2:10: “que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia”.
Fomos agraciados com a misericórdia de Deus que muito nos amou entregando o seu filho. Portanto, vamos fazer valer o nosso título de sacerdote santo e real, povo escolhido, nação santa, raça eleita, pois a sua misericórdia está sobre nós guiando-nos, protegendo-nos de todas as coisas ruins desta vida – com os seus anjos, e preparando-nos para aquele grande dia em que o seu filho descerá e instalará o juízo, ao qual deveremos comparecer.
CONCLUSÃO
Somos devedores para com Deus que nos enviará o seu espírito para que possamos dividir e multiplicar aquilo que dele recebemos, para que Ele e seu Filho possam chegar naquele dia e nos dizerem: “servo fiel e justo, aumentaste o talento recebido; por isso, confiar-te-ei muitos talentos”.
Que possamos naquele dia ouvir de Cristo: “vindo, bendito de meu pai, receber o reino que lhes foi preparado pelo meu pai, desde a fundação do mundo, e que nos antes disso possamos dizer, como Paulo: combati o bom combate acabei a carreira e guardei a fé, agora só me resta a coroa de justiça que o senhor me dará naquele dia”.
Portanto, vamos ser multiplicadores das boas novas da salvação! O mundo está carente da verdade, está ávido do conhecimento da verdade.