Vivendo pelo Espírito
Hebreus 11:37- 38: “Eles foram condenados à morte por apedrejamento; foram provados, foram serrados em pedaços; eles foram mortos pela espada. Andavam vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados, o mundo não era digno deles, vagueavam pelos desertos, pelas montanhas e cavernas, e pelas covas da Terra”
Irmãos, observando o cristianismo do primeiro século e comparando-o ao nosso, percebe-se que vivemos um cristianismo insosso, mundano, imiscuído de malícia, chocarrices, promiscuidade. Não temos a seriedade e a maturidade cristã de nossos irmãos da Igreja Primitiva, que estavam dispostos a darem sua vida por amor do Evangelho.
Jesus Cristo não escolheu ser igual a multidão, não se conformou com o século em que vivia, foi separado como o melhor cordeiro que existia. Ele é o nosso antídoto, a nossa vacina. Ele que era santo, era Rei do universo, e optou por se despir dos trajes seguros e de sua vestimenta da eternidade, para morrer por homens pecadores com nós, e o preço foi o madeiro. Esse mesmo homem foi mais além e nos diz: “Sede meus imitadores, como eu sou do Pai”.
Nosso irmão, Yeshua, fez de sua coroa de espinhos, sua coroa de vitória, ele transformava a situações negativas em benefício de Seu Pai, em glorificação. Também podemos fazer isso em cada situação que nos aconteça. Se somos ofendidos, podemos escolher ofender de volta, ou glorificar nosso Pai através daquela situação, podemos reclamar pelo que não temos ou agradecer pelo que temos. Há sempre duas escolhas, há sempre dois caminhos! Mas cada escolha implica uma renúncia. Entretanto, na maioria das vezes optamos pelo mais fácil, pelo que mais vai de encontro a nossa carne, pelo que mais satisfaz nosso ego.
Quantos imitadores realmente vemos de Jesus em nossos dias? Quantos cada um de nós conhecemos?
Hebreus 12:3-4: “Considerem atentamente aquele que suportou tantas palavras hostis da parte de pecadores, que agiam contra os seus próprios interesses, para que vocês não se cansem nem desistam. Na luta contra esse pecado vocês ainda não resistiram a ponto de ter seu sangue derramado”.
Em 2015, circulou um vídeo de um episódio no Egito, no qual 21 cristãos foram mortos por um grupo extremista, que dizia: “Este é um momento muito triste no Egito, onde estamos em sete dias de luto oficial pelos 21 jovens cristãos que foram brutalmente abatidos pelo ISIS na Líbia, no domingo. O macabro vídeo produzido profissionalmente desta execução chocou o país e uniu cristãos e muçulmanos como nunca antes”. Assim que o vídeo foi transmitido num domingo à noite, o Presidente fez um discurso declarando sete dias de luto para a nação. Pouco depois a Força Aérea Egípcia bombardeou alvos ISIS (“Estado Islâmico do Iraque e da Síria”) na Líbia.
Num depoimento, uma pessoa se manifestou da seguinte forma: “Assim que cheguei no escritório da Sociedade Bíblica de manhã, me sentindo triste e deprimido, encontrei uma jovem colega de trabalho que me disse que estava ‘muito animada’. Eu não podia imaginar o que na terra poderia encorajá-la!”
“Sinto-me encorajada”, ela disse, “porque agora eu sei que o que nos foi ensinado em livros de história sobre os Cristãos Egípcios sendo martirizados por sua fé não é apenas história, mas que os cristãos de hoje são corajosos o suficiente para enfrentar a morte, em vez de negar seu Senhor! Quando eu vi esses jovens orando, quando eles estavam sendo preparados para a execução e, em seguida, muitos deles gritando: “Ó Senhor Jesus”, com suas gargantas sendo cortadas, eu percebi que a mensagem do Evangelho ainda pode nos ajudar a segurar as promessas de Deus mesmo quando enfrentamos a morte!”
Este mesmo sentimento está sendo percebido por pessoas que assistem este ou outros vídeos de cristãos sendo massacrados!
Os homens executados eram simples trabalhadores, capturados e executados por serem – como afirmava a legenda do vídeo – “Pessoas da Cruz”, ou seja, porque criam em Jesus.
O objetivo do vídeo era fomentar a luta sectária no Egito entre Cristãos e Muçulmanos. Esses extremistas islâmicos tinham como objetivo provocar os 10 milhões de Cristãos no Egito para que se levantassem contra seus vizinhos Muçulmanos e fosse exterminados.
Mas a resposta de amor e carinho de muçulmanos em todo o país suavizou o golpe que muitos cristãos sentem. Os cristãos do Egito responderam ao ato com comedimento e tristemente clamando por Deus.
Fraqueza moral
Há uma grande gama de pecados, mas um deles que pode levar a muitos outros é a “fraqueza moral“…
Peguemos como exemplo Pôncio Pilatos, o governador romano responsável pela morte de Jesus Cristo no madeiro (Mateus 27:11-26; Lucas 23:1-25; João 18:28-19:16). Ele era o último homem de quem suspeitaríamos ser fraco. Era um soldado de alta patente, oficial no comando do exército romano na Judeia e também o responsável pela lei e pela ordem no país.
Exteriormente, Pilatos era como uma grande viga de madeira, que ostentava uma superfície sólida e forte, mas que internamente era devorada por cupins e, em razão disso, entra em colapso quando sofre algum tipo de pressão.
Quando ele falou com Jesus em particular e tomou ciência da realidade de Deus e do enorme pecado que cometeria se crucificasse o inocente Filho de Deus, ele decidiu que deveria fazer o que ele sabia ser certo: libertar Jesus (João 19:8-12). Mas, quando saiu, e ouviu a multidão gritando ameaçadoramente, os líderes o chantagearam, ameaçando difamá-lo ao imperador romano, então, Pilatos entrou em colapso. Embora soubesse que o que ele estava prestes a fazer era uma traição criminal, uma distorção da justiça, o medo destruiu sua resistência e, devido ao medo, ele condenou Jesus à morte no madeiro.
Trazendo esse episódio para nossa vida, isso nos leva a alguns questionamentos: já contamos alguma mentira por medo das prováveis consequências caso disséssemos a verdade? Já fizemos algo que sabíamos ser errado apenas porque o grupo do qual fazíamos parte insistiu para que fizéssemos e nós não tivemos a coragem necessária para enfrentá-lo? Já tomamos a atitude errada fomentada por pessoas que estava ao nosso redor? Ou mesmo instigadas por pessoas que pensávamos ser amigas? Já não dissemos a nossos pais que não fizemos algo, quando na verdade fizemos por medo da punição? Já não escondemos erros de nossos pais principalmente na adolescência?
Por que nos acovardamos tanto frente às adversidades quando pressionados? Por que tememos tanto a opinião alheia? Se estamos sendo guiados pelo Espírito, por que tememos a morte? As críticas? Homens maus?
Jesus disse: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes Aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mateus 10:28).
Paulo, embora sabendo o que lhe aconteceria quando chegasse a Jerusalém, disse: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus”. (Atos 20:24)
E quando os irmãos começaram a chorar ao ouvi-lo e ao ver e ouvir o profeta que amarrou suas mãos e pés com o cinto de Paulo, o mesmo lhes disse: “Por que vocês estão chorando e partindo o meu coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus”. Atos 21:13
Será que algum de nós, que estamos aqui nesse dia do Senhor, estaríamos preparados para ir de encontro a própria morte por amor do nome dAquele a quem servimos?
A Bíblia nos diz: Hebreus 11:36-38 que nossos irmãos: – experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados. (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
Quem de nós tem sofrido escárnios ou tem sido açoitado por seguir a Jesus? Somos livres para amar a Deus e a seu filho, diferente de muitas nações que querem falar, mas não podem, porque morrem: Miamar, algumas partes da China, Russia, etc.
Estatísticas de pessoas que ainda não ouviram o Evangelho
Mais de três bilhões de pessoas no mundo estão distantes da oportunidade de aprender sobre o Evangelho onde moram. “Dos sete bilhões de pessoas do planeta Terra, cerca de 3,2 bilhões de pessoas, o que representa cerca de 40% da população, não têm oportunidade de ouvir o Evangelho onde moram, em sua localização”, disse o diretor da organização, Wayne Pederson, à CBN News.
Na Ásia, 60% da população ainda desconhece Cristo. Muitos países precisam de missionários para pregar o Evangelho. Um deles é o Marrocos. O país possui apenas 12 mil cristãos.
Às vezes, justamente por toda liberdade que temos, não nos esforçamos para fazer com que o Evangelho seja conhecido por nossos familiares, amigos, colegas de trabalhos e muito menos desconhecidos.
Muitos de nós sabemos usar as técnicas da tecnologia, mas não fazemos uso dela para propagar a Mensagem do nosso Deus e de Seu filho. Quantas pessoas entre nós ou que conhecemos foram apedrejadas, serrados ao meio, mortas ao fio da espada, ou se vestiram de pele de ovelhas e de cabras, vivendo escondidas nos desertos, montes e cavernas por amor ao Evangelho? Temos tudo, nada nos falta e vivemos reclamando.
Deus nos proveu com tudo, material e espiritual; muito mais do que precisamos e, talvez pela fartura de tudo, nos acomodamos, gordos e fartos!
O pecado de Sodoma não foi apenas a sodomia. Ezequiel 16:49-50 nos diz: “Este foi o erro de Sodoma, sua irmã: ela e as filhas dela eram orgulhosas, tinham fartura de alimento e viviam despreocupadas, mas não ajudaram os oprimidos e os pobres. Elas continuaram arrogantes e praticaram coisas detestáveis diante de mim, de modo que achei necessário eliminá-las”.
Hoje temos liberdade de ir e vir, de dizer o que bem entendemos, cremos no que queremos. Vivemos no país da liberdade e muitas vezes não fazemos um uso cristão e consciente dela. Precisamos aprender a viver pelo espírito e isso só é possível, mortificando as obras da carne.