Partilhando do sofrimento de Cristo
Nas cartas de I Pedro, Pedro escreveu para os cristãos judeus que estavam experimentando a perseguição por causa da fé; porém Cristo já havia alertado seus seguidores (Mateus 5.10-12; Lucas 11.49; Jo 15.20).
Paulo também recomenda sobre as atitudes que devemos ter quando formos perseguidos (Rm 12.12-14,17-21; 2 Co 4.8-9; 2 Tm 3.1112). Ele escreveu para confortá-los com a esperança de vida eterna ( Jo3.36, 4.13-14, 14.1-3, 17.3; I João 1.3-4) e para desafiá-los a continuar a viver vidas santas (Lc 1.75, Jo 17.17; 1 Co 1.2; Ef 1.4; 1 Pe 1.15-16; Ap 5.8).
Aqueles que sofrem por serem cristãos tornam-se participantes do sofrimento de Cristo. Quando sofremos devemos nos lembrar que Cristo é tanto nossa esperança em meio ao sofrimento, quanto nosso exemplo de como suportar o sofrimento fielmente.
Pedro foi um dos doze discípulos escolhidos por Jesus para compor o colégio apostólico (Mc 1.16-18; Jô 1.42) e com Tiago e João, fez parte do grupo íntimo que Jesus estabeleceu para um treinamento especial e comunhão.
Embora durante o julgamento de Jesus, Pedro tenha negado que o conhecia, ele arrependeu-se e tornou-se um grande apóstolo. Devemos todos os dias nos arrepender dos nossos pecados e pedir perdão, crendo na infinita misericórdia de Deus e não praticarmos mais o mesmo pecado.
Em I Pedro 1.3-6, há palavras de encorajamento à todos os que estão sendo perseguidos e sendo provados. A perseguição torna os cristãos mais fortes porque refina a fé. O fato de vivermos eternamente com Cristo deve nos dar confiança, paciência e esperança para que possamos permanecer firmes até mesmo quando formos perseguidos.
Não importa qual o tipo de dor ou provação que venhamos a enfrentar na vida, sabemos que estas não serão nossa experiência final: um dia, viveremos com Cristo para sempre e se já experimentamos a alegria no relacionamento com Cristo agora, imaginemos a nossa alegria quando Ele voltar, quando o virmos face a face.
Nas cartas de I Pedro, ele menciona várias vezes o sofrimento (1.6,7; 3.13-17; 4.12-19; 5.9). Quando ele fala das provações, não se refere aos desastres naturais ou a experimentar castigos de Deus, mas é a resposta de um mundo incrédulo às pessoas de fé.
Todos os crentes enfrentam tais provações quando deixam sua luz brilhar na escuridão. Devemos aceitar as provações como parte do processo de depuração que elimina as impurezas e nos prepara para encontrarmos com Cristo. Estas provações nos ensinam a paciência (Rm 5.3-4; Tg 1.2-3) e ajudam a nos tornarmos o tipo de pessoa que Deus deseja que sejamos.
Quando o ouro é derretido, as impurezas flutuam na superfície e podem ser separadas. O aço é “temperado” ou fortalecido quando aquecido no fogo. A menos que seja muito aquecido, é impossível moldar o ferro. Assim Deus julga por bem lançar alguns homens na fornalha da aflição e, então, bate-os na sua bigorna para dar-lhes a forma que Ele deseja. Igualmente, as nossas provações, lutas e perseguições refinam e fortalecem a nossa fé, tornando-nos úteis a Deus. Não se esqueça destas palavras quando estiver em algumas situações difíceis.
Devemos buscar com todas as nossas forças e quando nos sentirmos fracos pedir à Deus que nos fortaleça para que possamos estar alertas, disciplinados e determinados a viver para Deus. Só Ele tem misericórdia e justiça (Sl 36.5-7, Lc 1.58,72-75), se importa pessoalmente com cada um de seus seguidores.
Santidade significa estar totalmente dedicado a Deus, separado para seu uso especial e afastado do pecado e de sua influência. Não podemos nos tornar santos por nós mesmos, mas Deus nos dá o seu Espírito Santo para nos ajudar a obedecê-lo (Pv 3) e para nos dar poder para vencer o pecado (I Pedro 1.13-16).
Devemos temer a Deus de maneira saudável (Pv 2,Lc12.4-7), pois Ele é o Juiz de toda a terra, sendo filhos agradecidos, que amam e mostram seu respeito ao Pai celestial. Não podemos escapar do pecado através de nossos próprios recursos, somente a vida do Filho de Deus pode nos libertar. Este plano foi elaborado pelo Deus Eterno, o Todo Poderoso, que já conhecia todas as coisas antes de criar o mundo.
O amor e o perdão de Deus nos libertam para que não olhemos para nós mesmos, e sim para as necessidades dos outros. Ao sacrificar sua vida, Cristo mostrou que verdadeiramente nos ama. Tudo desaparecerá; somente a vontade, Palavra e a obra de Deus são permanentes.
Devemos, portanto, enfocar o nosso tempo naquilo que é permanente: a Palavra de Deus e a nossa vida eterna em Cristo (I Pedro 1.17-25).
Autoria de Valdimar Mazzero.