Amós 3: 1: “Ouvi a palavra que o Senhor fala contra vós, filhos de Israel, contra toda geração que fiz subir da terra do Egito dizendo: De todas as famílias da terra a vos somente conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei”.

O que o Deus esta advertindo através do Profeta Amós?
Deus está advertindo aos israelitas de que todas as suas transgressões seriam visitadas, porque foram o povo escolhido dentre todos os povos da terra. A eles foram dados os oráculos de Deus, e deste povo nasceu Jesus, o libertador do mundo. O peso das transgressões é maior do que a de todos que nada receberam.

Trazendo isto para o tempo presente:

Deus escolhe aqueles que o servem mediante o coração quer sejam judeus ou gentios, que se fizeram judeus pela fé. Mediante esta escolha e aceitação, ele nos faz compreender os seus desígnios e os seus decretos.
Na parábola do semeador em Mateus 13.11, Jesus disse aos seus discípulos: “Quem tem ouvidos para ouvir ouça. E acercando-se deles os discípulos disseram-lhe: porque lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer o os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; porque aquele que tem se dará em abundância; mas aquele que não tem até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas, porque eles vendo, não vêem, e ouvindo, não ouvem, nem compreendem.”

Só compreende verdadeiramente a palavra de Deus aquele que Deus abre o entendimento, mediante uma busca pela verdade, a partir daí o conhecimento da sua palavra e dado pelo Espírito Santo de Deus.
Mas esta dádiva também implica em responsabilidade perante Deus, pois Deus cobrará aquilo que o fez conhecer, caso venha a se desviar.

Deus é misericórdia, é amor, mas é justo e faz juízo. Deus repete a sua aliança ao povo Israelita e ordena a guarda dos mandamentos, Vejamos:

Deuteronômio 7.6 e 11: “Pois tu és um povo santo ao Senhor teu Deus. O senhor teu Deus te escolheu para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Portanto, guarda os mandamentos, os estatutos e os juízos que hoje te mando cumprir. Se ouvires esses juízos, e os puseres em prática, o Senhor teu Deus manterá a aliança e a misericórdia que jurou a teus pais”.

Jesus, em muitas das suas parábolas, afirma que aquele a quem muito se deu ou a quem se deu, muito será cobrado, e quem tem e não conserva o que tem, sofrerá maior punição.

Vejamos nas Escrituras a confirmação dessas afirmações:

Na parábola do servo vigilante Jesus deixa claro esta afirmação. 

Vejamos: Lucas 12: 35: “Estejam cingidos os vossos lombos, e acessas as vossas candeias. Sede vos semelhante aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que quando vier e bater, logo possa abrir-lhe. Bem- aventurados aqueles servos, os quais quando o senhor vier achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingira, e os fará assentar a mesa, e, chegando-se, os servirá. E, se vier na segunda vigília, e os achar assim, bem aventurados são os tais servos. Bem- aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá. Mas se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer e a beber, e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo no dia em que numa hora em que não sabe, e separá-lo-a, e lhe dará a sua parte com os infiéis, E o servo que soube da vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos acoites. Mas o que não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se confiou, muito mais se lhe pedirá”.

Quem são os servos a quem o senhor confiou traduzindo a parábola? Os servos são aqueles que receberam a palavra de Deus. Por isso lhe diz que aquele servo que soube da vontade do seu senhor e não se aprontou e não fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. A quem muito se deu e confiou muito se pedirá.

Vejamos:
O julgamento é, pois, a aplicação da Lei. A Lei será aplicada aquele que é conhecedor dela, pois aquele que não conhece a Lei, a aplicação dela será abrandada e a misericórdia de Deus será aplicada. Mas aquele que recebeu, conheceu, teve ciência não é mais inocente.

Jesus disse sobre isto – João 9:39 : “eu vim a este mundo para o Juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos.”

Alguns fariseus que estavam com ele, ouvindo isto, perguntaram: “Acaso também nos somos cegos? Disse Jesus: Se fosseis cegos não teríeis pecado; mas, como agora dizeis: Nos vemos, permanece o nosso pecado”. Aqui fica explícito que o pecado é manifestado quando há a desobediência da lei de Deus pelo conhecimento dela. Deus não leva em conta os tempos da ignorância.

Algumas considerações devem ser feitas, do exposto:

1. Quando Deus nos chamou como pretendentes a escolhidos, ele nos mostrou um caminho mediante a sua Palavra. Nós todos que aqui estamos, fomos chamados pelo decreto divino, e este chamado é conforme a sua Palavra que somos conhecedores.

2. Conhecedores desta Palavra, devemos ter a firmeza das nossas condições. Aquilo que cremos e recebemos de Deus deve ser muito precioso na nossa presença, pois formos agraciados por Cristo ter morrido por nós, e também pelo seu chamado .

3. Mas este chamado, esta dádiva de conhecimento daquilo que Deus requer, tem que ser levado muito sério, pois Deus não tem por inocente o conhecedor da sua Lei.

Paulo falando a Timóteo diz: “Esta instrução te dou meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, por ela combatas o bom combate, conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, havendo rejeitado, vieram a naufragar na fé” (I Timóteo 1-18:19)

O que o apóstolo exorta aqui é que guarde aquilo que recebeu, confie naquilo que apreendeu do Senhor Jesus, pois assim fazendo estará caminhando para a vida eterna.

Mas você pode perguntar: como vou saber se aquilo que creio e professo é verdadeiro?
Como já falamos, muitas vezes aqui, você tem que saber o fundamento daquilo que recebeu, que seja um fundamento bíblico não somente de interpretação, mas de revelação. Todos têm a Bbíblia na mão, mas não obedecem fazendo muitas interpretações humanas, ao ponto de tirar pontos importantes dos dez mandamentos.

II Tessalonicenses 2: 13-17: “Reafirma: Irmãos permaneçam firmes, conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra seja por epístola”.

O que é conservar as tradições?
Conservar as tradições e guardar aquilo que recebemos que nos foi confiado por homens enviados por Deus.
Por isso, temos que defender a doutrina com toda a nossa convicção, não nos corrompendo com aquilo que é profano e que vem daqueles que se desviaram, ou daqueles que vem com outras práticas, inovando aquilo que não pode ser inovado.

Todas estas coisas já aconteceram no passado e acontece no presente, mas devemos em primeiro lugar, ter a certeza no que cremos, porque ninguém milita no incerto.

Em segundo lugar, saber que em uma casa há vasos para honra e para desonra, e que se formos vasos de desonra, estamos jogando fora aquilo que recebemos de Deus

II Timóteo 2:14-21: “Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade. Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra”.

Então temos que ter o discernimento de quando ouvimos doutrinas confrontantes com aquilo que aprendemos. A Bíblia diz: “Que aqueles que uma vez iluminados voltam ao estágio anterior melhor fora nunca ter conhecido” (Hebreus 6:4-6)

Que aqueles que uma vez iluminados voltam ao estágio anterior, melhor fora nunca ter conhecido. Pelo versículo de hebreus, vemos que aquele que recebeu e não permaneceu, o seu estado é pior do que aquele que nada recebeu. Voltando à parábola, vemos que aquele que não conhece e pratica coisas que desagradam a Deus, os açoites serão menores.

Não podemos deixar que nenhuma raiz de amargura brote em nosso coração, pois a raiz de amargura é a dúvida sobre o que você recebeu. A queda vem não somente da desobediência, mas também da descrença daquilo que você recebeu. A queda daquele que serve a Deus e abandona é muito séria, muitas vezes é uma queda sem levante.

Portanto, vamos manter a nossa vida ligada naquilo que cremos e recebemos. Vamos professar e falar as mesmas coisas, não deixemos laços externos nos conduzirem para lugares áridos e sem luz. Porque a luz é vida, é vida em Jesus, não física, mas espiritual, e que é aquilo que todos nos buscamos.

Portanto, mantemos firmes as nossas tradições recebidas e vindas da palavra de Deus através dos seus enviados, para que nunca possamos ser vasos de desonra, mas sim de honra, pois somente os vasos de honra receberão o galardão prometido por Jesus.

Compareceremos no juízo com as nossas obras: se você recebeu guardou e não produziu frutos não poderá permanecer. Neste momento, será levado em conta o que você recebeu aqui, o fruto que produziu aqui.
Para encerrar, vamos ler as palavras de Jesus sobre os frutos:

João 15:16: “Não fostes vos que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi, e vos designei para que vades e dei frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo o que em meu nome pedires ao Pai ele vos conceda.”

Vamos manter o que recebemos de Deus:

1. Valorizando a escolha de Deus por nós, pois a salvação não é de quem quer, nem de quem corre, mas de quem Deus usa de misericórdia, e esta misericórdia que Deus usa é mediante o nosso  procedimento.

2. Procedimento é a obediência à sua palavra, com enfoque de manter Deus como prioridade em nossa vida.
Assim, terei a certeza de aquilo que recebi está sendo bem administrado por mim por você. É isso que Deus quer de todos.