João 3:16
Na cidade de São Paulo, numa noite fria e escura de inverno, próximo a uma esquina por onde passavam várias pessoas, uma garotinha vendia balas a fim de conseguir alguns trocados. Mas o frio estava intenso e as pessoas já não paravam mais quando ela as chamava.
Sem conseguir vender mais nenhuma bala, ela sentou na escada em frente a uma loja e ficou observando o movimento das pessoas. Sem que ela percebesse, um policial se aproximou.
“Está perdida, filha?”
A garota meneou a cabeça. “Só estou pensando onde vou passar a noite hoje… normalmente durmo em minha caixa de papelão, perto do correio, mas hoje o frio está terrível… O senhor sabe me dizer se há algum lugar onde eu possa passar esta noite?”
O policial mirou-o por uns instantes e coçou a cabeça, Pensativo. “Se você descer por esta rua”, disse ele apontando o polegar na direção de uma rua, à esquerda, “lá embaixo vai encontrar um casarão branco; Chegando lá, bata na porta e quando atenderem apenas diga ‘João 3:16′”.
Assim fez a garota. Desceu a rua estreita e quando chegou em frente ao casarão branco, subiu os degraus da escada e bateu na porta. Quem atendeu foi uma mulher idosa, de feição bondosa.
“João 3:16”, disse ela sem entender direito.
“Entre, minha filha”. A voz era meiga e agradável.
Assim que ele entrou, foi conduzido por ela até a cozinha onde havia uma cadeira de balanço antiga, bem ao lado de um velho fogão de lenha aceso.
– “Sente-se, filha, e espere um instante, tá?”
A garota se sentou e, enquanto observava a bondosa mulher se afastar, pensou consigo mesmo: “João 3:16… Eu não entendo o que isso significa, mas sei que aquece a uma garota com frio”.
Pouco tempo depois a mulher voltou.
– “Você está com fome?”, Perguntou ela.
– “Estou um pouquinho, sim… há dois dias não como nada e meu estômago já começa a roncar…”
A mulher então a levou até a sala de jantar, onde havia uma mesa repleta de comida. Rapidamente a garota sentou-se à mesa e começou a comer; comeu de tudo, até não aguentar mais. Então ele pensou consigo mesmo: “João 3:16… Eu não entendo o que isso significa, mas sei que mata a fome de uma garota faminto”.
Depois a bondosa senhora o levou ao andar superior, onde se encontrava um quartinho com uma banheira cheia de água quente. A garota só esperou que a mulher se afastasse e então rapidamente se despiu e tomou um belo banho, como há muito tempo não fazia.
Enquanto esfregava a bucha pelo corpo pensou consigo mesmo: “João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que torna limpo uma garota que há muito tempo estava suja”.
Cerca de meia hora depois a bondosa mulher voltou e levou o garota até um quarto onde havia uma cama de madeira, antiga, mas grande e confortável. Ela o abraçou, deu-lhe um beijo na testa e, após deitá-lo na cama, desligou a luz e saiu. Ele se virou para o canto e ficou imóvel, observando a garoa que caía do outro lado do vidro da janela. E ali, confortável como nunca, ele pensou consigo mesmo: “João 3:16… Eu não entendo o que isso significa, mas sei que dá repouso a uma garota cansada”.
No outro dia, de manhã, a bondosa senhora preparou uma bela e farta mesa e o convidou para o café da manhã. Quando a garota terminou de comer, ela a levou até a cadeira de balanço, próximo ao fogão de lenha. Depois seguiu até uma prateleira e apanhou um livro grande, de capa escura. Era uma Bíblia. Ela voltou, sentou-se numa outra cadeira, próximo à garota e olhou dentro dos olhos dela, de maneira doce e amigável.
– “Você entende João 3:16, filha?”
– “Não, senhora… Eu não entendo… A primeira vez que ouvi isso foi ontem à noite… Um policial que falou…”.
Ela concordou com a cabeça, abriu a Bíblia em “João 3:16” e começou a explicar sobre Jesus. E ali, aquecido junto ao velho fogão de lenha, o garota entregou o coração e a vida a Jesus. E enquanto lágrimas de
felicidade deixavam seus olhos e rolavam face a baixo, ela pensou consigo mesmo:
“João 3:16… ainda não entendo muito bem o que isso significa, mas agora sei que isso faz uma garota perdida se sentir realmente segura”.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu único Filho para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
Deus não mandou Jesus para condenar o mundo, mas sim para salvá-lo. Aquele que crer em Jesus não será condenado, mas terá a vida eterna!
Autoria desconhecida.