Bolinha de papel
Quando mais jovem, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva e na menor provocação, explodia magoando meus amigos. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva, e me entregou uma folha de papel lisa, dizendo: “Amasse-a!”
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
“Agora,” – voltou a dizer-me, “deixe-a como estava antes”.
É óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentei, o papel ficou cheio de dobras.
Então, disse-me o professor:
O coração das pessoas é como esse papel… a impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar, lembro deste papel amassado.
A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas muitas vezes é tarde demais.
Alguém disse, certa vez:
“Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio” (Manuella Coelho).
Autoria desconhecida.