Durante a minha infância, meu desenho animado preferido era “He-Man”.

Ficava maravilhado com as força que o meu herói possuía. Assistia praticamente todos os dias ele defendendo o planeta Etérnia do vilão Esqueleto e vencendo todas as dificuldades e os perigos que vinham contra o seu reino.

Bastava o princípe Adam dar o seu famoso brado “Pelos poderes de Grayscool. Eu tenho a força!”, para milagrosamente ele se transformar em He-Man e com sua poderosa espada derrotar todos os seus inimigos.

Você deve estar se perguntando: O que tem a ver um personagem de desenho animado com um artigo bíblico?

Bem, resolvi falar do He-Man, pois estava pensando em escrever sobre algumas coisas que têm acontecido em nossas Igrejas e achei que a comparação com o super-herói seria perfeito.

Se nos atentarmos para a maioria das mensagens que têm saído dos púlpitos das Igrejas Evangélicas, temos a impressão que querem nos transformar em novos “He-Men”.

Hoje é muito comun ouvirmos que “você pode determinar o que você deseja e Deus te dará”, “exija que Deus fará”, “exija seus direitos”, “revolte-se e não aceite tal dificuldade”…

Enfim, uma série de palavras estimulantes, usando versículos isolados e fora de um contexto bíblico, motivando a ação humana ante os propósitos de Deus.

Se pensarmos rapidamente em alguns fatos que ocorreram na Bíblia com grandes homens de Deus, vemos que nenhum deles exigiu, requereu algum direito ou procurou usar as próprias forças para resolver seus problemas (por sinal, muito maiores que os nossos).

O Profeta Elias, que teve tanto medo de Jezabel, que chegou a desejar a morte (1 Reis 19:4).

O Profeta Jeremias foi lançado na cisterna (Jeremias 38:6).

Estevão morreu apedRejado sem praticar crime algum (Atos 7:59).

Tiago foi morto pela espada de Herodes (Atos 12:2).

Paulo e Silas foram presos e, simplesmente, louvaram ao Senhor na prisão (Atos 16:23-25).

Todos eles eram servos do Deus Todo-Poderoso. Todos eram crentes fiéis, pregavam e viviam a Palavra de Deus. Mas, nenhum deles exigiu seus direitos. Também não determinaram o fim dos seus problemas e nem a vitória sobre seus inimigos. Não tentaram superar as dificuldades usando uma “super fé”.

Esses homens estavam preparados para vencer, mas também para sofrer as adversidades que muitas vezes surgem na caminhada de qualquer pessoa que deseja seguir os passos de Cristo.

Eles não eram “super-heróis”, como nós também não somos.

Eles não eram “super-crentes”, como nós também não somos.

Somos vencedores? Sim, somos mais que vencedores.

Devemos batalhar e lutar por nossos objetivos? Certamente, pois temos a marca de Cristo e o selo do Seu Espírito Santo.

Mas, devemos estar preparados também para enfrentarmos qualquer adversidade e vivermos numa total dependência de Deus.

Sabendo que muitas coisas que acontecem em nossa vida é propósito Dele.

É Ele quem possui a força e todo o poder.

E é a vontade Dele que deve ser soberana nas nossas vidas.

Este excelente e edificante texto tem autoria atribuída a Agnaldo Gomes. Disponível em:
http://www.despertaigreja.com/2007/09/crente-he-man.html . Postado em em 9/13/2007.