Você é participante no trabalho de Deus
I Coríntios 14:26: “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”.
Hoje gostaria de abordar sobre a nossa a nossa postura dentro da presença de Deus, quando nos encontramos em sua casa ou nos lugares onde estamos na sua presença. Cada um vem buscar uma palavra ou sentir a presença de Deus.
Perguntamos: será correto sermos somente ouvintes? O que será que Deus espera daquele que vai a sua casa?
1. O Que Deus espera de nós:
Será que Deus só espera que venhamos aqui para nos alimentarmos passivamente? Deus quer a participação de todos como seres ativos na sua casa.
Há um espaço aberto que não deve ser somente para pedir. Este espaço pode ser ocupado por uma palavra, por um cântico, em prol do engrandecimento de Deus.
Paulo diz: “Faça tudo para edificação”. Edificar é construir, Edificar é fazer crescer é alimentar e ser alimentado da palavra de Deus. Quando somos edificados espiritualmente, crescemos e ficamos mais maduros. Jesus nos edifica através de sua palavra e dos membros na igreja.
Colossenses 3:16-17: “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação? Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração”.
O que você tem trazido quando nos ajuntamos?
1 Tessalonicenses 5:11: “Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo”.
1 Tessalonicenses 5:14: “Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos”.
Paulo está aconselhando os irmãos de Tessalônica que se exortem e se edifiquem uns aos outros. Ele não diz que a exortação e a edificação devem vir somente de alguns. E ainda completa, dizendo: “Exortamos vocês, irmãos, advirta os ociosos, conforte os desanimados, auxilie os fracos, sejam pacientes com todos”.
Portanto, vemos que aqui não é somente o exercício dos dons explícitos que temos que nos preocupar, mas sim de outros dons que nem sempre são visíveis, mas que necessitam ser colocados em prática: confortar os desanimados, correr e auxiliar os fracos e ser paciente com todos.
A advertência é dirigida aos ociosos, ou seja, aqueles que nada fazem em prol dos demais, mas somente se alimentam. Temos feito isto? Você tem feito isto?
2. Como pode se manifestar nosso trabalho na casa de Deus?
O nosso trabalho na casa de Deus se manifesta de muitas formas: melhorando a participação nos cultos, e tendo olhos e ouvidos para sentir e ver o que precisamos fazer em relação ao irmão fraco, desanimado ou ocioso, tendo sensibilidade e formas para falar para ajudar.
O corpo é a igreja, e os membros somos nós. Precisamos estar sãos e não doentes para pôr em prática tudo isso.
Gálatas 6:2: “Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo”.
Romanos 14:19: “Tudo o que aqui estamos colocando tem uma finalidade, não é só individual, mas coletiva, por isso Deus repartiu os dons na medida para que todos cresçam. O que você fizer para Deus reflete para você individualmente e no coletivo”.
Efésios 4:11-16: “Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.
O que resulta de tudo isto?
- Preparar os santos para a obra do ministério;
- Alcançar a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus;
- Ser adultos espirituais e não crianças no entendimento; e
- Seguir a verdade em amor, crescer em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.
O resultado quando todos desempenham a sua função é o crescimento, e a edificação de si mesmo e dos outros, pois o corpo bem ajustado é o resultado de uma igreja coesa, firme. Nela nenhum vendaval poderá abater o individual ou o coletivo, pois todos serão um em Cristo e caminharão juntos.
3. Então, o que devemos fazer para que tudo isto aconteça?
Todos tem um dom, falar, cantar, orar, etc. Esses dons podem se transformar em coletivo: quando há vozes cantando, quando há pessoas orando. O individual deve ser exercitado, não só para pedir ou agradecer, mas para engrandecer a Deus e seu filho Jesus.
A noção de participação envolve ação; então, tudo deve ser planejado. Você deve vir preparado para a casa de Deus com aquilo que vai engradecer a Deus, edificar você e ao irmão. A contribuição, individual ou coletiva, melhorará a qualidade dos cultos e encontros.
a) Não seja ocioso: o que não pode acontecer é a ociosidade. Deus não fez ninguém inútil: a partir do momento que você se batizou, você foi selado e passou a ser filho de Deus, irmão de Jesus. Deve, então, portar-se como filhos. Deus nos chamou para sermos imitadores de Cristo. Você tem imitado a Cristo? O trabalho de Deus não precisa de voluntários ou espectadores, mas de servos que realizam com alegria o que suas respectivas capacidades lhes permite fazer.
b) Não nos julguemos incapazes para fazer o que Deus nos capacita a realizar. Ele transformará limites em horizontes.
Provérbios 4: 18: “A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia”.
c) Peça a Deus que lhes dê sabedoria para que possam exercitar aquilo que Deus concedeu, que muitas vezes se mantém escondido. Isso contribuirá como membro do corpo que é a igreja, e para a sua edificação pessoal e dos irmãos, o que ensejará um crescimento espiritual em graça e conhecimento.
d) O crescimento espiritual é amadurecer na fé.Todos que servem a Deus precisam crescer espiritualmente.
O crescimento espiritual depende de duas coisas: sua vontade e o Espírito Santo.
É Deus quem faz crescer, mas você precisa permitir que Ele trabalhe em sua vida. O conhecimento quem nos dá é Deus, mediante a nossa busca pessoal.
Isso não se relaciona necessariamente a estudar – o que também é importante, diga-se de passagem-, pois o conhecimento espiritual nada tem a ver com o conhecimento natural. O crescimento espiritual é superior ao natural, pois aquele que é espiritual discerne tudo mas de ninguém é discernido, porque sabe e tem consciência do caminho do bem e do mal.
O nosso crescimento espiritual está diretamente ligado também à guarda dos mandamentos, mas também o nosso engajamento no trabalho de Deus mediante a participação na comunidade, e auxílio nos trabalhos e Deus.
Paulo diz para aos I Coríntios 1:26-27: “Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte”.
Conclusão:
Para a participação nos trabalhos de Deus, é necessário ter disposição e consciência de que, participando, você estará crescendo espiritualmente e ajudando os demais irmãos a crescer.
O seu dom deve ser exercitado. Deus não fez ninguém vazio: se Ele te chamou, Ele te dá a chance de se capacitar se você quiser. A sua capacitação nos trabalhos da igreja não depende exclusivamente de Deus, mas Ele capacita aquele que o busca.
Deus não quer pessoas ociosas na sua causa: os dons foram dados para a edificação de todos os membros do corpo. Se você omite o seu dom, você contribui negativamente na casa de Deus para que outros não se edifiquem. Edificar é construir no caso espiritual, e ajudar no crescimento de cada membro. Todos somos responsáveis pelo nosso crescimento espiritual e de cada um coletivamente.
Vamos fazer parte desse crescimento: vamos ajudar os fracos, confortar os desanimados a se fortalecerem, os caídos a se levantarem. Todos somos responsáveis por ajudar os irmãos que estão espiritualmente fracos, lembrando das palavras de Paulo: “Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos” (I Tes. 5:14).