Firmeza e constância em qualquer circunstância
I Coríntios 15:58: “Portanto, meus amados, sejam firmes, inabaláveis, e tenham sempre bastante para fazer na obra do Senhor, sabendo que o seu trabalho árduo no Senhor não é vão”.
Firmeza é ter estabilidade, solidez, constância.
Constância é perseverança, persistência inalterada.
Nesse versículo de abertura, vemos nosso irmão Paulo nos exortar a que sejamos firmes e constantes.
O empregado recebe o seu soldo no fim de cada mês, mas ele pode recebê-lo de duas formas: porque venceu o mês, mas sempre em observação do proprietário para uma possível demissão, ou pode recebê-lo com reconhecimento e louvor por ter sido diligente, firme e constante em seu trabalho. Assim também é no trabalho de Deus: o galardão só será concedido àqueles que se mantiveram constantes, firmes em seu propósito. Satanás nos tenta macular, nos desviar da divina destinação, tirar o barco da rota, mas temos que nos aperceber de seus ardis, virar o timão e prosseguir.
Notar: Um barco não afunda pela água do mar que está a sua volta, mas pela água que vai entrando nele durante a tormenta.
Ref. Hebreus 3:6: Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus; e esta casa somos nós, se é que nos apegamos firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos.
Hebreus 3:6: “mas Cristo foi fiel como filho sobre a casa de Deus. Nós somos a casa Dele, desde que de fato nos apeguemos firmemente, até o fim, à nossa confiança e à esperança de que nos orgulhamos”.
I Pedro 1:6-7,15-16: “Por causa disso vocês se alegram muito, embora seja necessário, por algum tempo, que fiquem aflitos por causa de várias provações,a fim de que a qualidade provada da sua fé, que tem muito mais valor do que o ouro que perece, apesar de ter sido provado por fogo, seja considerada razão para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.” “mas, assim como o Santo que os chamou, tornem-se santos em toda a sua conduta, pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo.”
Mateus 10:22, 24:13: “E vocês serão odiados por todos, por causa do meu nome.Mas quem perseverar até o fim será salvo.” “Mas quem perseverar até o fim será salvo.”
Romanos 2:6-7: “E ele retribuirá a cada um segundo as suas obras: dará vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam glória, honra e vida imperecível”
Vemos aí falas e conselhos no sentido de que os servos de Deus devem ser firmes e constantes e que só os perseverantes na fé receberão o que tanto almejam: a salvação.
O CASAMENTO:
No momento do casamento é perguntado aos noivos se serão fiéis e amarão um ao outro na alegria, na tristeza, na saúde, na doença, na bonança e na adversidade. A resposta dos noivos é sempre “sim”.
O BATISMO:
O mesmo ocorre com o cristão, a união com Cristo, no batismo, equivale a união do casamento, inclusive Deus faz uso dessa analogia. Em muitas passagens é dito que Jesus vem buscar a sua noiva. Nesse momento, em que damos início a uma nova vida, a uma nova oportunidade, por termos nascido novamente, isentos de pecados, nos é perguntado: “Você aceita servir a Deus e a Jesus Cristo debaixo desse novo concerto e nessa nova aliança todos os dias da sua vida?”
VOTO:
Ao respondermos que “sim”, na presença de Deus e das muitas testemunhas ali presentes, estamos fazendo um voto. E sabemos o que é um voto na presença de Deus. A Bíblia nos orienta a pensarmos bem antes de abrirmos nossa boca para proferirmos palavras na presença de Deus, para não dizer que foi um erro e Deus, se aborrecendo, deixar perder todo nosso trabalho. Deus não forçou ninguém ao batismo, à aliança feita com Ele. Todos a fizemos voluntariamente. Então, Deus espera de cada um de nós o cumprimento do que nossos lábios proferiram naquele dia da nossa imersão.
Vejamos alguns personagens bíblicos e reflitamos…
José: Será que ele foi constante e fiel apenas quando estava na casa paterna ou ele manteve sua fidelidade como escravo, na casa de Potifar, na prisão e depois como governador do Egito?
Jacó, em sua fuga de casa, com medo de seu irmão Esaú, se manteve firme aos princípios recebidos dos pais ou não? Sabemos que sim, tanto que fez um voto a Deus, de dar o dízimo de tudo que ganhasse, caso Ele o trouxesse em segurança de volta à casa paterna. Mesmo sendo enganado pelo sogro, ele continuou mantendo sua integridade. E Deus o trouxe de volta
Daniel se manteve fiel a suas orações, voltado para Jerusalém, 3 vezes ao dia, mesmo sob ameaça de morte ou ele abandonou sua prática diária pela ameaça de morte? Qual seria seu pensamento? Talvez: “Se Deus achar que devo morrer, morrerei, mas não deixarei de adorar o meu Deus.” Será que ele pensou: Nossa isso só pode estar vindo do maligno pra me impedir de orar!
ENCONTRAR UM CULPADO:
Temos uma tendência humana de jogar tudo nas costas de alguém ou do maligno, quando muitos atos maus vêm de nós mesmos. Isso ocorre desde nossos primeiros pais: Eva culpou a serpente, Adão culpou Eva e, de certa forma, ainda responsabilizou o Criador, que fora a mulher que Ele lhe dera que lhe deu o fruto proibido e ele comeu. Como pode ser observado, isso é uma tendência que data os primórdios.
JÓ NÃO ACUSOU O MALIGNO:
Alguém muito íntegro e leal, entretanto, não culpou ninguém, falou a verdade sobre si mesmo, mas não atribuiu ao inimigo o que lhe aconteceu, sabem quem? Jó. Sabem por quê? Porque ele conhecia sua integridade e conhecia o Deus a quem servia. Sabia que estava agindo com integridade, ao vasculhar seu coração não se condenava naquilo que aprovava, como a Bíblia diz: “Bem-aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova”; então ele não podia crer que fosse o inimigo que agia, mas ele tinha consciência que o próprio Deus o afligia com os males pelos quais passava. Em Jó 23:3, Jó diz: “Quem dera eu soubesse onde encontrar Deus. Eu iria até o seu lugar de morada. Apresentaria minha causa perante ele, eu encheria minha boca de argumentos. 7-Ali o justo resolveria suas questões com Ele, e eu seria absolvido de uma vez para sempre pelo meu juiz”.
No capítulo 31 todo, Jó fala da sua integridade e pede castigos de Deus se tudo que ele está dizendo de sua conduta não for verdadeiro. Pede que outro homem se deite sobre sua esposa se ele tiver olhado para outra mulher com olhar de cobiça. Que nunca ele deixou que um pobre se fosse sem tê-lo ajudado, ou não tivesse ajudado o viajante, pede que seu braço caia de sua articulação se ele já fez isso ou se desafiou um órfão num tribunal. E assim ele vai discorrendo sobre sua justiça.
Quantos de nós podemos fazer tais alegações? Podemos dizer que defenderemos nossa causa perante o Eterno e ele nos ouvirá e se tornará nossa salvação?
Percebam que Jó não atribui ao inimigo o que lhe acontece em nenhum momento. O que não deixava de ser verdade; Satanás era apenas o instrumento permitido por Deus. Mas ele não podia agir por si mesmo ou ir um milésimo além do que o Eterno lhe permitira.
Mas o que chama a atenção é que em Jó 13:15, ele diz: “Embora Ele (referindo-se a Adonai) possa me matar, eu ainda esperarei, defenderei minha causa perante Ele. Então ele se tornará minha salvação, pois nenhum ímpio pode comparecer perante Ele”. Ele tinha consciência de sua inocência, que ele não merecia o que estava passando, que ele vivia uma vida de justiça.
Percebam que todos esses homens que foram citados não entendiam o processo pelo qual passavam ou o porquê de estarem passando pelas circunstâncias abordadas, mas todos eles tiveram algo em comum: escolheram confiar em Deus, e se mantiveram firmes e perseverantes. Eles sabia que o processo usado por Deus podia ser dolorido, mas confiavam que Ele sabe o que faz. Quando a Bíblia nos diz: “Tudo coopera para o Bem“, é porque mesmo o que nos pareça mal está cooperando para o nosso bem.
Para finalizar, vemos que Jesus comparou a salvação a uma pérola de grande valor, assim como uma ostra sofre no processo da formação das pérolas verdadeiras, também nós devemos passar com perseverança, constância e firmeza por muitos sofrimentos para entrarmos no Reino de Deus que nos está sendo preparado.