Por que Deus exigiu do homem a obediência a sua lei?
Deuteronômio 7:9-15 – “Você sabe muito bem que Jeová, seu Deus, é o verdadeiro Deus, o Deus fiel, que mantém com você seu pacto e o amor leal até a milésima geração dos que o amam e guardam os seus mandamentos. Mas ele retribuirá diretamente àqueles que o odeiam, destruindo-os. Não demorará em agir contra aqueles que o odeiam; ele lhes retribuirá diretamente. Que hoje lhe ordeno, obedecendo-lhes. Se vocês continuarem a prestar atenção a estas decisões judiciais, e as obedecerem e cumprirem, Jeová, seu Deus, manterá com vocês o pacto e o amor leal que jurou aos seus antepassados. Reconhece, pois, que o Senhor, teu Deus, é verdadeiramente Deus, um Deus fiel, que guarda a sua aliança e a sua misericórdia até a milésima geração para com aqueles que o amam e observam os seus os mandamentos, os decretos e as decisões judiciais. Observai, pois, as ordenações, as leis e os preceitos que vos prescrevo hoje, e praticai-os. Se ouvirdes esses preceitos e os praticardes contigo a aliança de misericórdia que jurou a teus pais, amando-te e abençoando-te e multiplicando-te: abençoará o fruto do teu ventre e o fruto do teu solo, teu trigo, teu vinho e teu óleo, as crias das tuas vacas e de tuas ovelhas, na terra que jurou a teus pais dar-te. Serás bendito mais do que todos os outros povos (…)”.
As promessas de bênçãos e de maldições estão pautadas na guarda e a fidelidade a lei de Deus. Portanto, é muito sério o compromisso com Deus, pois sabemos que a punição é maior para aqueles que, sabedores dos mandamentos, não os guardam. Essas palavras foram faladas ao povo que Ele escolheu, ao povo que Ele deu as suas leis e mandamentos, e não aos outros povos que não conheciam e nem sabiam do pacto de Deus com Abraão.
As promessas de Deus atingem a quem? Deus fez uma promessa aos Israelitas, porém esta promessa se estende a todos aqueles que se fazem israelitas pela fé, para aqueles que reconhecem a Deus, cuja prova é feita mediante a observância dos seus preceitos leis e ordenanças.
Nunca nos perguntamos por qual razão Deus quer obediência a este código de conduta criado para o homem. Mas por que, então, Deus estaria exigindo a observância de suas leis? Vamos analisar e verificar a resposta:
1. Porque o pecado corrompeu o ser humano:
O homem nasce propenso ao pecado pela sua natureza pecaminosa e mortal. O homem mortal é vulnerável a todos os ataques dos males terrestres: “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23).
Neste sentido, a observância dos preceitos, das leis e de todas as ordenanças, ou seja, o Código de Ética divino é uma forma do homem se redimir da sua rebelião/desobediência que, por consequência, trouxe o pecado e a morte.
2. A obediência à lei é a lapidação do ser humano:
Só há transformação de homens brutos, nascidos no pecado em homens, em seres humanos melhores, que caminham para a santificação, quando eles obedecem à lei de Deus.
A Lei de Deus é um código de ética para a vida. Outros códigos têm importância, mas o código de ética divino (Torah) tem a função específica de traçar diretrizes em várias relações: Homem X Deus; Homem X Homem; e Homem individualmente considerado.
As Leis e ordenanças de Deus estão, portanto, divididas e direcionadas para três tipos de segmentos: a Deus ao homem e ao seu próximo.
2.1. Relações e Mandamentos e leis direcionadas a Deus: quando Deus manda o homem amá-lo sobre todas as coisas, Ele quer mostrar ao homem que só Ele, como criador do Universo e governo deste mundo, deve ser amado acima de tudo.
2.2. Relações e mandamentos direcionados ao homem individualmente considerado e também a Deus:
2.2.1. O dia de sábado: Este é um preceito dirigido ao homem em honra a Deus, pois Ele santificou o dia para que também possamos reverenciá-lo. Mas Deus também o estabeleceu em atenção ao homem individualmente considerado, pois visou a preservação da saúde humana. Ora, o homem deve ter um dia de descanso, o que está provado cientificamente, inclusive.
2.2.2. A proibição alimentar das carnes imundas: este preceito também visa a saúde do homem, pois todas as carnes consideradas imundas são aquelas prejudiciais à saúde do homem.
2.3. Relações e mandamentos direcionados ao próximo: quando Deus manda amar o próximo como a nós mesmos, Ele está, na verdade, a condensar o sentido dos mandamentos “não matarás”, “não adulterarás”, “não furtarás”, “não levantarás falso testemunho”, “não cobiçarás”. Esses são os mandamentos extraídos dos “Dez Mandamentos” direcionados ao próximo, para que seja estabelecida paz e uma boa convivência entre os seres humanos.
2.3.1. Relações familiares: A norma de honrar pai e mãe é uma norma de boa convivência familiar, de respeito e de harmonia. Então, vemos que tudo isto visou o bem estar do homem, pois se não houvesse a Lei o homem andaria a seu bel prazer, e estaria propenso ao mal. Deus veio, através desse tipo de norma de conduta, normatizar e transformar a vida do homem, em uma vida melhor, de amor a Deus, ao próximo e à família e a Ele mesmo criou.
Portanto, a observância e a prática da lei de Deus têm duas conotações importantes: obediência a Deus, e consequentemente, uma melhor convivência com os demais seres humanos, melhor convivência familiar e a melhor convivência com o nosso eu físico e emocional.
Disto podemos concluir que as bênçãos e maldições são a consequência de nossa própria convivência, boa ou má: se amamos a Deus, ao meu próximo e a nós mesmos como seres humanos, como templos do Espírito Santo de Deus, teremos paz, tranquilidade, prosperidade e saúde, e as nossas relações em qualquer nível serão boas.
As bênçãos prometidas por Deus para aqueles que guardam a sua lei decorrem da obediência à Lei de Deus:
Deuteronômio 7:8: “O Senhor, teu Deus, guardara para contigo a aliança de misericórdia que jurou a teus pais, amando-te e abençoando e multiplicando-te: abençoará o fruto do teu ventre e o fruto do teu solo, teu trigo, teu vinho e teu óleo, as crias das tuas vacas e de tuas ovelhas, na terra que jurou a teus pais dar-te. Serás bendito mais do que todos os outros povos”.
João 14:21-24: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): SENHOR, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo? Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou”.
Dessas leituras, podemos concluir que quem ama a Deus guarda a sua palavra, e também será amado por Deus.
Deus, que tudo sabe, é onisciente e onipotente, e, de antemão, vai guardar o homem que observa a sua lei, livrando-o de muitas adversidades que podem acontecer se o homem agir pela sua própria vontade. Por isso, se você serve a Deus, tudo de bom ou de ruim que aparentemente te acontece, deve ser motivo de agradecimento a Ele, pois muitas coisas momentaneamente ruins cooperam para o nosso bem futuro.
Deus nos colocou aqui com um código de ética não somente como imposição sem fundamento, mas para que a nossa vida fosse próspera, sem aflições e angústias; daí falar em bênçãos e as maldições.
As maldições seriam no sentido de que se colhe aquilo que se semeia. Se não se ama a Deus, se não se ama ao seu próximo, as relações se tornam ruins e deterioradas.
O amor ao próximo conduz a uma vida cheia de luz, de fraternidade e de união. O amor próprio serve para livrar da doença e da morte não raras as vezes: quando se vive irritado, está-se exposto a doenças; quando se come o que é proibido para a saúde, estará também se afetando o corpo; nas relações familiares, se não houver a observância da honra do filho ao pai e a mãe e respeito dos pais com os filhos, a vida será difícil e infeliz; e se só se trabalha sem descanso algum, o corpo não aguentará e a jornada carnal será mais curta, além de não ter um dia especial para Deus, dia que é para venerá-lo e também repartir os dons espirituais com nosso próximo.
Conclusão: por que ao homem aproveita guardar os mandamento de Deus?
Dizemos vale a pena servir a Deus, visando à vida futura, que é a nossa primeira meta, mas também vale a pena observar os mandamentos para que a nossa vida presente seja repleta de bênçãos que são promessas feitas por Deus.
Portanto, Deus exigiu de nós a obediência ao seu código divino para que: (i) você cresça espiritualmente e se transforme de homem carnal para espiritual e alcance a vida eterna; (ii) você saiba que há um Deus acima de todos, que é grandioso e onipotente que sempre cuidará de você se amá-lo acima de todas as coisas; e (iii) amando o seu próximo e se amando, você tenha paz tranquilidade na tua casa, no teu trabalho e com os seus familiares, porque este código de ética dado por Deus é o norte da nossa vida.
Por fim, o homem terá reflexo em seu corpo de suas ações boas ou más não somente aqui, mas também quando comparecer perante o Tribunal celestial com as obras aqui praticadas:
II Coríntios 5:6-9: “Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (Porque andamos por fé, e não por vista).Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes”.
Apocalipse 14:13: “Porque todos deverão comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”.
Amar a Deus e a exigência de Deus em guardar os seus mandamentos visam transformar o homem bruto do pecado em um ser espiritual.
“Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas” (Apocalipse 22:14).