9- O calendário lunar e solar para as festas religiosas e no calendário civil para relações de ordem civil
9.1. Cremos no calendário lunar e solar, através do qual nos norteamos, para a celebração de todas as nossas solenidades religiosas de caráter perpétuo, estabelecidas por Deus.
Deus criou o sol e a lua; o sol para governar o dia, fazendo a separação entre dia e noite, e a lua para governar a noite (Gênesis 1:14-18). O dia completo com tarde (noite) e manhã têm 24 horas (Gênesis 1:3-31), contado do nascer do pôr-do-sol tem 12 horas (Eclesiastes 1:4-5; João 11:8-9).
O sol é o relógio de Deus (II Reis 20:8-11) para marcar os dias e suas horas. O dia se inicia com a noite, e termina ao pôr-do-sol do dia seguinte, pois primeiro existiu a noite, depois Deus criou o dia (Gênesis 1:3-23).
Também foi criada a lua para marcar o primeiro mês do ano, o primeiro dia de cada mês e os dias de festividades do povo de Israel (Êxodo 12:1-2; Números 9:1-5; Salmos 81:3-5; Eclesiástico 43:6-8; Jeremias 31:35).
9.2. Respeitamos o calendário gregoriano para nossas relações comerciais e civis, com exceção das festas comemoradas por este calendário que sejam contrárias às determinações divinas, cuja comemoração ou participação ficam proibidas aos que professam essa fé, como as festas de origem pagãs e aquelas que são realizadas fora do calendário lunar, tais como:
- Festas em homenagem a santos (ídolos), divindades pagãs; e/ou
- Festas que tiveram suas datas e sacramentos modificados pela Igreja Romana: Páscoa (*) , Pentecostes, Natal (**), etc. (I Coríntios 10:14,20-21).
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Notas explicativas:
(*) Páscoa: A Igreja Romana no Concílio de Niceia modificou a data da comemoração da Páscoa. A Páscoa era comemorada no dia 14 de Nisan (abril), no primeiro dia da Lua Cheia; passou a ser comemorada no domingo subsequente a este dia, caso o dia 14 de Nisan não caísse no domingo. (História do dia da comemoração da Páscoa. IN ROMAG, O. F.M. Dagoberto Frei. Compêndio da Historia da Igreja Lente Geral da História Eclesiástica. I Vol. A Antiguidade Cristã. Petrópolis: Vozes, 1939, p 98-99).
(** ) Natal: Festa de origem pagã, em comemoração ao deus sol, introduzida pelo Império Romano, oficializada pela Igreja Romana no IV século como dia do nascimento de Cristo, em analogia à luz do sol, por ser Cristo a luz do mundo. Como festa idólatra, não devemos dela participar, como nos exorta o Apóstolo Paulo em I Coríntios 10:14,19-21, e também por termos a convicção bíblica de que Cristo “não” nasceu no mês de dezembro, uma vez que Maria foi visitada pelo Anjo no sexto mês da gravidez de Isabel (Lucas 1:26,36).