16.1. A Igreja adota para as mulheres traje decoroso, um vestir com pudor e modéstia, sem enfeites exteriores, nem uso de jóias (I Timóteo 2:9-10; I Pedro 3:3-5). A mulher não deve fazer uso de traje masculino, nem o homem traje feminino (Deuteronômio 22:5)(*).

As mulheres cristãs devem distinguir-se das não cristãs, dando seu testemunho ao mundo, quer no comportamento, quer no trajar-se, evitando roupas não condizentes à postura cristã, sem vaidades ou futilidades (II Reis 9:30-34; I Timóteo 2:9-10; I Pedro 3:3-5) (**) , não cortando os cabelos, mas soltando-os na hora da oração, em substituição ao véu artificial com que se cobriam as antigas mulheres, abolido por Cristo posteriormente (Números 5:18; Cantares 4:3; 6:7; I Coríntios 11:5-7,13-15). Que a beleza da mulher não esteja no seu exterior, e sim no seu interior, em santa compostura (Tito 2:3).

16.2. Cremos na submissão da mulher ao marido por ser Ele o cabeça do casal. Deve portar-se sempre com decoro e dignidade, a fim de não dar escândalo ao mundo com suas atitudes (Efésios 5:22-24; Colossenses 3:18; I Pedro 3:1-2).

16.3. Já em relação à colaboração e divulgação do Evangelho, o papel da mulher na Igreja  é de muita responsabilidade. Deus concedeu às mulheres todos os dons que concebeu ao homem. Na Nova Aliança, ela tem a mesma relação com o trabalho de Deus, para ajudar o homem em prol da salvação (I Coríntios 3:16-17).

Desta forma, a Igreja não se opõe à colaboração da mulher em seus trabalhos. Muitas mulheres, na Bíblia, foram cooperadoras na igreja (Juízes 4:4,17-24; Romanos 16:1,3,4,7,12).

16.4. A qualificação do homem e da mulher que pleiteiam ensinar a Palavra de Deus é a mesma (I Timóteo 3:1-12). Homens e mulheres batizados são um em Cristo (Romanos 12:2-8; Gálatas 3:27-28). Todos os que invocarem o nome de Cristo serão salvos (Joel 2:32; Atos 2:21, Romanos 10:11-13).

16.5. Deus dá os dons do Espírito Santo tanto ao homem quanto à mulher, repartindo a cada um como lhe apraz (I Coríntios 12:4-11), pois “onde há o Espírito de Deus, há liberdade” (II Coríntios 3:16,17). Vejamos:

• Na igreja da primeira Aliança, Deus usou uma juíza e profetiza para julgar o povo. Débora julgou Israel e os salvou do exército de Jabin (Juízes 4 e 5);
• Hulda profetizou sobre o mal que veio em Jerusalém, e julgou Israel, para que Josias restaurasse o povo a guardar a lei de Deus (II Crônicas 34:2-33);
• Ester salvou Israel de seus inimigos (Ester 7 a 9).

16.6. A mulher que teme a Deus é louvada por ensinar a Sua lei, ajudando o homem no serviço de Deus (Provérbios 1:7,8, 6:20,21). O seu valor está colocado nas letras do alfabeto hebraico (Provérbios 31:1-31). Na Bíblia versão brasileira, Salmos 68:11, o próprio Jeová declara: “As mulheres que anunciam as Boas Novas são um grande exército.”

Priscila e Áquila fizeram viagens missionárias com o apóstolo Paulo, ajudando-o na divulgação do Evangelho, tendo inclusive, pregado para Apolo o batismo com o Espírito Santo, pois até então só conhecia o batismo de João, “Em Nome de Jesus Cristo” (Atos 18:18,25,26).

Felipe, o Evangelista, tinha quatro filhas que profetizavam (Atos 21:8,9). O Apóstolo Paulo fala das mulheres que trabalhavam para Cristo ajudando os enviados a pregar a salvação. Neste capítulo destacamos Febe, ministra da Igreja de Cencreia; Trifena e Trifosa, mulheres que trabalharam arduamente no Senhor (Romanos 16:1,3,4,7,12).

16.7. Hoje o dom do Espírito Santo na mulher que pode anunciar a salvação foi proibido por aqueles que não entendem a verdade. Eles se apóiam em I Coríntios 14:34.35; I Timóteo 2:11,12. Nessas passagens, Paulo não está anulando a mulher, nem o seu dom de falar da salvação na Igreja; mas sim enfatizando não ter a mulher, autonomia na regência da Igreja como o homem, e colocando-o como a cabeça da mulher, conforme o ensinamento da lei (I Coríntios 11:3; Efésios 5:22-24).

16.8. O Espírito Santo revela a verdade aos enviados (João 14:26, 16:7-14), Dele todos têm que apreender (Deuteronômio 6:1,2,6,7; Salmos 78:1,2) e dizer o mesmo em unidade de espírito e pensamento (João 14:21,23; I Coríntios 1:10; II Timóteo 1:12,13; 2:1,2; Hebreus 12:25, 13:7,8; I João 1:3, 4:6).Homens e mulheres conhecedores da verdade podem e devem ensinar, para que todos, através de seus ensinamentos, venham a conhecê-la (Joel 2: 28,29; I Coríntios 14:26-31).

16.9 Jesus disse: “Quem ouve a vós, ouve a mim, quem rejeita a vós, rejeita a mim, quem rejeita a mim rejeita ao Pai que me enviou” (Lucas 10:16). Nesta colocação, o Senhor não distingue homem e mulher. Nem homem, nem mulher têm direito de falar quando não ensinam a doutrina de Deus já revelada, que é a fé em Cristo, e a guarda da Lei, testemunho para a salvação de todos (Salmos 119:165,166; Isaías 8:16,17,20,21). O homem ou a mulher que ensinam fora desta verdade nada sabem (I Timóteo 6:3,6). Este é o ensino da Igreja de Deus na Nova Aliança (Atos 13:14,15, 15:1,21, 24:14, 28:23; Romanos 2:17-20, 16:25-26; Apocalipse 14:12).

16.10. O Templo de Deus não são simples pedras erguidas para que a mulher quando ali estiver não possa falar. O templo de Deus é o povo que ali está (Atos 20:28; Efésios 2:20-22; II Coríntios 6:16,17; I Timóteo 3:14,15).
Se concordarmos que a mulher não possa falar na Igreja quando está congregada, também não poderia falar quando não está. Onde, então, ficaria o dom do Espírito Santo? Porventura estaria Deus anulando-o na mulher? Onde há o Espírito Santo, há liberdade, seja para o homem ou para a mulher, em qualquer tempo e lugar, dentro ou fora do Templo (Romanos 12:3-8; II Coríntios 3:17,18; I Pedro 4:9-11; Deuteronômio 6:5,7) .

Não podemos impedir que Deus se manifeste através da mulher, pois se assim procedermos, estaremos impedindo o Espírito Santo de falar em prol da verdade! (II Coríntios 13:8).

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Notas explicativas:

(*) Deuteronômio “A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher”.

(**) I Timóteo 2: 9-10: “Igualmente, desejo que as mulheres se adornem em vestido bem arrumado, com modéstia e bom juízo, não com estilos de trançados dos cabelos, com ouro, pérolas, ou vestimenta muito cara, mas dum modo próprio das mulheres que professam reverenciar a Deus, a saber, por intermédio de boas obras”.