Simbologia da Páscoa e dos Pães Asmos
O que representa a Páscoa?
A Páscoa é o segundo concerto que Deus fez com o seu povo, indicando a passagem da libertação de Israel da terra do Egito, na noite do dia 14 do mês de Abib do calendário lunar; primeiro mês do ano, mês dado por Deus. Este é um sinal do povo de Deus (Êxodo 12: 1- 3, 12-14, 24- 28, 42, 13: 3- 10).
Deus ordenou a Páscoa, com o cordeiro e ervas amargas (Êxodo 12:8, 15- 20, 13:6-8) e também ordenou a Israel que comesse pães asmos, durante sete dias (Êxodo 12:15-20; 13:1-7). Os sete dias indicam a tribulação que Israel passou quando saiu do Egito (Deuteronômio 16:1-4).
O povo de Israel foi escravo na terra do Egito por 430 anos (Êxodo 13:40-42). O povo só tinha a circuncisão, como um sinal do povo de Deus (Gênesis 17: 9-13). O povo de Israel não guardava a lei de Deus por causa da escravidão em que vivia no Egito. Entretanto, Deus o libertou para que guardasse a sua Lei, e fosse o seu povo (Êxodo 19:1-10, 20: 1-17).
Simbologia dos sete dias de Pães Asmos
Os sete dias de asmos nos ensinam que Israel não levou contaminação do Egito. O pão asmo é “símbolo da sinceridade”, da aliança do povo para com Deus, de que guardariam a sua Lei.
O Cordeiro sacrificado comido com pão asmo é o símbolo do corpo e do sangue de Cristo. O Cordeiro de Deus, que simbolizava Cristo, para o povo Israelita, é puro, sem mácula, sem fermento (I Pedro 1:19-22).
O Sangue do Cordeiro nas ombreiras das casas do povo Israelita foi um sinal da aliança, para que Deus não os destruísse na noite do dia 14 (Êxodo 12:7, 12:13, 22:24; Hebreus 11:28).
O concerto da Nova Aliança feito por Cristo durou uma semana (sete dias), equivalentes a sete anos (Ezequiel 4:6). Ele começou com João Batista, durante a metade da semana, fazendo cessar a Lei de sacrifício e estabelecendo o Reino de Deus, pela pregação do Evangelho e pelo batismo em “Nome de Jesus Cristo” para perdão de pecados (Daniel 9:27; Mateus 11: 7.15; Marcos 1:1-5; Atos 19: 3.5; Lucas 16:16).
Depois que João Batista apresentou Jesus Cristo, “O Cordeiro de Deus” que tira os pecados do mundo (João 1:29), Cristo iniciou o seu Ministério, sendo batizado por João e ungido pelo Espírito Santo (Isaías 61:1-4; Mateus 3:13-17, 4:12-15; João 1: 35-42). Assim, Jesus, pregando o Reino de Deus (Atos: 10: 35-39), desempenhou a última parte da semana do concerto.
Na noite do dia 14 do mês de Abibi do calendário lunar, Jesus confirmou o concerto da Nova Aliança, com os 12 discípulos, celebrando a Páscoa com pães asmos e vinho, como símbolo de seu corpo, e de seu sangue, oferecido a Deus para perdão de nossos pecados (Mateus 26:17-28). A semana do concerto terminou no madeiro (João 19:28-30).
Durante a semana do concerto, pregado por João e por Jesus Cristo, para restaurar a Igreja na Nova Aliança, o Reino de Deus sofreu grande violência (Mateus 11:7-12).
Tanto na primeira, como na Nova Aliança, os sete dias de pães asmos vem para nos ensinar que, na restauração do Reino de Deus, não entrou fermento de falsas doutrinas (Mateus. 13:33). Os pães asmos continuam na sinceridade do concerto (Atos 20: 6; Gálatas. 5:9). O texto de I Coríntios 5: 6-8 ilustra bem como entender essa sinceridade:
“Não é nada belo o motivo da vossa jactância! Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães asmos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com pães não fermentados de pureza e da verdade”.
As doze tribos de Israel eram simbolizadas pelos doze pães asmos, feitos da flor da farinha de trigo, postos na mesa do santuário, em frente aos sete castiçais de ouro, símbolo das sete igrejas iluminadas pelos sete Espíritos de Deus, que operam nas sete fases da Igreja (Êxodo. 25:30; Levítico 24: 1-9; Apocalipse. 1:19-20, 4:1-6). Ora, Jesus é o pão da vida, o asmo da sinceridade.
A Igreja é representada pelo trigo, unida com Cristo, formando um só corpo, um só pão sem fermento (João 17:20-23; I Coríntios 5:6-8, 10:16-17). Jesus é o pão da vida que comemos e bebemos na Páscoa (João 6: 32-58) e, por meio de sua palavra, que é doce como o mel, crescemos como fermento (Jeremias 15:16; Ezequiel. 3:1-5; Marcos 13: 33; Lucas 20:21; Apocalipse 10:9-11).
CONCLUSÃO DO ESTUDO:
Jesus usou o fermento, no sentido de doutrinas falsas que se levantam contra Deus (Mateus 16: 6-12; Gálatas 5:9). No entanto, atualmente, a Aliança de Cristo com a Igreja, na simbologia do pão e do vinho como o seu corpo e seu sangue, não é discernida.
Isto porque os que comem a Páscoa como pão asmo ensinam que, durante os sete dias, não podemos comer nada que tenha fermento ou que fermente. Ora, tudo o que comemos fermenta, e neste caso, precisaríamos tirar das nossas casas todos os alimentos, durante os sete dias e comer somente pães asmos (Êxodo 12: 15-19). Mas, não é assim que se deve entender, pois, na verdade, somente o pão é o símbolo do corpo de Cristo.
Jesus usou o pão asmo e o vinho de uva. Esse vinho de uva usado até poderia deixar as pessoas embriagadas, mas, como simbolizava o sangue de Cristo, podia ser tomado (Mateus 26: 17-29; I Coríntios 11: 20-29).
A Igreja unida com Cristo é um pão asmo (I Coríntios 5: 6-8, 10:15-18). O valor do pão asmo e do vinho, na aliança de Deus com o seu povo, é a guarda de sua Lei e o testemunho para prova do nosso amor, com Deus e seu Filho, e ensinando também ao nosso próximo o Reino de Deus, que é obediência da fé em Cristo. Isto se resume em amor a Deus e ao próximo (Deuteronômio. 6: 1-9; Josué 1: 1-9; Salmos 94:11-14, 119: 165-166; Eclesiástico 12: 12-14; Isaías 8:16-20; Mateus 10: 5-7, 16:18, 19:16-17; Marcos 16: 15-16; João 14: 21-26; I Coríntios. 13: 1-13; João 5:1-3; Apocalipse. 14:12).
O amor às coisas materiais é o maior fermento que impede a operação de Deus na Igreja. Esta profecia se cumpre em nossos dias (I Timóteo 6:3-10).
Os que tomam a Páscoa com o fermento do pecado, não discernindo o corpo e o sangue de Jesus Cristo como asmo da sinceridade, comem para a sua própria perdição (I Coríntios 5: 6 -13, 10:16.17, 11: 22-23).
Estudos publicados em Fevereiro de 1997
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