A Festa da Páscoa, o Lava-pés e a Festa dos Ázimos
A Páscoa é comemorada pela maioria dos cristãos, mas, com raras exceções, na data errada. Essa é uma das festas estabelecidas por Deus de cunho perpétuo. Teve início na Primeira Aliança (Velho Testamento), quando Deus ordenou que os Israelitas saíssem do Egito (Êxodo 12). Este dia tem um grande significado tanto em sua origem na Primeira Aliança, quanto na Segunda Aliança (Novo testamento). Os fatos referentes à Páscoa na Primeira Aliança era uma sombra para a Segunda Aliança, pois como pode ser observado, há correspondência entre eles. Vejamos o porquê de se comemorar esta festa e qual o seu significado nas duas Alianças.
- A Páscoa na Primeira Aliança
Etimologicamente, o termo Páscoa se originou a partir do latim Pascha, que por sua vez, deriva do hebraico Pessach / Pesach, que significa “a passagem”[1]. Esta festa foi estabelecida por Deus quando determinou a Moisés a saída dos Israelitas do Egito (Êxodo 12).
Na Primeira Aliança, Deus escolheu um homem, Abraão, filho de Eber (origem do termo “hebreus”), fez um concerto com ele e a sua descendência dizendo que a sua posteridade seria como a areia do mar e as estrelas do céu (Gênesis 12:1-3,13:16-17,15:5;17:2-4,6-10). Disse, ainda, que todas as nações da terra seriam benditas nele, e que seria o pai de muitas nações. Este concerto entendeu-se a todas as gerações futuras como já explanado no capitulo dois. Deus visitou seu filho, Isaque, seu neto Jacó, assim como a descendência de Jacó reafirmando o concerto feito com Abraão.
No Egito, após 430 anos de escravidão, Deus prometeu aos hebreus libertá-los, ordenando ao povo, através de Moisés, que sacrificassem um cordeiros sem defeito por família, e o comessem assados no fogo com pães ázimos e ervas amargas e, que com seu sangue assinalassem os umbrais das portas (Êxodo 12:3-14). Deus alertou que naquela noite o anjo destruidor passaria e mataria todos os primogênitos do Egito, dos filhos dos homens aos animais, mas não tocaria em nenhum daqueles que tivessem suas portas assinaladas com o sangue do cordeiro. Deus fez aquele concerto com o povo de Israel, para os livrar do juízo que faria contra o povo e os deuses do Egito, matando e destruindo, à meia noite, todos os primogênitos daquela nação (Êxodo 12:9-14,22-23).
Êxodo 12:5-8: “O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão”.
Êxodo 12:12-14: “E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito; E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo”
O cordeiro morto naquele cerimonial simbolizava Cristo, o primogênito de Deus. O sangue daquele cordeiro, passado nos umbrais das portas, era símbolo do sangue de Cristo derramado por nós, passado nos umbrais de nossa casa espiritual: nossos corações, livrando-nos da morte espiritual. O pão ázimo representava não só a abstenção de alimentos com fermento, mas simbolizava o povo que sairia do Egito sem levar dali contaminações. O fermento simboliza o pecado e as falsas doutrinas (I Coríntios 5:6-8; Mateus 16:6-12). As ervas amargas representavam a amargura sofrida pelos hebreus durante os anos de escravidão no Egito.
Deus ordenou que a Páscoa fosse celebrada, como estatuto perpétuo aos 14 (quartoze) dias do mês no primeiro mês (Abibe) do calendário lunar dado por Deus, mês de abib (abril) – (Êxodo 6:1-8, 12:4-41,13:4). A Páscoa é um sinal da Aliança Eterna que Deus fez com todos os que crêem e o obedecem pelo seu concerto, para que sejam libertos da destruição no juízo final.
A Páscoa na Segunda Aliança e sua simbologia
A comemoração da Páscoa na Segunda Aliança não é mais a saída do povo israelita do jugo de Faraó, na terra do Egito; agora se comemora a morte e a ressurreição de Cristo, que nos libertou do jugo do pecado. Não é por acaso que Jesus Cristo é chamado de “Cordeiro de Deus”. Assim como o cordeiro que morreu na primeira Páscoa, cujo sangue livrou o povo da escravidão, Cristo morreu, mesmo sem culpa, e por seu sangue o homem que o aceita é purificado de todo pecado (I João 1:7).
A Páscoa, como já observado, foi celebrada pela primeira vez na saída do Egito (Êxodo 6:1-8, 12:3-51), como anúncio da morte dos primogênitos. A morte do cordeiro, na Nova Aliança, prefigurava a morte de Cristo, primogênito de Deus (Êxodo 12:1-3,14,24-25, 13:6-16; Levítico 23:4-8; Números 9:1-5; Deuteronômio 16:1-8). Esta festa foi celebrada por Jesus, e os apóstolos continuaram a celebrá-la em comemoração à morte de Cristo (Mateus 26:17-19,26-28; Marcos14:12-24; Lucas 22:7-20; I Coríntios 11:23-28).
Jesus ordenou que, a partir daquela última Páscoa celebrada com seus discípulos, o Dia da Páscoa devia ser observado por seus seguidores “em sua memória“. Ele instituiu um novo rito ao declarar que o pão sem fermento e vinho deviam ser considerados símbolos do seu corpo e do seu sangue, dados em sacrifício por muitos. Neste novo rito não se imola mais o cordeiro como era feito na Páscoa, antes de Cristo. Naquele tempo foi comemorada por Israel a saída da terra do Egito; hoje o cordeiro simboliza Jesus que morreu pela humanidade; desta forma, comemora-se hoje a sua morte e ressureição.
Jesus disse sobre o pão:
Mateus 26:26-28: “E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo¨”.
Jesus disse sobre o vinho:
Marcos 14:24. “E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lhe, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados”.
Cristo, através de sua morte, deu a chance de salvação a todos que o aceitam, e hoje atua como “Mediador da Nova Aliança” (Hebreus 9:15,12:24), pois além de perdoar os pecados daquele, também é o Sumo-sacerdote, o mediador e intercessor junto ao Pai, para que o pecador receba o apagamento e purificação dos pecados confessados durante o ano (I João 2:1-2).
A Páscoa e o preço da morte de Cristo
Jesus morreu após a comemoração da Páscoa, e também disse que o Seu sangue foi “derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus 26:28), revelando que a Sua morte sacrificial pagaria a pena de morte por consequência do pecado (Romanos 6:23; Hebreus 9:15). Por Seu sacrifício, Jesus levou sobre si as nossas enfermidades; em outras palavras, levou sobre si todos os pecados da humanidade.
I Pedro 3:18: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.”
Isaías 53:4-5: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido”
Na Páscoa, na partilha do mesmo pão e vinho, está havendo o reconhecimento de que Jesus Cristo ofereceu seu corpo e sangue para cobrir os pecados humanos. Através da fé no seu sacrifício, o homem é reconciliado com Deus, passando a ter acesso a Ele, sendo curado espiritual e fisicamente, chegando ao trono da graça para socorro em tempo oportuno (Hebreus 4:16; Isaías 53:4-5; Tiago 5:14).
Quando o pão ázimo é comido durante a cerimônia memorial, na noite de Páscoa bíblica, isto simboliza a participação no benefício do sacrifício de Cristo e Cristo vivendo naqueles que partilharam dela (João 6:53-54), evidenciando sua união com Cristo, com os membro do seu corpo, que é a Igreja (I Coríntios 10:16-17), assim como sua disposição em viver pela Palavra de Deus
Paulo nos diz que, através da cerimônia da Páscoa, “anunciamos a morte do Senhor, até que Ele venha”. Isto demonstra que o único caminho pelo qual o ser humano pode ser reconciliado com Deus é através de Cristo participando do seu corpo (pão ázimo) e seu sangue (vinho), juntamente com a guarda dos seus mandamentos.
I Coríntios 11:24-26: “E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.”[2]
A data da realização da Pascoa e a importância do calendário lunissolar na contagem
Deus estabeleceu que a celebração da Páscoa se desse uma vez ao ano (Êxodo 13:10), ao pôr do sol do dia 14 de Abibe (Abril), do calendário lunar, dia da “Lua cheia”, começando a sua contagem com a lua nova visível (Gênesis 1:14; Números 9:2-5, Salmos 81:2-5; Lucas 2:41; Eclesiástico 43:6-8).
Assim como um aniversário não pode ser comemorado todos os meses, e sim uma vez ao ano, o mesmo ocorre com a Páscoa. Ela deve ser comemorada uma vez ao ano (Êxodo 12:1; 13:10), ao pôr do sol do dia 14 de Abibe (abril). Cristo não morreu muitas vezes, mas somente uma, e a sua comemoração é feita em memória da sua morte e ressurreição. É um estatuto perpétuo (Êxodo 12:24), imutável, foi estabelecido por Deus a Moisés.
Na Segunda Aliança, observamos no Evangelho de Lucas que Jesus e a sua família subiam todos os anos a Jerusalém para comemorar a Páscoa, e não muitas vezes ao ano (Lucas 2:41). Se na Páscoa se comemora a morte e ressurreição de Cristo (I Coríntios 11:26), perguntamos aos que ministram o cerimonial da Páscoa todos os meses: Quantas vezes Cristo morreu? Onde está o fundamento bíblico para que a Páscoa seja ministrada todo mês? Onde foi feita a alteração da Páscoa para “Ceia”, como afirmam alguns? E onde está escrito que a “Ceia” alterou a data da celebração da morte de Cristo?
Vivemos hoje sob a égide do calendário gregoriano. O calendário estabelecido por Deus não é o gregoriano, mas o calendário lunissolar, ou seja, regido pelo sol e pela lua. A contagem para determinação da data da Páscoa é feita pelo calendário lunissolar, ou seja, os tempos marcados pela lua.
Deus criou os dois grandes luminares, o sol para separar a luz das trevas a finalização e o início do novo dia (dia e noite) e a lua para marcar os tempos determinados, o primeiro mês do ano, o primeiro dia de cada mês e os dias das festas, chamadas em Gênesis 1:14 por algumas traduções de “festas” e, em outras, “leis fixas” (Gênesis 1:14-18 [3]; Êxodo 12.1; Números 9:2-5, 28:11-14; Salmos 81:3-4,5-8 [4]; 104:19-20,136: 7-8; Eclesiástico 43:6-8 [5]; Jeremias 31:35).
Por isso, a sua contagem se faz através da lua, ou seja, no 14º dia do primeiro mês do ano (Êxodo 12:1) do calendário lunar. A contagem dos 14 dias se faz tomando por parâmetro inicial a lua nova visível, no céu, ao contar-se 14 dias, o dia da festa sempre será na lua cheia.
Fazendo uma retrospectiva histórica, pode-se constatar que a Páscoa, antes da sua mudança pelo catolicismo, era ministrada no dia 14 do mês de Abibe/Nissan(abril), começando sua contagem com a primeira lua nova do ano bíblico e terminando no dia 14, dia na Lua cheia[6]. A mudança do dia da Páscoa na lua cheia para o primeiro domingo subsequente a ela ocorreu no Concílio de Nicéia e isto é um fato grave! A Páscoa é um selo de salvação; a sua data correta é aquela instituída por Deus quando determinou a Moisés na saída do Egito (Êxodo 12). Deus não muda, Sua palavra é eterna e o Estatuto da Páscoa é perpétuo.
2. O cerimonial do lava-pés no dia da Páscoa
Para completar o cerimonial da Páscoa, Jesus fez um ato muito importante que foi o lava-pés. O rito anual da Páscoa bíblica também deve incluir a ordenança do lava-pés, tal como estabelecido pelo Mestre. Depois de dar um exemplo de ser um servo, lavando os pés dos Seus discípulos, Ele declarou:
João 13:14-17 “Vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também…Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes”.
No cerimonial do lava-pés, Jesus nos deixa dois lições importantes: a humildade e a igualdade entre todos. Ainda evidencia a importância da prática deste ato, quando questionado por Pedro sobre o porquê de Jesus lhe lavar os pés, obteve do Mestre a seguinte resposta:
João 13:6-8. “E ainda Jesus responde a Pedro quando este se recusa de Jesus lavar os seus pés: “Senhor, tu lavas-me os pés a mim? Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois. Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo”.
Com esse ato, Jesus deixou claro que o servo não é maior que o Senhor, que todos os seres humanos, independentemente de sua condição social, são iguais perante Deus. Jesus diz ainda aos discípulos que quem quer ser o maior no Reino dos Céus deve se tornar o menor (Mateus 20:26-27).
João 13:16: “Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes”.
Ainda podemos extrair outro significado muito importante deste cerimonial da Páscoa: Jesus deixa claro que quem não participar do lava-pés não tem parte com ele. Mas será que este ato tão singelo quando praticado nos faz ter parte com Jesus?
As palavras de Jesus tem um significado mais amplo do que o simples ato de lavar os pés, porque, neste ato, está contido o amor ao próximo, quando nos colocamos como servos em posição de humildade e sujeição para auxiliá-lo, assim como o Mestre nos mostrou (Mateus 20:25-28; 23:11; Filipenses 2:5-8).
Jesus Cristo. em sua missão ministerial, é o maior exemplo de defensor dos Direitos Humanos. Por seus atos mostrava que é necessário o respeito à dignidade humana, através da igualdade entre as pessoas, sem nenhum tipo de discriminação (Romanos 2:11).
A igualdade entre os seres humanos é a luta de muitos povos, de muitas constituições; algumas já a conquistaram, muitos nem sequer a conhecem.
A Páscoa um Memorial perpétuo
Como já explanado, a Páscoa é um memorial perpétuo (Êxodo 12:14, Números 28:16; 9:3; Levítico 23:5,8; Deuteronômio 16:1). Deus disse aos israelitas que a Páscoa era um concerto perpétuo. Este concerto foi determinado por Deus e também por Jesus que comemorou a sua última Páscoa com os seus discípulos e lhes disse: fazei isto em memória de mim (Lucas 22:19;(Mateus 26:17-29, Marcos 14:-12-25; Lucas 22:7-15,19-20; João 13:1-17, 2:13,23,18:39; I Coríntios 5:7; Hebreus 9:13,14;11:28).
Tudo o que é perpétuo não pode ser retirado e nem mudado; muitos rituais do passado da Primeira Aliança eram sombras do que aconteceria na Segunda Aliança com a vinda de Cristo. Portanto, na Páscoa mudou-se a forma, mas não a essência.
Na Páscoa da Primeira Aliança, sacrificava-se um cordeiro que era comido com pães ázimos e ervas amargas; na Segunda Aliança Cristo representa o cordeiro morto pela humanidade. O pão e o vinho representam e o seu corpo o seu sangue que podem nos livrar da morte espiritual. Na festa da Páscoa, mudou-se o ritual, mas a festa continua a ser perpétua e realizada na mesma data. Deus não muda e nem tem sombra de variação (Tiago 1:17); sua palavra é única e imutável.
Êxodo 12:14 : “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo”.
Como e em que local deve ser celebrada a Páscoa
Esta festa é comemorada juntamente com a festa dos pães ázimos, durante sete dias, sendo o primeiro e o último dia, dias de santa convocação, de guarda solene, no qual não se pode fazer nenhum trabalho laboral (Êxodo 12:14-16, Levítico 23:4-8). Ninguém pode deixar de comparecer na Páscoa, salvo por motivo justificado, pois é mandamento. Aquele que não participa da Páscoa não tem vida em si mesmo. Jesus foi categórico ao dizer isso:
João 6:51-56: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo”. Então os judeus começaram a discutir exaltadamente entre si: “Como pode este homem nos oferecer a sua carne para comermos? Jesus lhes disse: “Eu lhes digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”.
A Bíblia nos chama a atenção para o local onde deveria ser celebrada a Páscoa, e afirma que deve ser no tempo certo e no local determinado, no caso dos hebreus o local era em Jerusalém.
A Páscoa é santa, e a Bíblia nos ordena que essa seja uma noite de vigília. Jesus, na noite de sua morte, após tomar a Páscoa estava vigiando, em obediência ao mandamento.
Êxodo 12:42: “Esta noite se guardará ao Senhor, porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações”.
Quem pode e deve participar da Páscoa
A Bíblia nos diz que só podiam participar da Páscoa aqueles que fossem circuncidados. Em Israel, o estrangeiro que quisesse participar dela deveria ser circuncidado. A circuncisão foi o primeiro concerto de Deus com o povo escolhido. Logo, só poderiam participar do segundo concerto que é a Páscoa os circuncidados. Se houvesse um estrangeiro que quisesse participar da Páscoa devia ser circuncidado (Êxodo 12:43-45).
Na carta de Paulo aos Colossenses, ele nos dá a entender que aquele que aceitou a Jesus e passou pelo batismo em seu nome, recebeu a circuncisão de coração. Portanto, hoje, só podem participar da Páscoa aqueles que receberam o batismo em nome de Jesus, e que, portanto, são integrantes do corpo de Cristo, ligados a ele por seu sangue (Êxodo 12:44,45,48-49).
Colossenses 2:9-12: “Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e, por estarem nele, que é o Cabeça de todo poder e autoridade, vocês receberam a plenitude. Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão feita por Cristo, que é o despojar do corpo da carne. Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”.
A repetição da Páscoa
Por que foi instituída a repetição da Páscoa?
A celebração da Páscoa é tão importante aos olhos de Deus, que, para que todos participem dela, Ele deixou uma disposição em Números 9:1-14, no caso de alguém, por circunstâncias de força maior, ser impedido de observá-la no tempo determinado, no dia 14 do primeiro mês. Nesse caso, Deus permitiu que se observasse a Páscoa no mesmo dia do mês subsequente, dia 14 do segundo mês do ano. A repetição da Páscoa foi instituída por Deus a Moisés, e, quando este foi consultar a situação de pessoas que se encontravam imundas, não podendo, por essa razão, participar da Páscoa na data fixada (Números 9:7-14).
As Escrituras Sagradas elucidam que as circunstâncias determinadas por Deus para que se proceda à repetição da Páscoa são limitadas e não podem ser mudadas. Este texto das Escrituras deve ser interpretado restritivamente, visto ser uma exceção. Portanto, abrange pessoas enfermas, hospitalizadas, em viagens inadiáveis por motivo de força maior, pessoa imunda por ter tocado em um morto, ou por situações excepcionais, como vemos na questão do rei Ezequias em que ministrou a Páscoa no segundo mês (II Crônicas 30:2-5,15-20; I Coríntios 11:27-29).
Conclusão da Páscoa
Para finalizar, afirmamos de que a Páscoa é uma festa de muita importância dentre as demais estabelecidas por Deus, pois participamos simbolicamente do corpo e do sangue de Cristo, mantendo nossa comunhão com ele.
Na Páscoa, comemos o pão que significa o corpo de Cristo, e tomamos o vinho que simboliza seu sangue. Este mesmo sangue regenerador do sacrifício dele é que nos purifica dos nossos pecados, no Dia da Expiação de Pecados. Aquele que não toma a Páscoa invalida o Dia da Expiação. Cristo afirma que aquele que não toma não tem parte com ele. Como Cristo será o intercessor para o apagamento dos pecados, se aquele que não toma a Páscoa não tem parte com ele?
É um selo de salvação, um sacramento vital para o cristão. Por ela temos acesso a Jesus, sabendo que nossos pecados serão apagados e purificados, pois a Sua intercessão será eficaz e perfeita. Aquele que não participa da Páscoa não tem seus pecados purificados, uma vez que não participou do corpo e do sangue de Cristo. A impossibilidade da participação nesse ato tão importante, como já dissemos, é justificada apenas dentro dos parâmetros estabelecidos pela Bíblia, e mesmo assim, há a repetição, possibilitando que todos tenham parte com Cristo.
- FESTA DOS PÃES ÁZIMOS, SEU SIGNIFICADO E A SUA SIMBOLOGIA
Origem e significado da festa
No dicionário léxico, ázimo significa aquilo que não foi fermentado[7]. A festa dos ázimos é uma festa determinada por Deus que começa juntamente com a Páscoa. Seu início se dá no primeiro dia da Páscoa, e é comemorada por sete dias, sendo que o primeiro e o último dia são dias de Santa Convocação, ou seja, dias de guarda santos e solenes (Êxodo 12:8,14-16,13:6-7,23:15,34:18; Levítico 23:4-8; Números 28:17-18; Deuteronômio 16:3-4,8). Deus determinou esta festa juntamente com a Páscoa quando Israel saiu do Egito e depois quando deu a Sua lei ao povo através de Moisés, confirmou-a como estatuto perpétuo. Ao libertar Israel da escravidão no Egito, Ele disse ao povo:
Êxodo 12:15-20: “Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel. E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós. Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo. No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde.”
Êxodo 12:39 : “E cozeram bolos ázimo da massa que levaram do Egito, porque não se tinha levedado, porquanto foram lançados do Egito; e não se puderam deter, nem prepararam comida.”
O processo do levedar do pão leva tempo. Os Israelitas não dispunham de tempo, quando deixaram o Egito. Por isso, cozeram e comeram pão sem fermento. O que começou por uma necessidade, continuou ao longo de uma semana. Apropriadamente, Deus chamou a este período de Festa de Pães Ázimos (Levítico 23:6), ou Dias dos Pães Ázimos (Atos 12:3).
Êxodo 34:18: “Guardarás a festa de Matsót, pães sem fermento. Durante sete dias comerás pães ázimos, sem fermento, como te ordenei, no tempo certo, no mês de Abibe, porque foi nesse mês de Abibe que saíste do Egito”
No período de sete dias, não deve haver fermento em nenhuma casa, do dia 14 até o 21 do mês de abib do calendário lunar. Esta é uma orientação de Deus. A seriedade deste estatuto é tão grande que, na Primeira Aliança, aquele que comesse pão fermentado nesses dias era eliminado da congregação de Israel.
Êxodo 12:19: “Durante sete dias não se achará fermento em vossas casas; todo aquele que comer pão fermentado será eliminado da comunidade de Israel, seja ele estrangeiro ou natural da terra”.
Deuteronômio 16:3,5,8: “Não comerás pão levedado, feito com fermento, mas durante os sete dias de celebração comerás tua oferta com Matsá, Ázimo: o pão sem levedo, não fermentado; o pão que faz recordar a aflição, pois foi às pressas que deixaste a terra do Egito, a fim de que em todos os dias da tua vida te lembres da época em que abandonaste o Egito”
O que representa a Festa dos Ázimos
Poder-se-ia perguntar a razão de ser desta festa? Primeiramente porque esta foi instituída por Deus como estatuto perpétuo. Sua ligação conosco está diretamente vinculada à simbologia do fermento. O fermento simbolicamente é o pecado. Do dia 14 ao dia 21 não deve haver fermento em nossos lares e nem podemos comer nada levedado. Em outras palavras, Deus está nos dizendo que o fermento deve ser retirado de nossas vidas. Assim, como tiramos todo o fermento de nossas casas, devemos retirar todo o pecado de nossas vidas. Esta semana dos ázimos deve ser uma “semana de reflexão”, para nos mantermos puros e buscarmos a santificação, pois o ázimo tem ainda a simbologia da pureza da sinceridade e da santidade.
Simbologia dos sete dias de Pães Ázimos[8]
Os sete dias dos ázimos indicam a tribulação que Israel passou quando saiu do Egito (Deuteronômio 16:1-4). O povo de Israel foi escravo na terra do Egito (Êxodo 13:40-42), e só tinham a circuncisão, como um sinal do povo de Deus (Gênesis 17: 9-13). O povo de Israel não guardava a lei de Deus em razão da escravidão em que viviam no Egito. Entretanto, Deus os libertou para guardarem sua Lei, sendo o seu povo escolhido (Êxodo 19:1-10, 20:1-17).
Os sete dias de ázimos também nos ensinam que Israel não levou contaminação do Egito. O pão ázimo “símbolo da sinceridade” vem representando a Aliança que Israel fez com Deus e de que guardariam a Sua Lei. O Cordeiro sacrificado e comido com pão ázimo é símbolo do corpo de Cristo, que é puro, sem mácula, sem fermento.
O Sangue do Cordeiro nas ombreiras das casas dos hebreus foi um sinal da Aliança, para que Deus não destruísse os primogênitos do seu povo, na noite do dia 14 do mês de abril, noite da Páscoa (Êxodo 12:7, 12:13, 22:24; Hebreus 11:28).
I Pedro 1:18-20: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós “.
Trazendo essas simbologias para a Segunda Aliança, vemos que o concerto feito por Cristo durou uma semana (sete dias), equivalentes há sete anos (Ezequiel 4:6). Ele começou com João Batista, durante a metade da semana, fazendo cessar a Lei de sacrifício e estabelecendo o Reino de Deus, pela pregação do Evangelho e pelo batismo em “Nome de Jesus Cristo” para perdão de pecados (Daniel 9:27; Mateus 11:7-15; Marcos 1:1-5; Atos 19:3-5; Lucas 16:16).
Depois que João Batista apresentou Jesus Cristo como o “Cordeiro de Deus” que tira os pecados do mundo (João 1:29), Cristo iniciou o seu Ministério, sendo batizado por João e ungido pelo Espírito Santo (Isaías 61:1-4; Mateus 3:13-17, 4:12-15; João 1:35-42). E, pregando o Reino de Deus (Atos 10:35-39), desempenhou a última parte da semana do concerto.
Na noite do dia 14 do mês de Abibe, Jesus confirmou o concerto da Primeira Aliança, com os doze discípulos, celebrando a Páscoa com pães ázimos e vinho, como símbolo de seu corpo, e de seu sangue, oferecidos a Deus para perdão de pecados (Mateus 26:17-28). A semana do concerto terminou no madeiro (João 19:28-30). Durante a semana, do concerto, pregado por João e por Jesus Cristo, para restaurar na Igreja na Segunda Aliança, o Reino de Deus sofreu grande violência (Mateus 11:7-12)[9], porque muitos foram maltratados e até mortos pela pregação do evangelho do reino de Deus[10].
Tanto na Primeira quanto na Segunda Aliança, os sete dias de pães ázimos vêm para nos ensinar que, na restauração do Reino de Deus, não entrou fermento de falsas doutrinas (Mateus 13:33). Os pães ázimos continuam na sinceridade do concerto (Atos 20: 6; Gálatas. 5:9). O texto de I Coríntios 5: 6-8 ilustra bem como entender essa sinceridade.
As doze tribos de Israel eram simbolizadas pelos doze pães ázimos, feitos da flor da farinha de trigo, postos na mesa do santuário, em frente aos sete castiçais de ouro, que simbolizavam as sete igrejas iluminadas pelos sete Espíritos de Deus, que operam nas sete fases da Igreja (Êxodo. 25:30; levítico 24: 1-9; Apocalipse. 1:19-20, 4:1-6). Ora, Jesus é o pão da vida, o ázimo da sinceridade.
A Igreja é representada pelo trigo, unida com Cristo, formando um só corpo, um só pão sem fermento (João 17:20-23; I Coríntios 5:6-8, 10:16-17). Jesus é o pão da vida, o ázimo da sinceridade que é partilhado na Páscoa (João 6: 32-58) e, por meio de sua palavra, que é doce como o mel, os seguidores de Cristo crescem como fermento (Jeremias 15:16; Ezequiel 3:1-5; Marcos 13:33; Lucas 20:21; Apocalipe10:9-11)[11].
A importância do Ázimo permanece na vida do cristão
Sabemos que o fermento simboliza o pecado e o ázimo a sinceridade, a pureza. Temos que ter a plena consciência de que a festa dos Ázimos não pode ser um ato meramente simbólico sem valor prático. A semana dos Pães Ázimos deve ser de reflexão, de tomada de posição onde todos devem se lembrar que, com a ajuda de Deus e o esforço é possível remover e evitar todos os tipos de pecado em todas as áreas da vida, pois ele impede o homem de servir a Deus com sinceridade.
Jesus, utilizando-se de metáforas comparava o pecado ao fermento, alertou seus discípulos: “Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia” (Lucas 12:1). Um relato paralelo dessas palavras de Jesus esclarece que ele estava condenando o “ensino” dos fariseus (Mateus 16:12). A Bíblia, às vezes, usa o termo “fermento”, ou levedo, como símbolo também da corrupção, que, sem dúvida, enquadra-se na quebra dos mandamentos. Jesus também usou o termo “fermento”, no sentido de doutrinas falsas que se levantam contra Deus (Mateus 16: 6-12; Gálatas 5:9), assim como ao pecado quando se referiu aos fariseus.
A Aliança de Cristo com a Igreja, na simbologia do pão e do vinho como o seu corpo e seu sangue, hoje não é discernida por muitos. É necessário cautela para se entender que não deve haver a abstenção de todo e qualquer alimento que levede, até porque muitos alimentos podem levedar. Somente o pão é o símbolo do corpo de Cristo.
Durante a Festa dos Pães Ázimos, o Apóstolo Paulo, assim como Jesus, usou também a comparação do pecado ao fermento. Isto foi uma repreensão aos Coríntios por suas divisões, invejas e tolerância ao comportamento impróprio que não agrada a Deus, Paulo escreveu-lhes:
I Coríntios 5:6-8: “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Limpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.”
Hoje, o ato de remover o fermento das nossas casas por sete dias evidencia que o pecado deve ser reconhecido, evitado e expulso, através da oração e com o entendimento e ajuda de Deus. A Festa dos Pães Ázimos é, por conseguinte, um tempo de reflexão pessoal; devemos meditar nas nossas atitudes e na nossa conduta, pedindo a Deus para reconhecer e vencer as fraquezas, caminhando para a santificação.
Paulo, ainda aos I Coríntios 13:5, fala desta necessária autorreflexão quando ele se dirige à igreja em Corinto, orientando-a: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”
Estes sete dias de autoexame são uma incalculável ajuda em devotarmos as nossas vidas a Deus e a Jesus Cristo. Este período de uma semana também retrata o eventual triunfo sobre o mal e sobre a morte. Como Deus libertou o antigo Israel da escravidão do Egito, assim Ele liberta o homem da escravidão do pecado (Romanos 6:12-18), desde que nos convençamos de que isto é necessário para a nossa salvação.
Cristo liberta da escravidão do pecado, mas o homem é chamado a romper com todos os sinais da velha vida, que muitas vezes ainda está presente, seja por práticas do velho homem (Efésios 4:22; Colossenses 3:9-10), seja porque a transformação para o novo homem já teve início, mas ela se estatiza tornando o homem vulnerável ao pecado.
Paulo aos Hebreus 12:1-2, exorta a despojar de todo peso do pecado e a correr olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da nossa fé.
Por isso, o fermento da malícia e da maldade não devem mais contaminar a vida pessoal, corrompendo o novo homem que se iniciou com o batismo, e que deve caminhar para o crescimento em Cristo transformando-se no homem espiritual, que tem forças para resistir ao pecado que a cada dia assola a vida humana.
Esse despojamento não é algo que vem do homem, e sim do fato de ser uma nova massa, sem fermento, em Cristo. Só é possível porque Cristo identificou todo o fermento (pecado), conduzindo à santificação. O homem é purificado pelo único que pode examinar e limpar o coração do pecado e, ao mesmo tempo, interceder por ele purificando-o dos seus pecados ( I João 2:1-2). A vida deve ser vivida segundo os padrões dessa vida santa para a qual o homem foi chamado em Cristo, sendo o ázimo da sinceridade e da verdade, para que possa brilhar como o sol do meio dia, com seu testemunho ao mundo carente da salvação.
Conclusão da Festa dos Pães Ázimos
Já dissemos que o ázimo significa a pureza, mas cabe também dizer que a Igreja unida a Cristo é um pão ázimo (I Coríntios 5: 6-8, 10:15-18). O valor do pão ázimo e do vinho, na Segunda Aliança de Deus com o seu povo, é a guarda de sua Lei e o testemunho para prova do nosso amor a Deus e a seu Filho Jesus, com o compromisso de ensinar o Reino de Deus ao próximo, que é obediência a Lei pela fé em Cristo, e nisto se resume o amor a Deus e ao próximo (Deuteronômio 6:1-9; Josué 1:1-9; Salmos 94:11-14, 119:165-166; Isaías 8:16-20; Mateus 10:5-7, 19:16-17; Marcos 16:15-16; João 14:21-26; I Coríntios 13:1-13; Apocalipse 14:12) [12].
O amor às coisas materiais é o maior fermento que impede a operação de Deus na Igreja. Esta profecia se cumpre em nossos dias (I Timóteo 6:3-10). Os que tomam a Páscoa com o fermento do pecado, não discernindo o corpo e o sangue de Jesus Cristo, como ázimos da sinceridade, tomam-na para a sua própria perdição (I Coríntios 5:6-13, 10:16-17, 11:27-30), não tiraram o fermento presente em sua vida, não se transformaram, o que é necessário para que se tornem novas criatura.
É necessário o cuidado individual para essa pureza que representa o ázimo. A Festa dos Pães Ázimos tem ensinamentos necessários para toda trajetória humana neste mundo corrompido. Ela ensina a se tomar atitudes claras contra a influência de todas as formas de corrupção, sejam elas internas ou externas, assim como a compreender que a santidade é a principal característica de uma nova vida. Mas uma vida de santidade só é possível àqueles que foram examinados e purificados pelo sangue de Jesus. Para estes, o compromisso da santificação os conduzirá ao homem espiritual.
[1] https://www.significados.com.br/pascoa/ acesso: maio 2018
[2] Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC)-Copyright 2009 Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os direitos reservados / All rights reserved.
[3] Gênesis 1:14-18 : Deus disse: Que haja luzeiros no firmamento do céu para separar o dia e a noite, que eles sirvam, tanto para as festas, quanto para os dias e anos. Bíblia de Jerusalém Ed. Francesa. Les Edciones Du Cerf, Paris, 1998 ed. Ver. Atualizada, Paulus 2002. p. 34.
[4] Salmo 81.3 5 – Tocai a trombeta na Festa da Lua Nova, na Lua Cheia, dia da nossa festa. 4- É preceito para Israel, é prescrição para o Deus de Jacó. 5-Ele o ordenou, como lei, a José ao sair contra a terra do Egito. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e atualizada 2° ed.. São Paulo: Editora Vida, Sociedade Bíblica do Brasil. p. 910
[5] “A lua é, em todas as suas fases regulares, a marca do tempo e o sinal do futuro. É a lua que determina os dias de festa; sua luz diminui a partir da lua cheia. É ela que dá nome ao mês; sua claridade cresce de modo admirável, até ficar cheia.” https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/eclesiastico/43/ acesso julho 2018.
[6] Judaica era celebrada na primeira lua cheia depois do equinócio da primavera no hemisfério norte. Mas isso levou os cristãos a celebrar a Páscoa em diferentes datas. No fim do século 2, algumas igrejas celebravam a Páscoa junto com a Páscoa Judaica, enquanto outras marcavam a data no domingo seguinte. Nó ano 325 a data da Páscoa foi unificada graças ao Concílio de Nicéia. A Páscoa passaria a ser no primeiro domingo depois da primeira lua cheia que ocorresse após o equinócio da primavera (ou na mesma data, caso a lua cheia e o equinócio ocorressem no mesmo dia. https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160326_pascoa_variacao_. Acesso 2018.
[7] https://www.lexico.pt/azimo/ acesso 2018
[8] Duarte Leitão. Jose. Pastor fundador Igreja remanescente Dualista dos Primogênitos. Estudos aprofundados.www.irdp.com.br
[9] E, desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino do céu sofre violência, e os violentos o tomam pela força.” Bíblia King James Atualizada. Tradução dos manuscritos das línguas originais do Tanak (Biblia hebraica) – 1611-Tradução.:Sociedade Bíblia Ibero- Americana& Abba Press no Brasil, São Paulo: Abba Press 2012.
[10] Então as palavras “o reino do céu sofre violência” está se referindo como homens maus atacavam o reino dos céus. Lembra que no momento em que Jesus fala isso João Batista estava preso, isto é, sofreu violência, justamente porque pregava a verdade contra Herodes, que havia possuído a mulher de seu próprio irmão (Mateus 14:1-5).Outros Apóstolos sofreram, foram presos, humilhados, maltratados e mortos.
[11] Duarte Leitão. Jose. Pastor fundador Igreja Remanescente Dualista dos Primogênitos. Estudos bíblicos aprofundados: www.irdp.com.br, 2007
[12] Ibid. 28